Boa noite Sr. Presidente do Conselho de Administração dos TST.
Escrevo-lhe para lhe reiterar uma situação que ocorre há mais de um mês e meio, com uma das carreiras dos TST, da qual o sr. porventura não tem conhecimento.
E digo não tem conhecimento porque é a única explicação que me ocorre.
Sou utilizador diário da carreira 333, da Moita para a Gare do Oriente, por volta das 8h da manhã, e da Gare do Oriente para a Moita, às 17.15h.
Acontece que durante o mês de abril, invariavelmente, os autocarros 333 andam cheios que nem um ovo.
Desde ter de ir apanhar a camioneta uma paragem antes, até ter de esquecer a camioneta e ir de carro para o trabalho, de manhã, escolha...........
De tarde, só lhe digo que ainda hoje saí do trabalho 10 minutos mais cedo e só entraram mais meia dúzia de pessoas depois de mim.
Qualquer dia tenho de dizer aos meus chefes que tenho de sair às 16.30 (e estou a 5 minutos da camioneta), para conseguir apanhar a das 17.15h.
Aliás, ainda hoje tive de apanhar a das 17.30h, apesar de ter chegado à Gare do Oriente 3 ou 4 minutos antes das 17h, e a das 17.30 foi cheia, tendo deixado na paragem cerca de 30 pessoas.
Assim, impõe-se a pergunta:
- Para quando mais camionetas 333, nas horas de ponta?
Desdobramentos, novas carreiras, novos horários, chamem-lhe o que quiserem, mas as pessoas têm o direito de ter camioneta para irem para os seus trabalhos e virem de regresso para casa.
Era óbvio, para toda a gente, que a partir do momento em que os passes desceram para 40€ que a oferta de camionetas teria de aumentar.
Agradeço que não me seja enviada a mesma resposta que copiaram das outras 2 vezes, face à resposta que a AML me enviou:
"Exmo. Sr. Paulo Costa
Agradecemos o seu contacto e informamos que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e os 18 municípios que a integram (Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira), assumiram como uma prioridade a melhoria da mobilidade no seu território, através, entre outras, da simplificação do sistema tarifário e da redução a significativa do custo dos transportes públicos para os utentes.
No âmbito da alteração ao sistema tarifário que foi implementado, a AML, para além de proceder às compensações pelo défice gerado nos operadores, criou-se um mecanismo de repartição das receitas adicionais decorrentes do crescimento da procura, constituindo um estímulo ao operador para ajustar a sua oferta às necessidades dos passageiros, não dispondo a AML de outros mecanismos legais para, no imediato, poder assumir por iniciativa sua o reforço dos serviços de transporte.
Relativamente à situação reportada informamos que no contexto da atual legislação que regula o sistema de transporte publico de passageiros, é permitido que o operador (neste caso os TST) possa proceder a ajustes aos serviços existentes, assim o operador pode efetuar reforços da oferta, por sua iniciativa, bastando que o solicite à Área Metropolitana de Lisboa. A proposta que nos foi apresentada pelos TST foi a da contratualização do reforço da oferta para além do adicional da repartição das receitas, tal proposta não tem cobertura legal e não é enquadrável no âmbito do Regulamento do novo sistema tarifário e na metodologia de compensação aos operadores que foi negociada pela AML e aceite por estes.
Face às notícias de insuficiência de serviços nesta carreira a AML tem interpelado os TST no sentido de os alertar para a necessidade de reforço da oferta, nos moldes do Regulamento do novo sistema tarifário que estabelece, entre outras, as matérias da repartição de receitas e compensação financeira.
Adicionalmente, informamos que a AML está a preparar o futuro concurso para a contratualização do serviço de transporte público rodoviário de passageiros, tendo definido o objetivo de aumentar a oferta e melhorar a qualidade da oferta – através dos requisitos da frota, entre outros - encontrando-se neste momento a proceder aos estudos de desenho da rede e definição das características desses serviços.
Na expectativa de que a alteração tarifária tenha constituído um real benefício para as populações e que a mesma promova uma mobilidade sustentável – com os respetivos benefícios para a sociedade – e conscientes de que este momento de alteração profunda do sistema de transportes pode, em casos específicos, necessitar de um período de ajustamento e correção de insuficiências, esperamos que as diligências que estamos a efetuar e que a disponibilidade do operador permitam resolver no mais curto espaço de tempo esta situação.
Assim sendo, o que é verdade no meio disto tudo e, mais importante, QUANDO HAVERÁ UMA SOLUÇÃO CONCRETA?
Obrigado,
Cumprimentos,
Paulo Costa.
Quem teve a ideia de meter os passageiros a andar de borla que compre viaturas para as empresas.
As empresas de transportes publicos não são a santa casa para aderir a fetiches desta natureza.
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.