Caros senhores:
Tal como consta da cópia de documentação em anexo, em 23/02/2018 entreguei um pedido de pensão de velhice para o estrangeiro (França) não tendo obtido até hoje qualquer informação sobre a situação do pedido, apesar dos e-mails que enviei a solicitar informações. Nos referidos pedidos de informação fazia referência ao facto de ter submetido toda a documentação para o pedido de pensão em Fevereiro de 2018, e não ter, até aquela data , recebido qualquer resposta. Acrescento que também procedi a vários contactos com a Segurança Social de Coimbra, mas obtive sempre a mesma resposta: que não tinham mais informações, processos estavam atrasados e tentar escrever á CNP ou deslocar-me até lá para tentar obter mais informações.
Devido ao facto de esta demora me estar a causar alguns problemas de ordem financeira, venho solicitar encarecidamente uma explicação para o atraso no processamento do meu pedido de pensão.
Antecipadamente grata, subscrevo-me, apresentando os meus cumprimentos,
o habitual
Voltaria a fazer negócio? Sim
A notícia do dia (ver os media) informa que durante o ano de 2018 as queixas recebidas na Provedoria de Justiça foram 920 (3,5 vezes mais que em 2017) e que as pessoas queixosas já esperavam em media cerca de dez meses por uma resposta ao seu pedido de pensão no momento de reclamar. O título "Queixas sobre pedidos de pensões denunciam atrasos de 10 meses" não é incorrecto mas não espelha uma realidade que só pode ser muitíssimo pior pois não se leva em conta com que atraso o processo é deferido (ninguém reclama pelo deferimento tardio) e muito menos quanto tempo decorre entre o pedido e o efetivo recebimento da pensão (ninguém reclama por finalmente receber uma pensão).
O maior problema é que o governo arranja todo o tipo de desculpas mas esconde os verdadeiros dados e a catástrofe social a eles associada pois se se soubessem seriam demolidores em termos eleitorais. O que importa ao governo é que as pessoas pensem que os subscritores com longas carreiras contributivas já têm a sua pensão (o que é falso pelo menos na grande maioria dos casos) e que as medidas "tomadas" vão resolver a questão o que também é manifestamente falso pois a verdadeira razão tem simplesmente a ver com prioridades no uso dos recursos financeiros de um estado mais ou menos falido como o de Portugal diga o que disser o "Santo Milagreiro" António Costa ou qualquer outro político.
Com as desculpas esfarrapadas que dão, cada um pode pensar o que quiser: por exemplo, se morrerem 10% dos candidatos a pensionistas durante um a dois anos que é onde se situará a media real dos atrasos...poupa-se uma pipa de massa. Também soubemos hoje que o "nosso" Fundo de Estabilização da Segurança Social perdeu 18,6 milhões na falência da Finpro (onde a "nossa" CGD perdeu também 23,8 milhões) por ter realizado investimentos de alto risco. Saimos da era DDT (dono disto tudo) que era péssima mas verdadeira e agora estamos na era IETN (isto é tudo "nosso") que é optima mas falsa. Valha-nos a abstenção e o voto em branco que, para cúmulo do azar, é para o lado que eles dormem melhor a começar pelo PCP.
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