Moro no 1º dt de um prédio de 3 andares em Brejos de Azeitão, somos 9 condóminos dos quais me queixo regularmente de 4 devido ao barulho que provocam. Já pedi várias vezes em reuniões que tivessem cuidado e respeito pelos vizinhos, expliquei o quanto incomodativo são os barulhos que provocam. Mas passados vários anos as coisas tendem a piorar. No dia 17 de Fevereiro de 2013, domingo, pelas 16.00h e após bater à porta do 2º dt sem que ma abrissem, chamei a GNR. Expliquei pelo telefone que os vizinhos de cima tinham a televisão com som excessivamente alto que se sobrepunha ao som da minha e não se conseguia estar em sossego em casa. Ao chegar ao prédio, a patrulha não constatando barulho, dirigiu-se à minha porta para me perguntar porque os chamei. Queixei-me do que mencionei, acrescentei que todos os dias esses vizinhos caminham em casa calçados com sola rija provocando “marteladas” no meu teto até às 22.00h/23.00h; sempre que chegam ou saem de casa batem com a porta com estrondo, seja de manhã ou noite; manuseiam a lenha da lareira de forma exageradamente bruta; arrastam cadeiras e mobiliário sem qualquer pudor ou respeito por quem mora em baixo; tudo apesar de já ter falado com eles duas vezes. Por não abrirem a porta no 2º dt, a patrulha dirigiu-se à porta do 2º frente e perguntou se havia queixas em relação aos vizinhos da frente, o que lhes foi respondido que não e que são pessoas sossegadas. Ora os vizinhos desta porta são dos que gritam em casa todas as meias noites, batem com a porta com grande estrondo e por mais incrível, assoam-se com as mãos da varanda para a rua! Nesta conversa os agentes identificaram a moradora do 2º dt como sendo a empregada do café que fica na nossa rua. Foram ao local de trabalho da senhora! Pelas 17.10h a senhora chega a casa e começa a gritar alto e bom som para eu ouvir, conta a quem estava em casa (marido e irmão) a conversa com o guarda e grita ameaças de que a partir desse momento ela ia fazer ainda mais barulho. Liguei imediatamente à GNR a relatar esta situação de ameaças. Foi enviada uma segunda patrulha que uma vez mais se dirigiu à minha porta. Contei tudo novamente e pedi aos guardas que se dirigissem aos r/c frente, 1º Esq, 2º dt e 2º frente para lhes explicar que a lei que permite ruído até às 22.00h não significa que podem ouvir música ao ponto de incomodar os vizinhos, ou que podem gritar e bater com as portas de casa à vontade. Nisto, um dos guardas perguntou-me se eu já tinha considerado mudar de casa, porque pelos vistos só eu é que me queixo! Eu disse que isso era muito difícil pois estou a pagar ao banco à menos de 10 anos, e nesta altura vender é como toda a gente sabe. Afirmei que tenho tido muita paciência e tolerância mas que esta situação já estava a ultrapassar limites e que talvez nesse dia por estar doente, estivesse menos tolerante. O mesmo guarda imediatamente gesticulando com a mão à volta da cabeça disse “pois, você também não está boa da cabeça, anda aí com uma depressãozinha?”. Ao que respondi que não estava deprimida, mas sim constipada e febril! Fiz participação desta atuação ao comando distrital que encaminhou a situação e recebi uma resposta mês e meio depois. Para além de não me apresentarem soluções quanto ao problema de falta de civismo dos meus vizinhos, dizem por outras palavras que é a minha palavra contra a do guarda. Já fui à câmara municipal mas dizem que não podem fazer nada sem que eu tenha uma queixa com um auto da GNR, que por sua vez não o levantou porque quando chegou nada constatou. Dizem-me que tenho que contratar uma empresa para medição de ruído às minhas custas, mas essa empresa cobra à hora e corro o risco de pagar uma hora em que os vizinhos não estão em casa ou estão sossegados. Pedi à câmara para me mostrar o relatório da fiscalização por parte da câmara ao edifício aquando a sua construção de modo a conferir se a construção respeita as normas relativas ao isolamento acústico, mas disseram-me que a câmara não faz isso a não ser em causa de denúncia. Como denuncio uma construção de há 20 anos? Não sei que fazer, há 9 anos que durmo com tampões nos ouvidos e começo a notar que isso me está a prejudicar a audição. Durante o dia quando estou sozinha uso-os para não estar em constante sobressalto com os estrondos causados pelas portas abater. Os agentes dizem que não podem fazer nada, mas o que pesquisei na legislação indica-me que podem e devem atuar de forma legal. Será que me podem ajudar por favor?
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