- Em 13/12/2023 pelas 11h45m, um sujeito fardado bateu à porta do meu imóvel de forma inapropriada, diria até de forma violenta.
- Regra geral, para não me enervar, prefiro não atender a porta a ninguém, especialmente quando batem à porta da forma descrita, mas desta feita acabei por ir ver quem batia à porta mas sem a abrir.
- O sujeito afirmou ser polícia, o que não me mereceu credibilidade, pois bater à porta como ele bateu não é conduta digna de polícia mas antes típica de criminosos, motivo pelo qual recusei dizer o meu nome e questionei antes quem ele procurava. Fiquei a saber que procurava um tal de João Dias e informei que esse não era eu.
- O sujeito quis que eu abrisse a porta, mas foi-lhe explicado que isso não ia acontecer, pois a conduta dele mais parecia de criminoso do que outra coisa e disse-lhe para não bater à porta da forma violenta como fez.
- Perante isso, visivelmente irritado, o sujeito voltou a bater à porta de forma violenta, como se estar fardado possa justificar tal conduta e insultou-me chamando-me de anormal, mais alicerçando a convicção de se estar perante um criminoso fardado.
- O sujeito recusou identificar-se, quando sabemos que em regra, os polícias têm dever de se identificar durante o exercício de funções, mais uma vez alicerçando a convicção de se estar perante um criminoso disfarçado de polícia.
- Ao ser informado que eu ia chamar a PSP, o sujeito lançou mais alguns impropérios e retirou-se, alicerçando ainda mais a convicção de se estar perante um criminoso fardado de polícia.
- Contatada a PSP da Trafaria, fui informado que o sujeito se chamaria Pereira e que de facto seria polícia.
- Mal está o país, quando o Estado confia armas de fogo a pessoas que, perante o sucedido ora denunciado, manifestamente não merecem tal confiança por aparentarem ser mentalmente instáveis.
- É importante que este sujeito seja devidamente acompanhado, porque um dia pode achar-se intocável e fazer pior, uma vez que acima da lei parece já achar-se, especialmente a pessoas crédulas com pouca experiência de vida e que abrem a porta a qualquer um, fardado ou não fardado.
- Espero poder continuar a acreditar na PSP e nos seus agentes, mas a PSP não pode permitir este tipo de conduta dos seus funcionários. Do mesmo modo, perante emergências, a PSP não deveria dificultar a assistência aos cidadãos dizendo-lhes para ligar para outras esquadras, pois tal prejudica a perceção que os cidadãos têm sobre a PSP.
- Este tipo de situações prejudica a saúde dos cidadãos e faz diminuir a confiança que os cidadãos podem ter na PSP, dando mais motivos para não atender a porta a quem não se aguarda.
Data de ocorrência: 13 de dezembro 2023
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