Sou cliente empresarial Vodafone há perto de quinze anos, com uma faturação mensal que ronda os 200 euros. No início deste ano, ao criar uma associação sem fins lucrativos ligada à empresa existente, adquiri um cartão Vodafone para o serviço de voz fixa para ficar com um número alocado a esta nova entidade. Fiz material de divulgação da nova associação, como papel timbrado, envelopes, cartões e outros, fazendo referência ao número de telefone que me foi atribuído. Entretanto, após cinco meses, descobri que este número já era propriedade de outra pessoa, com quem o estive a partilhar durante este tempo todo. Ao fazer chamadas fazia-as por esse número e era o que aparecia no visor do destinatário, mas quando retribuíam as chamadas, estas iam para a casa de uma senhora que se fartou de explicar ao longo destes meses que não conhecia nenhuma entidade com este nome. Estive, portanto, durante cinco meses sem receber chamadas telefónicas, não fazendo ideia de quantos contactos importantes perdi. Fiz projetos e candidaturas com este número e foi precisamente a partir de uma dessas situações que eu descobri o problema, quando fui acusado pela entidade recetora de ter prestado falsas declarações ao ter indicado um número que não me pertencia, convencidos de que o teria feito por não ter instalações próprias e que teria inventado um número para dar um ar mais sério à associação. Neste momento, por isso, nem sei calcular o prejuízo que tal situação terá provocado, não só pelos contatos perdidos, como pela manifesta perda de credibilidade que a situação provocou. A Vodafone atribuiu-me entretanto um novo número e questionados sobre como me iriam ressarcir dos prejuízos causados apontaram o valor de 4,23 euros. Considerei este valor ridículo e acusei-os de falta de respeito e de consideração, dizendo que não o aceitava. Entretanto, apresentaram aquilo a que chamaram de "última proposta" no valor de 25 euros. Continuei a achar o valor ofensivo e revelador de falta de respeito por um cliente de longa data, perante um ato praticado pela empresa que seria de todo evitável e que carecia de uma postura mais honesta e colaborante. Enviei, por isso, uma carta registada com aviso de receção a dar dez dias para me apresentarem uma proposta aceitável, informando que ponderava seguir para via judicial e cancelar o contrato. Recebi rapidamente uma resposta da Vodafone, a primeira por escrito, em que propõem pontualmente o crédito do valor da última fatura recebida, que caso seja aceite, será de 240,70€ (IVA incluído). Acrescentavam ainda que caso pretendesse aceitar a proposta, devia fazer o envio de um e-mail no período máximo de 5 dias, de forma a poderem dar seguimento ao proposto, pois doutra forma a proposta fica sem efeito. Não gostei do ultimato e ignorei-os, partindo para uma queixa em tribunal. Entretanto, um advogado meu amigo diz que devo exigir 25.000 euros de indemnização pelos prejuizos causados, não só materiais como ao bom nome da empresa e da recém criada associação. Como não estou familiarizado com estas questões, gostava que me elucidassem sobre o que é sensato pedir ou aceitar neste caso e quais os procedimentos que devo tomar, perante uma atitude da Vodafone que me continua a parecer arrogante, até na questao dos cinco dias que me impõem para responder, como se fosse legítimo eu perder o direito a ser ressarcido por uma questão de dias.
Informo que nunca me foi dado qualquer tipo de esclarecimento...
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.