Câmara Municipal de Oeiras - Acidente/inundação de carro devido a enxurrada de água, pedras, lixo, terra

No dia 25/10/2022 o meu filho ficou dentro do carro com água pela cintura e a ser levado pela água, sujeito a acabar levado para uma ribeira. Desde desse dia que continuamos sem solução.
Enviei à Câmara Municipal de Oeiras o email que transcrevo abaixo e que deu origem ao Processo de responsabilidade civil nº 0019888388 da Tranquilidade - Generali.
No dia 23/12/2022(2 meses depois do acidente e depois de muita insistência) foi efetuada a peritagem do veiculo
Desde esse dia e até ao passado dia 17/02/2023, a seguradora começou por me dizer que o processo “estava em análise”, depois no final de janeiro disseram-me que tinham notificado o Municipio de Oeiras, para obterem alguns esclarecimentos, falei com a Jurista da CMO que me confirmou não terem recebido nada. Todas as semanas ligamos ou para a Tranquilidade ou para a Melior (corretora) e a resposta não passa de: “ aguardamos relatório de peritagem” e sempre que a sra. nos liga insistimos com o gabinete de peritagem”.
Depois do que nos aconteceu, de estarmos sem carro desde dia 25/10, não tenho mais capacidade para ouvir respostas destas e a Câmara responsável pela resolução do problema dos Munícipes limita-se a dizer que o processo está na seguradora, que agora não é com eles!!! como se nós é que fossemos os culpados e tenhamos de andar atrás de quem não resolve os problemas.

Reclamação enviada à CMO:
"No passado dia 25 de novembro, o meu filho de 21 anos teve a infelicidade de estar no local ERRADO há hora errada, e digo lugar errado porque moro perto de Tercena há 53 anos e desde pequena que assisto a esta desgraça na estrada que vem da estação de Tercena até ao Pingo Doce – Avª Infante D. Henrique.
O carro do meu filho, com ele lá dentro, levou com uma enxurrada de água e tudo o que ela trouxe em cima; estava ele a entrar na Rotunda das Seleções, vindo do lado do Pingo Doce de Tercena, ficou com água até aos bancos e o carro a ser levado, por sorte virou o volante para o lado certo. Como perdeu a noção de onde estava e dizia-me ao telefone - em total pânico, ele e eu - que a água passava por cima do carro e não sabia o que fazer e que ia morrer, mas lá embateu num lancil de passeio e o carro parou (passeio esse, que mais uma vez ficou com um buraco enorme, o mesmo que há um mês atrás desapareceu e levou um rapaz de 32 anos, que foi salvo uns bons metros à frente, mas que ainda permanece hospitalizado).
Quando o meu marido e eu chegámos ao local, a enxurrada já tinha passado, ele estava encharcado até à cintura, levámo-lo para o nosso carro, enquanto isso já tinham passado por ele bombeiros para Rotunda das Seleções, estava a PSP e comandar o transito para contornarem o carro dele e ninguém ofereceu ajuda!!! Vi do lado oposto da estrada a proteção civil e comecei aos gritos, completamente fora de mim!
A indicação que a proteção civil me deu foi que fosse ter com a Policia Municipal, que também estava na Rotunda das Seleções, para que viessem tomar conta da ocorrência (assim fiz), e que depois fosse à Câmara de Oeiras efetuar a reclamação.
De tarde a Policia Municipal ligou a dar o numero da ocorrência – 21659/2022 e eu dirigi-me à Câmara, onde na receção me foi informado que só valeria a pena efetuar a reclamação depois de ter um orçamento dos danos, e que depois poderia submeter por email a referida reclamação, voltei para casa.
Com tudo isto, já passou uma semana e alguns dias e a oficina onde coloquei a viatura, até hoje, conseguiu dizer-me que o motor “morreu” e que as restantes peças têm de secar muito bem para ver o que se consegue aproveitar, mas que nunca mais vai voltar a ser um carro em condições e que até poderá vir a dar muitos problemas mais referentes a este “afogamento”, mas só a longo prazo se saberá. Sem falar das peças, como embaladeiras que simplesmente desapareceram.
Para mim isto já é um péssimo presságio, primeiro porque não sei quando é que vou conseguir ter um orçamento para vos enviar, depois estamos sem o carro que tinha sido comprado há um mês… e precisamos mesmo de resolver esta situação da qual somos os lesados de todas as formas, dos danos morais já nunca mais nos livramos e dos materiais estamos a ver que tão cedo também não nos livramos. E falo em danos morais porque o meu filho e nós pais ainda não conseguimos tirar da cabeça as imagens de total “terror”, o pânico continua presente.
Mesmo não seguindo as ultimas indicações que nos foi dado na Câmara, decidi abrir já o processo, mesmo sem orçamento, para que me indiquem como consigo contornar esta questão do “tempo”."