Dia Mundial do Consumidor: O quão seguros online estão os consumidores portugueses?

Porque o cibercrime é cada vez mais recorrente, reinventa-se, não tem limites, nem terá fim, o Portal da Queixa procurou saber o quão seguros online estão os consumidores portugueses. Neste Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o Portal da Queixa apresenta os resultados do estudo sobre Segurança Online realizado junto de mais de 1.500 inquiridos.

Estudo segurança online

Porque o cibercrime é cada vez mais recorrente, reinventa-se, não tem limites, nem terá fim, o Portal da Queixa procurou saber o quão seguros online estão os consumidores portugueses. Neste Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o Portal da Queixa apresenta os resultados do estudo sobre Segurança Online realizado junto de mais de 1.500 inquiridos.

Trata-se do primeiro estudo em Portugal que permite apurar qual o nível de literacia digital dos portugueses em matéria de ciberataques e de proteção online. O estudo realizado pelo Portal da Queixa permitiu concluir que: o nível de literacia digital dos portugueses ainda é baixo, há muito desconhecimento sobre os vários tipos de ciberataques e o grau de proteção online também não é forte (poucas e fracas medidas de segurança). Há, por isso, muito trabalho a fazer no caminho da segurança online e na construção de um consumidor ciberseguro.

De acordo com os resultados do estudo, 55,2% dos consumidores inquiridos afirmam ter sido alvo de uma tentativa de burla online e 33,6% admite já ter sido vítima de uma burla online.

À questão: “Sabe identificar uma burla/esquema fraudulento?”, 29% dos inquiridos respondem que “não”. E apesar 71% dos consumidores indicar que sabe identificar uma burla/esquema fraudulento, a análise às respostas sobre “Quais os esquemas fraudulentos que conhece?” mostra uma realidade diferente e revela, pelo contrário, muito desconhecimento sobre o assunto. A esmagadora maioria diz conhecer os esquemas de burla por SMS e Emails Fraudulentos (87%) e de phishing (81,7%). Seguem-se os esquemas por Sistemas de Pagamentos Eletrónicos (MB Way, Revolut, etc.) com 58,6% dos consumidores a afirmarem conhecer, e o Spyware é um esquema conhecido para 57,7% dos inquiridos. As maiores lacunas evidenciam-se nos seguintes tipos de ataque informático: Ransomware (43,2%); roubo da conta de WhatsApp (19,8%); SIM card swap (14,2%); Pharming (7%) e Shoulder surfing com apenas 6,1% a admitir conhecer este esquema.

À pergunta “Que cuidados tem para garantir mais segurança online?”, os resultados apurados indicam que as medidas adotadas pelos portugueses ainda são poucas e pouco seguras.

Só 43,4% dos inquiridos admitem utilizar sempre redes seguras e somente 49,9% afirma apenas aceder a sites seguros.

Apenas 23,6% dos consumidores dizem utilizar uma VPN; apenas 27,6% admite guardar as passwords num gestor próprio; alterar regularmente as passwords é uma ação de segurança feita por 36,4% dos consumidores inquiridos; apenas 48% dos inquiridos afirmam ter ativa a autenticação de dois passos nas contas online. Não partilhar passwords ou acessos com terceiros foi um dos cuidados apontados por 85,7% dos consumidores e ter o programa de antivírus atualizado é uma realidade praticada por 68,9% dos inquiridos.

O baixo nível de literacia digital torna-se evidente quando se questiona se saberão os consumidores reconhecer uma situação de risco. À questão: “Quando recebe uma mensagem/email que lhe desperta dúvidas, o que faz?”, apesar de a maioria dos inquiridos responder que “ignora ou apaga a mensagem/e-mail”, ainda há 12,7% que responde “Entro em contacto com o remetente real para perceber se enviou a mensagem/email” e 0,8% que admite: “Confio no remetente, mesmo que a mensagem me pareça estranha.”

Nesta pergunta, a destacar que 6% dos consumidores respondeu “denunciar o caso no Portal da Queixa para perceber se a situação é recorrente.”

Em ambiente empresarial e sobre a existência de mecanismos de segurança online no local de trabalho, 26,9% dos inquiridos respondem que “não existem”. Por outro lado, a utilização de um programa antivírus atualizado foi a principal resposta obtida como medida adotada pela empresa como forma de garantir a segurança online. Aqui os resultados revelam que as medidas indicadas são escassas face aos perigos que os consumidores/utilizadores estão expostos.

O Portal da Queixa defende a literacia digital como a melhor arma para combater o cibercrime. E são inúmeros os alertas que tem emitido para sociedade sobre os vários casos de cibercrimes: desde burlas online, ataques informáticos ou situações de phishing. As reclamações registadas pelos consumidores lesados denunciam diversos esquemas sofisticados que envolvem os mais variados setores.

Neste sentido, é mais importante do que nunca relembrar algumas dicas de proteção online:
· Crie palavras-passe seguras e altere-as com frequência;
· Nunca partilhe dados confidenciais por mensagem ou Whatsapp;
· Nunca abra mensagens de "alerta" de remetentes ou números desconhecidos;
· Duvide sempre de remetentes ou endereços de sites estranhos, mesmo que conheça a entidade ou marca;
· Tenha atenção a perfis falsos nas redes sociais que promovem ofertas;
· Em caso de fraude bancária, alerte o seu banco;
· À mínima dúvida, denuncie sempre.

O estudo “Segurança Online” foi realizado online junto de um universo de 1.564 inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e mais de 65 anos. Responderam ao inquérito 65,3% de consumidores do género masculino; 33,2% do género feminino; 1% prefere não dizer e 0,4% outros.

Neste sentido, é preciso estar alerta perante situações de ataques informáticos ou burlas online cada vez mais recorrentes.

 

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