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De acordo com dados analisados, no ano passado, as consumidoras foram responsáveis por 48.1% das queixas geradas. Em 2024, apresentaram 107.867 reclamações dirigidas a várias marcas e entidades.
Sobre os principais motivos das reclamações assinadas no feminino, a análise mostra que são: a má qualidade do serviço prestado pela marca ou entidade (a gerar 22% dos casos) e os atrasos na entrega das encomendas (14%). A motivar a mesma fatia de ocorrências (14%), estão os relatos de possíveis burlas em diversos setores.
Em quarto lugar, queixam-se de problemas no apoio ao cliente (9%), onde relatam a ineficácia ou inexistência de suporte na resolução de diversos problemas e, em quinto, os enganos (de vários operadores ligados à jornada de compra) motivaram 7% dos casos registados.
No rol das contestações estão ainda motivos como: produto com defeito, más condições de entrega do produto, assistência técnica e a garantia dos artigos.
Quais os setores alvo?
Relativamente aos alvos das reclamações, os dados demonstram que são dirigidas, sobretudo, a marcas e entidades relacionadas com cinco setores de atividade: Correio, Transporte e Logística (17%); Serviços e Administração Pública (9%); Compras, Moda e Joalharia (9%); Comunicações, TV e Media (8%) e Banca, Pagamentos e Investimentos (6%).
No que se refere ao perfil da consumidora que regista mais reclamações no Portal da Queixa, os dados aferiram que há uma alta incidência de reclamações entre as consumidoras mais jovens, com 39% das queixas apresentadas por pessoas com menos de 34 anos. Para este grupo etário, os atrasos na entrega representam um problema crescente, sugerindo dificuldades na logística e no cumprimento de prazos em setores essenciais. Relativamente aos distritos com maior representação feminina nas reclamações publicadas, em 2024, foram: Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.
O estudo indica ainda que, apesar de 59% das reclamações terem sido resolvidas, a satisfação das consumidoras continua baixa, com uma avaliação média de 3,8/10, o que indica que as soluções apresentadas nem sempre correspondem às expectativas das clientes.
Ascensão da voz feminina
Segundo destaca Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa: “Este estudo foi realizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher e pretende, assim, reforçar que a equidade na participação é um reflexo da evolução social e da crescente voz ativa das mulheres. Continuamos a assistir à ascensão da voz feminina na nossa plataforma, com quase metade das reclamações a serem feitas por mulheres, durante o ano passado. De 2023 para 2024, observou-se ainda um crescimento no número de ocorrências protagonizadas por mulheres.”
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