Worten - Reparação defeituosa/excesso de tempo

Em Abril de 2017 entreguei o meu portátil para a garantia, na loja da Worten que foi encaminhado para a ASUS, com a queixa que o ecrã tinha um problema e as imagens apareciam com fraca qualidade em termos de resolução. O meu portátil foi entregue posteriormente (no final de Abril), com uma avaliação da ASUS, do dia 12/04/2017, em que me informavam que o computador tinha problemas a nível do LCD Monitor, Touchpad Holder e Uptated BIOS. Não havia qualquer problema relacionado com a bateria ou discos, sendo que tinha superado todos os testes diagnósticos da ASUS. Foi então reparado ao abrigo da garantia e devolvido.
Desde o momento em que recebi o portátil apercebi-me que estava com dificuldades em colocar as passwords, e passado uma semana, quando me foi exigido no trabalho a escrita de um projeto, verifiquei que o problema com as passwords devia-se ao facto de a linha de teclas do “Q” ao “P” não funcionava, a não ser que pressionasse com alguma força. Devido à exigência do meu trabalho e tendo um prazo de entrega de um projeto no dia 30 de Maio, e de não possuir outro computador para trabalhar, só pude entregar o portátil para segundo arranjo no dia 2 de Junho, uma sexta feira. Dirigi-me à loja e voltei a entregar o portátil para arranjo na garantia, sendo que na guia a descrição do problema mencionava “teclado não funciona direito desde que veio do reparador”.
No dia 20 de Junho recebo uma chamada do apoio de clientes da Worten a informar que a ASUS confirma que o meu portátil realmente tem um problema no teclado, contudo também possui um problema no disco e a bateria já não é reconhecida pelo computador a não ser quando este se encontra ligado à corrente. Perguntam-me se aceito pagar por uma nova bateria (preço entre 80 a 90 euros). Demonstro de imediato a minha insatisfação com o serviço prestado, dado que no momento de entrega o portátil não possuía problemas com a bateria, e novamente na reparação aparecem novos problemas com o portátil. Rejeito o orçamento.
No mesmo dia (20 de Junho), volto à loja, onde é aberto um inquérito de reparação á ASUS. Para além disso menciono que a bateria se trata de um bem móvel, que pertence ao portátil, e que por lei não possui 6 meses de garantia e sim 2 anos, como o resto do portátil.
No dia 24 de Junho a loja da Worten entra em contacto comigo e informa que o processo passou para o Departamento de Reclamações da Worten. No mesmo dia, o departamento entra em contacto e informa que a Worten vai assumir os custos da bateria por compreender a minha insatisfação com a situação. No dia 26 de Junho a Worten entra de novo em contacto comigo a inquerir se aceito pagar o orçamento da ASUS ou não, onde informo que este assunto passou ao Departamento de Reclamações da Worten. No mesmo dia dirijo-me à loja da Worten para esclarecer a situação e confirmo que aceito que a Worten assuma o orçamento, dado que a loja estava a ter uma atitude de boa fé em relação a toda a situação, embora esteja com algum receio da qualidade do arranjo.
Desde então fiquei à espera, e por lei, a loja tem direito a 30 dias para resolução dos problemas, onde posteriormente o cliente pode exigir resolução do contracto. Esperei mais alguns dias, dado que desde dia 20 de Junho até 26 de Junho o processo tinha estado parado, dado que eu estive a fazer inquéritos e reclamações.
No dia 10 de Julho, depois de 40 dias sem portátil, o que se torna insustentável para o meu trabalho, volto à loja da Worten, onde pergunto como está a situação. A trabalhadora entra em contacto com um departamento e diz que realmente o orçamento foi aceite pela Worten e tenho de aguardar.
Tendo esta resposta exijo a resolução de contracto, onde sou informada de vários pontos, embora tenha mostrado as leis impressas e escrito no livro de reclamações. Em primeiro lugar, os 30 dias contam a partir do momento em que a Worten aprova o orçamento (pela informação que recebi foi no dia 6 de Julho, ou seja, posso chegar até dia 5 de Agosto sem portátil, o que se reflecte em 64 dias no total), contudo segundo a lei em vigor no nosso país, 30 dias deverá ser o máximo de tempo em que o consumidor deve ficar sem o seu bem. Em segundo lugar, fui informada que a bateria tem apenas 6 meses de garantia, ao que eu refutei com a Lei da Defesa do Consumidor (Decreto-Lei 84/2008, Artigo 4, pontos 1, 2 e 3), recebendo em resposta que a partir do momento em que a loja fornece um orçamento o produto perde a garantia, algo que eu nunca tinha ouvido falar ou lido em algum tipo de regulamento.
Em resposta, escrevi no livro de reclamações, onde expus a minha situação, contudo isto já se tornou numa saga de 41 dias sem produto, que volta pela segunda vez do arranjo com defeitos previamente inexistentes.