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Toca do Júlio em Almoçageme, Colares, Sintra:

https://www.zomato.com/pt/

Restaurante Toca do Júlio, Almoçageme.
Almoço em 29 de junho de 2017, feriado municipal no concelho de Sintra.

O restaurante tem parque de estacionamento para clientes. A principal sala de refeições é ampla e está bem decorada com madeira e objetos antigos, o que corresponde à cozinha tradicional da região que a ementa apresenta. A sala é acolhedora mas um pouco ruidosa. Pessoal simpático e atencioso mas algo descuidado.
Havendo tantos restaurantes na região de Lisboa, fomos atraídos para a Toca do Júlio pelos bons comentários no Zomato e em outros portais gastronómicos, sobre a deliciosa comida e as doses generosas a preços económicos. A mesa foi reservada na véspera e perguntámos qual o menu para o dia seguinte, ao que nos foram indicados vários pratos de peixe e carne, designadamente o cabrito assado no forno.

Já à mesa, verificamos que a ementa apresenta "Cabrito assado no forno (borrego) -11 €", doze individual. Estranhamos o "borrego" entre parênteses e perguntamos se é cabrito ou borrego assado no forno, ao que nos respondem que é borrego "hoje não temos cabrito". Isto é o que se chama "vender gato por lebre", pois o cabrito da véspera virou borrego no dia seguinte.
Escolhemos uma garrafa de vinho tinto reserva de uma marca pouco conhecida que segundo nos informaram estava ainda "à experiência" na Toca do Júlio. A garrafa, por pouco mais de 10 €, mostrou ser escolha acertada, com boa relação preço/qualidade.
Além do cabrito, aliás borrego, degustámos também o bacalhau assado com batata a murro - 13,10 € e o polvo à lagareiro - 12,40 €. As doses individuais não são generosas mas sim suficientes. O bacalhau e o cabrito, aliás borrego, estavam bons, mas a comida vem temperada com muito pouco sal, o que é bom para hipertensos. Quanto ao polvo, é servido sobre uma fatia de pão torrado, a qual absorve algum azeite, ou melhor, seria bom que fosse o azeite das receitas à lagareiro. Mas este polvo, além da fatia de pão torrado, foi confecionado com uma mistura de azeite e óleo, na qual predomina o óleo, pelo que temos sérias dificuldades em tomar o apelido "lagareiro" como verdadeiro. Seria preferível a designação mais correta seria "polvo oleado".
O cabrito, aliás borrego, vem acompanhado com uma saladinha e o suposto polvo à lagareiro com uma travessa de feijão verde que estava mal cozido e morno. Pouco tempo depois, o feijão verde mal cozido já estava frio, pelo que, quando o empregado perguntou se estava tudo bem, respondemos que o feijão estava frio. O feijão verde mal cozido foi então devolvido à cozinha para aquecer, mas já não voltou à mesa, pelo que comemos o polvo praticamente sem acompanhamento.
Entrando nas sobremesas, provámos o cheesecake com frutos silvestres, bolo de amêndoa e bolo de chocolate com nozes. O bolo de amêndoa estava bom, o cheesecake não tinha frutos silvestres, mas apenas a geleia destes e o bolo de chocolate, razoável, tinha uma cobertura pobre em chocolate - mais uma mistura.

A Zomato indica o preço de referência da refeição - "20 € para dois", mas este preço é enganador. Pelo total das 4 refeições pagámos pouco mais de 80 € e note-se que não tocámos nas entradas, não comemos sopa e não bebemos digestivos. As refeições limitaram-se à bebida, um prato, sobremesa e café, tendo como extras apenas o pão e uma salada. Portanto, o preço das refeições na Toca do Júlio não são "20 € para dois", conforme informa a Zomato, mas sim o dobro - 20 € por refeição ou, se preferirem, "40 € para dois".
Em conclusão, as doses não são generosas, a qualidade não é excecional e os preços são normais, o que faz da Toca do Júlio um restaurante banal. Havendo na zona de Lisboa dezenas ou centenas de restaurantes com esta ou melhor relação preço/qualidade, não recomendamos e não voltaremos.