Reclamações ao provedor das agências de viagens aumentaram 20%

Em 2014 foram recebidas no total 817 queixas. Os portugueses estão a reclamar cada vez mais.

Reclamações ao provedor das agências de viagens aumentaram 20%

Em 2014 chegaram até ao provedor dos clientes das agências de viagens e turismo 871 reclamações, um aumento de 20% em comparação com o ano anterior. Foi o maior número de queixas recebidas num só ano, adiantou Vera Jardim, o responsável por esta entidade, criada em 2003 pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. O ano passado houve ainda 138 pedidos de informação ou aconselhamento, adiantou em conferência de imprensa, nesta terça-feira.

Num encontro, Vera Jardim considerou que os portugueses "estão a reclamar mais" e conhecem melhor os direitos como consumidores. “Ao longo dos anos tem ocorrido um aumento gradual das reclamações" em relação a viagens organizadas, sublinhou, explicando a tendência com um maior conhecimento da figura do provedor e com o facto de os portugueses estarem "a reclamar mais em geral".

"Porventura com a crise dos últimos anos, as pessoas reclamam mais os seus direitos, quer nas condições oferecidas e não cumpridas, quer nos preços. Tenho quase como certo que os portugueses estão mais conscientes dos seus direitos de consumidores", afirmou.

Já em 2015, desde o início do ano e até ao passado dia 28 de Maio, o provedor do cliente recebeu 162 reclamações e 64 pedidos de informação ou aconselhamento. Destas reclamações, 64 foram indeferidas, a maioria por se tratar de agências não associadas do provedor (30 reclamações) ou por serem assuntos fora da competência (24), como as viagens adquiridas directamente a companhias áreas ou reservas feitas directamente em hotéis.

No caso das agências não associadas do provedor, notou Vera Jardim, "em mais de 90% dos casos" trata-se de empresas que não estão bem identificadas na Internet, em relação às quais a margem de actuação é nula.
Das reclamações apreciadas, houve dez decisões totalmente favoráveis ao reclamante e outras 21 parcialmente favoráveis. Noutros 25 casos, a decisão foi negativa e outros 17 são processos ainda em curso. De acordo com Vera Jardim, com base na comparação destes números face ao mesmo período de 2014, prevê-se que "este ano seja parecido com o ano passado".

O provedor deixou um alerta sobre os cuidados a ter com os portais de viagens na Internet. “Há operadores e agências portuguesas que têm o seu portal na net, devidamente identificados, com sede em Portugal.[Mas] Outra coisa é quando são agências que não sabemos onde se domiciliam e a nossa oportunidade de actuação é zero", alertou o provedor.

Para evitar problemas com as compras online, os consumidores “devem verificar se a agência está em Portugal, saber quem estão a contactar e qual é o responsável se alguma coisa correr mal", alertou. Por outro lado, os clientes também se devem informar muito bem sobre promoções em curso, outra questão que tem motivado muitas queixas. "Têm surgido alguns problemas quando há viagens em promoção, porque as condições alteram-se rapidamente", avisou.

 

 

 



Fontes:

Jornal Público

 


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