Se é um facto que já desde a sua fundação, em 2003, se coloca globalmente a interrogação "para que serve a Polícia Municipal de Coimbra?" (PMC), essa pergunta está, presumo, de modo ostensivamente presente nos automobilistas que diariamente são vítimas do caos que se apoderou da cidade de Coimbra neste último ano.
Se é verdade que qualquer contexto de obras causa transtornos, também é verdade que esses transtornos poderiam ser minimizados se tivesse sido pensado um plano que mitigasse o impacto das obras do Metro Mondego. Não houve plano. Nunca houve. As constantes e sucessivas alterações ao trânsito visam apenas satisfazer os interesses do empreiteiro e do dono da obra, tendo-se optado por ignorar completamente o impacto causado nos automobilistas. Como consequência, a mobilidade na cidade vive uma situação de absoluto desespero.
Tendo-se constatado esta realidade, seria previsível que a PMC, pudesse intervir ajudando a criar condições para que, de alguma forma, os automóveis pudessem fluir. Mas também não! Ao longo deste ano, assistiu-se a colossais engarrafamentos (diários), com as sucessivas rotundas a entupirem-se a si próprias e à própria circulação, sem que se vislumbrasse qualquer agente a colocar alguma ordem neste caos.
Recentemente, e perante a instalação de um novo desvio, que empurra o transito para a Rua do Brasil (junto à lavagem da Imo), lá foi possível (finalmente) encontrar alguns agentes. Qual não é a estupefação quando hoje se percebeu que a presença destes agentes obedece afinal a uma qualquer lógica intermitente e aleatória e não a uma presença constante. Ou seja, está implementado mais um fator de instabilidade a agravar o cenário já de si problemático. Lamentável!
Data de ocorrência: 7 de março 2024
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