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As promoções nos supermercados vão sendo cada vez mais um hábito, trazendo benefícios para os consumidores. Contudo os hipermercados poderão estar a perder, tendo em conta que o volume de compras recuou, refere o Jornal de Notícias.
Um estudo da Kantar Worldpanel, citado pelo jornal, mostra que, no primeiro trimestre, as promoções cresceram 28% (consumidor ficou a ganhar) mas o volume de compras recuou 2,1% (os supermercados terão perdido).
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) aponta para que as promoções representem 41% do total das vendas dos supermercados, mais 5% do que em termos homólogos.
De acordo com um estudo da Nielsen, quase todas as categorias estão a ser alvo de mais promoções. Nos primeiros seis meses deste ano, metade dos detergentes para a lavagem e tratamento de roupa foram vendidos com desconto. O mesmo aconteceu com as cervejas, em que mais de metade dos consumidores comprou em promoção.
"É uma nova tendência de consumo à qual as empresas procuram dar respostas adequadas", explica Ana Trigo Morais, da APED, ao JN. Porém, a responsável salvaguarda que as margens de lucro "são tendencialmente menores", o que se traduz numa quebra do volume de vendas, que recuou 2,1% no primeiro semestre.
"Há sempre alguma coisa em desconto. Não sou eu, o cliente, que corro atrás da promoção, é a promoção que corre atrás de mim fazendo com que eu leve com desconto algo que já iria comprar", refere Pedro Pimentel, diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Produtos de Marca (CentroMarca).
O responsável completa explicando que as promoções surgiram como uma reacção à quebra do mercado, para manter o consumidor interessado numa altura de contracção do consumo, mas três anos depois já não está a ter efeito".
Fonte: Jornal Económico
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