Vila Campo - Solicitação do valor pago num lar privado de um utente que não chegou a ser admitido

Natércia Martins

13-06-2016
Boa Tarde,

O meu pai te demência frontal, em Fevereiro foi operado a um tumor na parótida e uma semana depois apanhou uma pneumonia. Está bastante debilitado . Esteve internado no IPO, e no dia 10-05-2016 foi transferido para o Hospital distrital de Santarém. No dia 16-05-2016 a médica assistente telefonou à minha irmã Natércia Martins (responsável do utente)a informar que o meu pai teria alta nesse mesmo dia e que nós teríamos que ter um sítio que o acolhesse. Nesse mesmo dia fomos as duas irmãs procurar um lar para o acolher até que a minha irmã descobriu que o Vila Campo- casa de repouso tinha uma vaga. Dado a urgência do hospital, nós conseguimos que a alta fosse dada no dia 17-05-2016. Fomos à Vila Campo e fizemos o contrato entregamos um cheque de 1000€ para abater na estadia do meu pai. Entretanto houve uns problemas no banco e no dia 20-06-2015, nós deslocamo-nos ao lar entregando os 1000€ em notas e informando o filho do proprietário que o cheque, por problemas tinha sido dado como extraviado. Sabemos que foi um transtorno, no entanto, informamos o lar antes de o mesmo saber pelo banco. Acontece que o meu pai na noite de 16 para 17 de Maio piorou e ainda permanece no hospital a soro e a antibiótico. Liguei para o lar para saber como é que as contas depois seriam acertadas e perguntei se éramos ressarcidos se o meu pai não fosse para lá ( já tinha sido inscrito na rede de cuidados continuados, mas dado o tempo de espera tínhamos que arranjar uma solução provisória), ao que a proprietária me informou que a reserva estava feita até ao dia 26, e que não devolviam nada.
Estou a fazer esta reclamação por hoje mesmo tivemos a informação do Hospital de Santarém que o meu pai, dado o estado de saúde teria que ir para uma unidade de cuidados continuados, porque necessita de estar sempre a soro, uma vez que come muito pouco e tem dificuldades em fazer a digestão, mesmo sendo medicado. Ora os lares não têm condições para acolher doentes com este quadro clínico. Enviamos hoje mesmo a rescisão do contrato para a Vila Campo e aguardamos que com bom senso, esta situação se resolva e que nos seja restituida a verba paga (1000€), aquando da elaboração do contrato, uma vez que o meu pai nunca chegou a ser admitido no vosso lar. Nunca houve admissão, portanto, segundo contrato não há lugar a pagamento.
Estamos a falar de um utente que recebe 400€ de reforma incluídos duodécimos e que nós para tentar responder à solicitação tentamos arranjar de forma urgente uma solução que nem sequer veio a ser necessária.
Espero que o bom senso impere e que o meu pai seja acolhido na rede onde está inscrito – Rede Nacional de Cuidados Continuados, rede esta que tem as respostas necessárias ao seu estado clínico.