Venho apresentar uma queixa contra o Sr. segurança de serviço à portaria da Caixa Geral de Aposentações, à Rua Dr. Eduardo Neves, nº 9, no dia 16 de Outubro de 2017, entre as cerca de 14h:45m e as 16:00h. Como não foi possível saber o nome, a partir daqui o Sr. segurança será designado por primeiro segurança.
Logo à chegada à portaria, dirigi-me ao referido primeiro segurança, apresentando o documento que me convocava para uma junta médica, ao mesmo tempo que lhe comunicava o mesmo por via oral, pedindo-lhe o favor de me indicar onde me deveria dirigir. A resposta do primeiro segurança já indiciava comportamento desrespeitoso perante os utentes do serviço. Não se dignou a retirar os olhos de algo que observava na secretária e entre dentes disse “espere aí”, ao que perguntei onde, se na sala de espera mesmo ao lado do balcão, e a resposta, de novo entre dentes e olhos na secretária, mas já em tom incomodado, foi um simples “aí”. Já não perguntei mais nada e aguardei sem perceber o quê!
Já no 1º andar, uma amiga telefona-me e diz-me que afinal não podia entrar e que o primeiro segurança tinha sido mal-educado. Se tinha dúvidas quanto ao seu comportamento incorreto deixei de a ter.
À saída, passava em frente ao balcão e disse “boa tarde”, ao que o primeiro segurança respondeu algo impercetível que, por momentos, pensei poder ser qualquer coisa equivalente ao meu “boa tarde” e segui. Sou surpreendida com um berro “o seu nome”! Volto atrás e digo “tenha calma, não percebi”. Resposta já em tom agressivo “não tenho que ter calma, tem é que me dizer o nome”. Digo o meu nome e lembro-lhe que não podia dirigir-se às pessoas naquele tom, que era falta de respeito. A partir daqui, deixou de haver condições de qualquer diálogo e pedi o livro de reclamações. Recusou-se a dar-me o livro de reclamações, sempre com uma atitude entre o jocoso e o insolente. Como se mantinha sentado e inclinado para a frente, não conseguia ver o nome no crachá, perguntei-lhe qual era o seu nome e recusou-se a dar-me o nome.
Perante o insólito da situação ligo para um advogado da família e, entretanto, apercebo-me da presença de um segundo segurança a quem pergunto se também está ao serviço. Responde-me que sim e eu coloco-lhe a situação do colega ter-se recusado a dar-me o livro de reclamações e ter-se recusado a dar-me o nome. Ao que me responde que não podia dar-me o livro de reclamações porque, pasme-se, “estavam fechados desde as 15:00h”! Mostrei-lhe a convocatória para a junta médica agendada para as 15:00h e expliquei que tinha acabado de descer. Manteve que estavam fechados e que eu deveria ter pedido o livro de reclamações “lá em cima!”. Perante tal ignorância relativamente à legislação sobre livro de reclamações e já em desespero, comunico ao segundo segurança que iria apresentar uma queixa pela ilegalidade que estavam os dois seguranças a cometer e também pelo comportamento do primeiro segurança. Enquanto dizia isto, o primeiro segurança ria-se com ar de gozo e pedi ao segundo segurança que observasse a atitude do colega. Eis se não quando o primeiro segurança levanta-se e inicia gestos de intimidação, arregaçando as mangas e olhando-me com ar ameaçador e provocador, ao que lhe digo que não me mete medo! Resposta: “e você, com esse ar mete medo a alguém?”. Fico estupefacta e volto a perguntar ao segundo segurança o que achava do comportamento do colega ao que me responde que achava mal dos dois lados porque eu “estava alterada”! Pelos vistos devia manter-me calma e serena perante os impropérios de que estava a ser vítima.
Atendendo ao exposto, apresento uma queixa contra o primeiro segurança pela injúria, pelo ultraje, por ter atentado contra a minha saúde e pelo claro preconceito com base no género que demonstrou. Para além disso, como cidadã não posso deixar de me insurgir contra o facto de seguranças com este perfil possam prestar serviço numa instituição pública, muito menos numa instituição pública cujos utentes estão numa situação de enorme fragilidade. Talvez fosse adequado para discotecas e outros lugares onde se houve notícias de que seguranças agridem e até matam clientes, mas não na Caixa Geral de Aposentações onde funcionários públicos vão a juntas médicas por doença grave!
Aguardando que me informem quais as diligências irão tomar relativamente a esta minha queixa, agradecia que me fosse fornecido o nome do primeiro segurança para outros procedimentos que os meus advogados acharem oportunos.
bandidos
Voltaria a fazer negócio? Não
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