Setor da Saúde recebeu perto de 5.000 queixas. Hospitais e Maternidades lideram reclamações. | Portal da Queixa

Entre os dias 01 de janeiro e 09 de novembro de 2022, foram registadas no Portal da Queixa 4.927 reclamações relacionadas com a área da Saúde, um crescimento de 65% face a igual período de 2019, ano de pré-pandemia, onde se registaram apenas 2.983 queixas. 

Entre os dias 01 de janeiro e 09 de novembro de 2022, foram registadas no Portal da Queixa 4.927 reclamações relacionadas com a área da Saúde, um crescimento de 65% face a igual período de 2019, ano de pré-pandemia, onde se registaram apenas 2.983 queixas. Os Hospitais e Maternidades lideram o número reclamações e o sistema privado é o mais reclamado, a acolher 62% das queixas.

Segundo a análise efetuada pelo Portal da Queixa, verificou-se que entre os principais motivos de reclamação reportados pelos consumidores no Portal da Queixa estão: a falta de qualidade do atendimento (34% das queixas); problemas com consultas, nomeadamente, cancelamentos e atrasos (19%); questões relacionadas com pagamentos, taxas e reembolsos (13%); e a falta de medicamentos (6%).

Hospitais e Maternidade são categoria mais reclamada

Foram ainda identificadas as categorias do setor da Saúde com maior número de reclamações. Os Hospitais e Maternidades absorvem a maior fatia, com 939 queixas, uma subida de 29% em relação ao período homólogo de 2021, onde se verificaram 727 queixas.

Seguem-se os Planos de Saúde, alvo de 543 queixas desde o início do ano, porém, a registar uma redução de 29% em relação a 2021, onde acolheu 761 queixas.

Farmácias e Parafarmácias não escapam às queixas. Este ano, já chegaram ao Portal da Queixa, mais de 300 reclamações, mas a variação face ao anterior é também é de descida (-16%), comparando com as 359 recebidas em 2021.

E é na categoria Laboratórios e Análises que se verifica a maior variação de crescimento: 89% face a 2021. Este ano, somam 164 reclamações no período analisado e, no ano passado foram 89.

Queixas registadas pelos utentes

Maria Galindo, foi uma das utentes que apontou falhas ao atendimento nas urgências do Hospital de São Teotónio, queixando-se de chegar à unidade de saúde com o marido – doente oncológico - às 11h00 da manhã e ainda não ter sido atendida às 20h00.

Também Ana Bronze denuncia o grande atraso no atendimento na queixa dirigida ao hospital de Torres Vedras. “Venho por este meio apresentar o meu completo desagrado e reclamação diretamente à Administração, sobre a situação caótica que se encontra no hospital em Torres Vedras.”

Na reclamação que dirige à Maternidade Alfredo da Costa, a utente Romina - com gestação próxima das 42 semanas - denuncia a “organização caótica sem devida assistência médica.”

Nas reclamações por problemas com a faturação, a queixa de Deolinda Fernandes é dirigida ao Hospital da Trofa onde descreve ter pago o valor particular, quando deveria ser o convencionado.

De referir que, para esta análise do Portal da Queixa, foram analisadas 12 subcategorias e 299 entidades de saúde do sistema público e privado, sendo que, o sistema privado foi o mais visado, com 3.065 queixas (62%) - mais de metade das reclamações - e o sistema público foi alvo de 1.862 queixas (38%).  

 

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