Partilhe
Ter um animal doméstico requer cuidados e responsabilidades para garantir o seu bem-estar. Quer seja a pensar na sua saúde ou para se proteger de possíveis acidentes ou danos que possa causar a terceiros, ter um seguro pode ser algo a contemplar. Sabe que tipos de seguro para animais domésticos existem e o que é obrigatório ter, segundo a raça do seu animal? Antes de escolher o seu, informe-se bem sobre o tema e leia bem o que contemplam as diferentes apólices.
Seguro para animais domésticos: como funciona?
Em Portugal, os seguros para animais domésticos estão direcionados a cães e gatos, oferecendo depois várias possibilidades na apólice: responsabilidade civil, seguro de saúde e combinados.
Normalmente, o mais frequente é o seguro combinado, que engloba responsabilidade civil em caso de danos causados a terceiros ou acidentes e cuidados de saúde veterinária. Apenas as raças consideradas potencialmente perigosas estão obrigadas a possuir seguro de responsabilidade civil, segundo o artigo 10.º da Lei n.º 46/2013, de 4 de julho.
O que pode cobrir um seguro para cães e gatos?
De uma forma resumida, os seguros para animais domésticos dividem-se da seguinte forma:
Seguro de saúde: Ajuda a cobrir as as principais despesas relacionadas com a saúde: despesas veterinárias (consultas, tratamentos e exames, deslocações em caso de urgência, tratamento, internamento) e, dependendo da apólice, cirurgias por doença ou acidente.
Seguro de responsabilidade civil: Asseguram danos provocados por animais a terceiros apenas são obrigatórios para cães de raças potencialmente perigosas. O artigo 5.º do Decreto-Lei 315/2009, de 29 de Outubro prevê um conjunto de documentos a entregar na junta de freguesia da zona de residência no momento de registar um rottweiler, um cão de fila brasileiro, um staffordshire, entre outros. No entanto, esta cobertura pode ser vantajosa para todas as raças de cães e gatos, uma vez que acidentes podem sempre acontecer e é conveniente estar protegido.
Seguro combinado: É o mais comum, porque combina cuidados de saúde e de responsabilidade civil, sendo por isso, o que garante uma maior cobertura ao seu animal de estimação.
Além dos seguros de responsabilidade civil, existem ainda coberturas para roubo, por exemplo. Deve ler bem todas as cláusulas, uma vez que existem apólices que preveem uma verba para auxiliar na procura do animal roubado através da publicação de anúncios e outras ações.
Porque deve ler bem as apólices antes de contratar um seguro animal?
Tal como os seguros de saúde ou mesmo um seguro automóvel, também os seguros para animais domésticos têm diferentes apólices. É importante escolher uma que se adapte às suas necessidades e do animal, motivo por que deve ler com atenção as apólices e o que está incluído antes de tomar uma decisão.
O que cobre um seguro para animais domésticos e o valor do prémio depende de vários fatores: se é cão ou gato, o género, o estado de saúde, as atividades desenvolvidas, a idade, a pré-existência de uma doença, se tem ou já teve comportamentos agressivos, a raça e o porte. A situação financeira do dono também pode ser condicionante na aprovação e condições do seguro para o animal.
Um seguro para um gato é, habitualmente, mais barato do que para um cão. Por outro lado, as apólices poderão impor limites de idade para a adesão ou para aceder a certas coberturas, como as cirurgias, pelo que o ideal é contratar este serviço o mais cedo possível (até aos três anos de idade do animal), quando o valor da apólice é mais baixo. De notar que, no caso de animais mais velhos, é sempre possível contratar um seguro, no entanto, algumas seguradoras poderão não garantir cobertura em cirurgias por doença ou acidente.
Nesta linha, e dentro das possíveis coberturas, tenha sempre em conta os períodos de carência e cláusulas de exceção relacionadas, de acordo com o seu animal doméstico.
Redes de prestadores: escolha um seguro de saúde animal com base na oferta
Além de ler bem as apólices deve ainda ter em conta a rede de prestadores de cuidados no caso do seguro de saúde animal. Isto porque o veterinário do seu animal pode não ter acordo com a seguradora do seguro que pretende contratar.
É importante garantir que o veterinário do seu cão ou gato se encontra na rede de prestadores do seu seguro. Caso não esteja, pondere se compensa mudar para um veterinário dentro da rede de prestadores permitida ou tente perceber se este tem acordos com outras seguradoras.
Por último, tenha em conta que o seguro de saúde animal não pode ser deduzido no IRS de forma direta, uma vez que “não está incluído no CAE 75 000 (art.º 78.º F)”. Assim, a única forma de reaver uma parte destes valores será “se forem incluídos nas despesas gerais familiares”.
Publicado: Jornal NOVO
Comentários(0)
Deixe o seu comentário!
Entrar