Janeiro bate recorde de reclamações dirigidas ao setor da Saúde

Janeiro foi o pior mês de sempre relativamente às queixas dos portugueses na área da Saúde.

Janeiro bate recorde de reclamações dirigidas ao setor da Saúde

Janeiro foi o pior mês de sempre relativamente às queixas dos portugueses na área da Saúde. Ao Portal da Queixa chegaram quase 800 reclamações, naquela que foi a maior média diária de queixas dirigidas ao setor da Saúde, cerca de 25 por dia. A impossibilidade de ser atendido por um médico e a falta de atendimento telefónico foram as principais queixas dos portugueses.
 

Entre os dias 1 e 31 de janeiro de 2021, foram registadas no Portal da Queixa 787 reclamações. O pior mês que há registo e um recorde em termos de reclamações diárias dirigidas ao setor da Saúde, uma média de 25 por dia. Comparativamente com o período homólogo (janeiro de 2020), verificou-se um aumento de 73% do número de reclamações - com 455 queixas registadas, evidenciando todas as dificuldades que o setor enfrenta para dar resposta à pandemia de COVID-19.


Relativamente ao TOP 5 das entidades com o maior número de reclamações recebidas, a análise revela que, em janeiro último, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) liderou o foco das queixas (com 186 reclamações registadas no Portal da Queixa). Seguem-se os Hospitais e Centros de Saúde (142), em terceiro os Planos e Seguros de Saúde (135), em quarto os Grupos Privados de Saúde (115) e em quinto, as Farmácias (74).

 

Entidades foco do maior número de reclamações em janeiro:

 

Entidades

Reclamações

Serviço Nacional de Saúde

186

Hospitais e Centros de Saúde

142

Planos e Seguros de saúde

135

Grupos de Saúde Privados

115

Farmácias

74

Clínicas médicas

29

Laboratórios e analises clínicas

28

Equipamentos e materiais de Saúde

27

Clínicas dentárias

21

Outras

30

 

Principais motivos de reclamação:

As reclamações recebidas refletem, sobretudo, a falta de acompanhamento que os doentes precisam e a preocupação em não conseguir atendimento médico, seja presencial ou por teleconsulta. A “impossibilidade de ser atendido por um médico” é o principal motivo de reclamação, gerando 36% das queixas dirigidas ao setor da Saúde. A “falta de atendimento telefónico” é a segunda causa mais apontada pelos consumidores, perfazendo 34.4% das queixas.

 

Casos denunciados no Portal da Queixa

 

A insatisfação dos portugueses é expressa em alguns dos casos partilhados no Portal da Queixa em janeiro último. Carla Amoreira, uma doente que acusou teste positivo para a COVID-19, denunciou na sua reclamação: “ninguém me quis avaliar nos serviços COVID e urgência USLCB”.

Outra consumidora, Paula Teixeira, reclama ter estado mais de doze horas à espera de uma consulta COVID-19: “Já há 12h30m à espera nas urgências covid-19, tendo vindo a mando da médica da consulta Covid-19 e SNS 24. Não opção própria”. Por seu turno, Inês Almeida, reporta a falta de atendimento telefónico: “Não atendem e chegam a rejeitar chamadas”.

O consumidor e utente António Santos, alerta na sua reclamação para eventuais altas forçadas em doentes com COVID-19: “Alta forçada aos doentes covid apesar de testarem positivos e irem para o lar”.

 

De referir que, em 2020, o total de reclamações dirigidas ao setor da saúde foi de 7.277, um aumento de 80% face a 2019.

 


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