Já é o quarto mês que não recebo a minha pensão de sobrevivência, que alegadamente foi cortada por falta do prova escolar. No entanto entreguei duas provas escolares, uma em setembro de 2018 e outra em fevereiro de 2019, aquando me dirigi novamente à segurança social depois de ter recebido uma carta a dizer que seria cortada. Como o próprio nome indica, estou dependente deste dinheiro para sobreviver. Encontro-me na Alemanha a fazer Erasmus e estou a começar a ver a minha vida a andar para trás. Do que dependesse do governo já tinha que ter desistido dos estudos e arranjado trabalho. No fundo, é o que eles querem.
Venho por este meio solicitar a todas as pessoas que se encontram na minha situação que façam pressão. Liguemos vezes sem conta, quem tem possibilidade que se dirija ao CNP vezes sem conta, se for preciso que se ligue à CMTV e à TVI. Não deixemos isto ficar assim, lutemos pelo que é nosso por direito! Andaram os nossos pais a trabalhar e a descontar uma vida inteira para agora não termos o que é nosso por direito. Já não basta passar pela dor de perder um pai, ainda temos que viver a dor da falta de respeito do nosso estado para connosco e para com a memória dos nosssos pais.
Data de ocorrência: 13 de junho 2019
Que os estudantes com pensões de sobrevivência arranjem trabalho e que os requerentes de pensões de velhice ou de invalidez morram antes de receber as pensões a que têm direito é mesmo o que eles querem.
A indignação pública da Provedora de Justiça já não pode ser maior e a TVI tem realizado algumas reportagens demolidoras sobre a situação da SS. Os juristas já deixaram claro que de nada serve colocar o estado em tribunal devido aos prazos da justiça. Infelizmente parece que a única forma de fazer pressão é mesmo o voto nulo (o que não é fácil para quem reside no estrangeiro) ou a abstenção. O que não é lógico é que votemos em partidos que nos desprezam quando governam ou que não têm possibilidade de governar.
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