Decisão: Notas de 500 euros vão deixar de ser impressas

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou o fim da impressão das notas de 500 euros em meados de 2018. Esta decisão justifica-se pela prática de atividades ilícitas que tem preocupado o BCE. Notas poderão continuar a ser usadas sem restrições.

Decisão: Notas de 500 euros vão deixar de ser impressas

Para a grande maioria, estavam muito longe de ser uma presença assídua na carteira. Há mesmo quem nunca lhes tenha posto os olhos em cima. Agora, têm um fim à vista, ainda que distante: o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que as notas de 500 euros vão acabar em 2018.

Quem tiver notas de 500 não terá, no entanto, de fazer qualquer troca. As notas deixarão de ser impressas, mas continuarão a ter o mesmo valor e a poder ser usadas como meio legal de pagamento. As que existem neste momento em circulação serão gradualmente retiradas do mercado. Também poderão ser trocadas a qualquer altura por outras notas nos bancos centrais de cada país.

A decisão vai ao encontro às muitas preocupações principais já expressas pelo BCE sobre a utilização da nota de 500 para pagamentos ilegais e branqueamento de capitais.

São três os argumentos a favor para o fim da nota de 500 euros:
- O uso ilícito da nota para práticas ilegais, como branqueamento de capitais ou o financiamento a atividades terroristas;
- Pouco uso da nota (56% dos cidadãos europeus nunca viu uma nota de 500).
- Os pagamentos serem feitos, cada vez mais, de forma eletrónica.

Das notas atualmente existentes, a de 500 é assim a única que não fará parte da série Europa, um novo desenho das notas de euro, que traz medidas reforçadas de segurança. Já estão em circulação as notas de cinco, dez e 20 euros desta série.

O comunicado do BCE não indica uma data específica, afirmando apenas que a emissão de notas de 500 vai parar "por volta do final de 2018, quando está planeado que as notas de 100 e 200 da série Europa sejam introduzidas".

A nota de 500 euros (um valor que está próximo do salário mínimo em Portugal) foi defendida por países como a Alemanha, que ainda no tempo do marco tinha uma nota valor semelhante, a de 100 marcos. Nos EUA, a nota de valor mais elevado é a de 100 dólares (ligeiramente menos em euros). Acabou por ter um tempo de vida menor do que o das moedas de um e dois cêntimos, que alguns países já deixaram de usar, mas que continuam a ser cunhadas.

Fonte: Público
TSF


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