Greve deixou dezenas de passageiros em terra

As empresas de segurança estiveram neste sábado em greve nos aeroportos nacionais. Houve atrasos em média de 90 minutos, e muitos passageiros perderam os voos

Greve deixou dezenas de passageiros em terra

A greve de 24 horas dos trabalhadores da Prosegur e da Securitas que fazem a segurança dos aeroportos portugueses afectou sobretudo o aeroporto de Lisboa, disse à agência Lusa fonte da ANA - Aeroportos de Portugal.

De acordo com Luís Sismeiro, o tempo de espera dos passageiros junto aos pontos de controlo raio-x era, às 18h30, de cerca de duas horas. Por causa da greve houve menos pontos de controlo, o que fez aumentar o tempo de espera no acesso à zona de embarque.

"A segurança nunca foi posta em causa e apesar de já ter ouvido casos de passageiros que passaram sem controlo isso não é verdade, o controlo está a ser feito manualmente, mas um pouco mais à frente do local habitual. É precisamente por causa das questões de segurança que a demora é maior", disse a mesma fonte da ANA.

Contactada pela Lusa, Carina Correia, da transportadora aérea TAP, referiu que até às 18h30 não houve registo de voos cancelados, mas os atrasos nas partidas rondavam os 90 minutos.

Sem especificar números, a mesma fonte admitiu que a TAP recebeu pedidos de ajuda de passageiros para remarcação de viagens por não terem conseguido apanhar o voo inicialmente marcado, precisamente por causa dos atrasos nos pontos de controlo.

"Estamos a tentar minorar o tempo de espera nas filas, oferecendo águas e 'snacks'", disse Carina Correia em declarações.

Os trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que fazem o controlo raio-x de bagagem de mão, passageiros e funcionários dos aeroportos, cumpriram no sábado uma greve de 24 horas, marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação de Empresas de Segurança para a celebração de um novo contrato colectivo de trabalho.
Até ao início da tarde, a greve teve uma adesão de 80% em Lisboa e mais de 50% por cento nos aeroportos de Faro e do Porto.

Dezenas de passageiros sem voo e sem soluções
Milhares de passageiros desesperaram nos aeroportos nacionais devido à greve dos funcionários das empresas de segurança. O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi onde se registaram mais problemas, com centenas de passageiros a esperarem mais de duas horas para poderem ultrapassar a barreira de segurança.
A PSP acabou por ser chamada para reforçar a segurança.

Muitos passageiros acabaram por perder os voos e não deverão ser reembolsados pelas companhias aéreas, pois a greve é alheia às transportadoras.

Uma das passageiras que ficou em terra contou ao Correio da Manhã que a viagem de férias para Cabo Verde, que custou 1100 euros, transformou-se em pesadelo: "O voo estava marcado para as 12h00 e cheguei ao aeroporto de Lisboa com três horas de antecedência, a pedido da companhia Everjet. Às 10h15 começaram a fazer o check in e havia longas filas e muita confusão", afirmou a passageira. Só conseguiu passar o controlo de segurança às 13h15. "Quando cheguei à porta de embarque, o avião já tinha partido, com 19 passageiros", afirmou.

A ANA - Aeroportos de Portugal confirmou que houve atrasos em vários voos, nomeadamente em Lisboa, não estimando quantos passageiros perderam os respetivos voos.

Em resposta aos passageiros afetados, as agências de viagens vão dar 'vouchers' a clientes afetados pela greve.

Como reclamar?
Caso seja um dos passageiros afetados pela greve pode apresentar a sua reclamação aqui

Fonte: Renascença
CM


Comentários(0)

Mais soluções.

Em cada email.Todas as semanas no teu email as notícias, dicas e alertas que te irão ajudar a encontrar mais soluções para o que necessitas.