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Entre 1 de janeiro e 19 de novembro de 2020, ao Portal da Queixa chegaram 12.559 reclamações relacionadas com compras online, um crescimento de 155% face ao período homólogo, onde foram registadas apenas 4924. Os consumidores estão a apresentar uma média de 39 queixas por dia.
O TOP 10 das marcas que registaram o maior aumento de reclamações face a 2019, é representativo do aumento exponencial das compras online, fruto do contexto pandémico e do consequente confinamento, que empurrou consumidores e marcas para uma relação mais digital do que nunca.
Os três primeiros lugares pertecem a categorias relacionadas com Produtos de Estética e Cabeleireiros, Eletricidade e Eletrónica, Vestuário de Homem e Senhora.
A análise efetuada permite ainda apurar a tendência de consumo online dos portugueses no período em análise, com destaque para a decoração da casa e para a aquisição de tecnologia e eletrónica. Neste sentido, figuram na tabela três marcas na categoria de Mobiliário e Decoração – Grande Retalho (Conforama, IKEA e Leroy Merlin). Enquadradas na Tecnologia e Eletrónica de Grande Consumo surgem outras três marcas: Worten, Rádio Popular e Fnac.
E se o aumento da procura através dos canais digitais disparou, é importante, para as marcas, o reforço do seu serviço e posicionamento digital, bem como, a resposta aos problemas apresentados pelo cliente resultantes da digitalização, no sentido de garantir a satisfação e confiança dos consumidores.
No mesmo TOP 10, foi possível identificar quais as marcas detentoras do melhor Índice de Satisfação, indicador que expressa de forma objetiva o desempenho das marcas com base na interação (resposta e resolução) com os utilizadores que efetuaram reclamações, refletindo uma boa performance ou não das marcas. Na tabela apurada, destacam-se pelo elevado Índice de Satisfação (90 em 100) as seguintes marcas: Worten, Rádio Popular e Castro Eletrónica.
As marcas com o maior aumento de reclamações face a 2019 e o respetivo Índice de Satisfação no Portal da Queixa:
Comércio Eletrónico |
Variação face a 2019 (%) |
Total de reclamações 2020 |
Total de reclamações 2019 |
Índice de Satisfação |
TulsiCosmetics Profissional |
+5.760% |
586 |
10 |
73.8 |
Castro Electrónica |
+2.067% |
1170 |
54 |
93.7 |
MO Online |
+701% |
545 |
68 |
58.6 |
Carethy |
+344% |
679 |
153 |
74.0 |
Leroy Merlin |
+336% |
876 |
201 |
70.9 |
IKEA |
+184% |
792 |
279 |
14.5 |
FNAC |
+115% |
710 |
331 |
19.9 |
Radio Popular |
+61% |
705 |
437 |
93.3 |
Worten |
+55% |
3055 |
1973 |
95.1 |
Conforama |
+49% |
714 |
359 |
77.0 |
Análise entre 1 de janeiro e 19 de novembro.
Black Friday mais digital do que nunca
O atual cenário de Estado de Emergência veio obrigar a que a corrida à sexta-feira mais louca do ano seja feita, sobretudo, através da internet.
Segundo um estudo realizado pela Worten, durante esta Black Friday, quase 40% dos portugueses admite comprar exclusivamente online, sendo que, 84% dos consumidores mantém a expectativa de poder aproveitar as campanhas promocionais.
23% das reclamações relacionadas com burlas
De referir que, entre 1 de novembro a 15 de dezembro de 2019, foram registadas no Portal da Queixa 274 reclamações relacionadas com a Black Friday de 2019. Entre os principais motivos, estiveram: Falha e atraso de entrega (41%); Burla (23%); Apoio ao cliente (18%); Pagamento (11%); Devoluções e/ou troca (4%); Envio de produto errado (3%).
Campanha #NãoSejasPato pela maior literacia digital
“O aumento da procura através dos canais digitais, por parte dos consumidores portugueses, é uma tendência que veio para ficar, criando pressão sobre as marcas ao exigirem a digitalização da grande maioria dos seus serviços. Esta nova realidade, veio potenciar os perigos que se escondem nas compras online. Para combater este problema, lançámos, recentemente, um movimento cívico nacional - #NãoSejasPato - que conta a participação do OLX, MB WAY, Worten, CTT, KuantoKusta e euPago, e que tem como objetivo aumentar a literacia digital junto dos consumidores portugueses, educando a sociedade de consumo para não cair em esquemas de fraude e burlas online.”, revela Pedro Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa e da Consumers Trust
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