No dia 25 de junho de 2020 ligaram-me do serviço de recobro da especialidade de Otorrino, após a hora de almoço, para informar que a minha mãe iria ter alta após operação ao ouvido devido a Otite Média crónica colesteomatosa direita.
Supostamente deveria estar presente para a ir buscar por volta das 18.45h.
Ao chegar à entrada de acesso às consultas, o vigilante da empresa Vigieexpert, Sr. Armando José Martins Coelho, com o cartão profissional número 104340021, abordou-me para saber qual o propósito da minha ida ao hospital.
Expliquei a situação detalhadamente e de forma tranquila, ao que o Sr. Armando, fumando descontraidamente o seu cigarro, com tom arrogante respondeu, "não tenho nenhuma informação a respeito do que me diz portanto não pode passar".
Continuei a pedir que por favor se informasse sobre o assunto porque a minha mãe estava recém operada e que me encontrava nervosa e ansiosa para a ver.
O Sr. Armando respondeu " não sou nenhum administrativo e não tenho que me informar sobre nada, você é que tem que ligar a quem quiser para que me digam que a posso deixar passar", tudo isto com tom rude e agressivo, mal educado e com uma falta de profissionalismo enorme.
Fiz várias tentativas de contacto com o recobro do Otorrino para que me pudessem ajudar mas ninguém atendeu, provavelmente devido à hora, já tarde.
Mesmo após dizer ao senhor que ninguém me atendia o telefone do recobro do Otorrino e que ia ficar à porta à espera que me ajudasse a solucionar o problema, respondeu: "sim, sim, fique fique, espere sentada".
Tive que deambular pelo recinto ao rededor do hospital e procurar ajuda junto de outros vigilantes, que chamaram o responsável pela empresa de segurança da Vigiexpert. Este mesmo responsável ligou ao Sr. Armando e pediu que procedesse ao telefonema que necessitava para obter informações sobre a situação da minha mãe para que eu a pudesse ir buscar.
As informações que me foram dadas relativamente a este problema estão relacionadas com a falta de comunicação entre serviços médicos e a empresa de segurança do hospital.
Ao que parece os profissionais da saúde enviam email para transmitir/autorizar as entradas, altas, enfim, os procedimentos necessários para que as pessoas circulem sem problema e possam prestar o devido apoio aos seus familiares convalescidos.
Mas a empresa de viliantes Vigiexpert trabalha 24 horas neste sentido? Vê atempadamente toda a informação enviada e comunica frequentemente esta mesma informação a quem é devido?
Porque não estava devidamente informado o Sr. Armando? A informação sobre a alta que foi enviada por email pelo serviço de Otorrino foi realmente rececionada por alguém? Se foi porque não a transmitiram?
Não existe uma coordenação adequada e ajustada às necessidades dos utentes e somos nós os castigados, injustamente.
Senti-me muito humilhada pela forma como fui tratada e senti que foi uma situação que podia despoletar outros comportamentos mais graves, pois já me encontrava nervosa, ainda mais fiquei.
Espero não ter que voltar a passar pela mesma situação porque depois de ter sido tratada como um ser NÃO HUMANO, não terei capacidade de reagir de forma tão pacífica como reagi, com certeza.
Data de ocorrência: 26 de junho 2020
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