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Uma análise efetuada pelo Portal da Queixa ao setor do retalho, centros comerciais, lojistas, Hiper e Supermercados revelou que o incumprimento das regras de segurança sanitária está a inquietar alguns consumidores. Entre março e 20 outubro, foram registadas na maior rede social de consumidores de Portugal 760 reclamações relacionadas com a falta de condições de segurança sanitárias nas lojas.
Os dados indicam que os meses com maiores reclamações (abril, maio e junho) coincidem com os períodos de aumento no número de infetados, um maior rigor no confinamento e posteriormente o desconfinamento; o que demonstra que nos momentos mais críticos da pandemia, os consumidores não sentiram o cuidado das marcas no que se refere à segurança sanitária.
Variação do número de reclamações por mês
Mês |
Reclamações |
Março |
63 |
Abril |
173 |
Maio |
183 |
Junho |
115 |
Julho |
76 |
Agosto |
67 |
Setembro |
59 |
Outubro* |
24 |
(1 de março – *20 de outubro)
No Portal da Queixa há relatos de consumidores que descrevem vários cenários: ajuntamentos de pessoas em centros comerciais, não cumprimento da distância obrigatória, clientes que se amontoam nas caixas de pagamento com filas de caixas a trabalhar em simultâneo, funcionários que não trocam luvas com a regularidade necessária.
Um dos exemplos da falta de segurança é apontado pela consumidora Sara que foi ao Mar Shopping de Matosinhos, em agosto, e relatou na sua reclamação "um caos”. "Não há controlo absolutamente nenhum do número de pessoas, não há de todo distância de segurança. (...) Não vejo ninguém a limpar nada também, nem álcool gel sem ser à entrada do shopping, não há segurança nenhuma. E é uma vergonha ainda terem ", reportou no Portal da Queixa.
Na opinião de Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e fundador da Consumers Trust: “A pandemia relativa ao Covid19 veio sem dúvida colocar em causa a confiança dos consumidores relativamente ao consumo. Por isso, todas as medidas de proteção implementadas pelas marcas devem ser, não só, um mecanismo de prevenção pedagógico, como também um reforço da confiança juntos dos seus clientes. Claramente, verificou-se que em muitos casos, esse objetivo falhou redondamente, provocando o resultado oposto, ao afastar os clientes dos espaços comerciais públicos.”
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