Queima das Fitas do Porto: Portal da Queixa recebeu inúmeras reclamações

No arranque de mais uma Queima das Fitas do Porto, milhares de pessoas descrevem “um cenário caótico” no acesso ao recinto, no Parque da Cidade. O dedo foi apontado à organização (FAP) e traduziu-se em inúmeras reclamações registadas no Portal da Queixa. 

Foi num cenário de confusão e “pânico” que arrancou, no passado dia 7 de maio, a Queima das Fitas do Porto. Milhares de pessoas terão ficado horas concentradas à entrada do Queimódromo, recinto onde decorre o evento, situado no Parque da Cidade, dada a dificuldade em trocar os bilhetes por pulseiras de acesso ao espaço.

No Portal da Queixa, não se fizeram esperar as reclamações. Em apenas 24 horas, foram registadas na plataforma meia centena de reclamações contra a alegada má organização da Federação Académica do Porto (FAP), com queixas que descrevem cenários caóticos, nomeadamente, “uma enchente de pessoas”, “pessoas esmagadas e a sentirem-se mal” e “com sinais de ataques de pânico”.

Entre os principais motivos de reclamação dirigidos à FAP, relacionados com a situação gerada pelos problemas no acesso Queimódromo estão: longos atrasos, filas intermináveis, falta de segurança, falta de organização, falta de informação e sinalética e a falta de staff de apoio.
 

“PSP isentou-se de qualquer responsabilidade...”

Na reclamação registada no Portal da Queixa, Rita revela que a filha teve um ataque de pânico e que a polícia no local (PSP) isentou-se da responsabilidade do cenário caótico.

Empurravam tanto que nos sentimos a ficar esmagadas e a correr perigo. Nesta altura, ligamos ao 112, desesperadas a pedir ajuda, que nada fez a não ser dizer para falarmos com os polícias que estavam no local, aos quais não conseguíamos chegar.
A certa altura, conseguimos passar, queixamo-nos aos polícias do local que só nos responderam que não era nada com eles, o que é de lamentar por parte da PSP, enquanto força de segurança nacional. Neste momento, a minha filha teve um ataque de pânico com toda esta situação
.”

Miguel Caetano é outro consumidor que denuncia na sua ocorrência a falta de segurança:

Não houve organização de filas, sinalética nem staff a dar indicações como proceder e a controlar o fluxo de pessoas levando a uma situação caótica que impediu imensas pessoas de aceder ao recinto e mais gravoso, pôs em risco a saúde e integridade física. A zona da bilheteira estava completamente sobrelotada com uma enchente de pessoas sem conseguir sair em segurança. Várias pessoas foram "esmagadas" acabando por se sentir mal e apresentaram também sinais de ataques de pânico.

Segundo as más experiências partilhadas, foram várias as pessoas que, depois da longa espera, perderam os concertos e não usufruíram do bilhete adquirido.

Tal como eu centenas de pessoas ficaram à porta, frustradas e revoltadas com esta falta de organização. Peço então o reembolso do bilhete, visto que não usufrui do mesmo.”, escreve na sua reclamação Alexandra Cardoso.

De referir que, relatos de desmaios e algumas agressões foram também partilhados em vídeos enviados à RTP e também partilhados na rede social Twitter.

Contactada pela RTP, a PSP disse não ter recebido qualquer queixa sobre estes incidentes.
 

 

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