Desloquei-me ao Estab. Prisional de Angra do Heroísmo na qualidade de defensora oficiosa, nomeada de escala, para o interrogatório de um recluso no âmbito de uma carta precatória da República de Montenegro.
Chegada ao Estab. Prisional, ao passar no detetor de metais da portaria, esta apitou.
O guarda de serviço informou-me que teria de ir a um gabinete despir o soutien, vestir uma bata, voltar a passar no detetor de metais de bata vestida, enquanto o meu soutien era colocado num saco e passava numa máquina de RX.
Perguntei qual a base legal de tal atitude, o que me foi dito que eram ordens superiores.
Tal situação é um atentado à minha dignidade, não só pessoal, como profissional.
É vexante e indigna!
Não pude exercer o meu mandato, tendo o Ministério Publico tido que nomear novo defensor para o recluso para que a diligência se pudesse efectuar.
Note-se que, nem em aeroportos somos sujeitos a tal tratamento indigno e atentatório da nossa intimidade e dignidade!
Agradeço esclarecimentos sobre esta prática, extremamente vexante e inqualificável de quem trabalha em prol da justiça!
Obrigada.
Data de ocorrência: 10 de janeiro 2023
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