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MCnur - Motor com defeito, resposta inadequada para a garantia

Sem resolução
Sérgio Jorge
Sérgio Jorge apresentou a reclamação
24 de setembro 2016

Adquiri um motor recondicionado à MCnur em julho de 2016, tendo sido informado de que a garantia era equiparada a um motor novo.
Decidi-me por esta opção, mesmo sendo substancialmente mais dispendiosa do que outras, por aparentemente ser a que oferecia mais garantias.
Levantei a viatura com o motor novo (recondicionado) da MCnur na sexta-feira dia 29 de julho. No sábado dia 30 ao por o motor a funcionar verifiquei um barulho estranho, tipo toc-toc-toc, que variava consoante a aceleração e que só se ouvia nos primeiros minutos e na primeira vez em que se ligava o carro nesse dia, normalmente de manhã. No domingo e segunda-feira de manhã a repetiu-se a situação.
Na segunda dia 1 de agosto desloco-me à MCnur, e reclamo das anomalias detectadas, nomeadamente o barulho do motor, o barulho da correia, mas também reporto que não consegui ver o nível do óleo e ainda que tive de repor o nível de água, com água destilada, do sistema de refrigeração, por este estar manifestamente abaixo do nível mínimo.
A MCnur tentou verificar o nível de óleo mas não conseguiu. No entanto detectou que a tampa da correia de distribuição estava mal fechada e no momento tentou fechá-la correctamente. Relativamente ao chiar da correia, como a mesma era velha informou-me que teria de a substituir.
Foi-me dito que era tudo normal, que continuasse a andar com a viatura, que fosse verificando os níveis e se detetasse alguma anomalia para voltar. O ruido deveria de desaparecer com alguns quilómetros percorridos, na altura referiram 1.000 a 2.000 kms, situação que não se verificou.
Como a viatura foi sempre assistida na Seat, levo a viatura à oficina para ter sempre mais uma opinião sobre a eventual gravidade das falhas detectadas.
Confirmam-me que o nível do óleo estava em baixo e que deveria repô-lo rapidamente. Relativamente ao barulho estranho, a opinião foi a de que poderia evidenciar alguma falha grave e que deveria tentar resolver a situação com a MCnur tão rápido quanto possível.
Vou à MCnur repor o nível de óleo, o motor levou 1 litro de óleo. Transmito novamente a preocupação com o barulho do motor.
O barulho do motor continuava a verificar-se, aumentando a frequência. Já não era só de manhã, mesmo durante o dia, se a viatura estivesse imobilizada mais do que 1 hora, com frequência verificava-se o barulho. Agendo um dia para deixar a viatura de um dia para o outro, para que a MCnur conseguisse identificar a anomalia. Estranhamente dizem-me que não ouvem nada, que está tudo bem e que posso continuar a circular com a viatura.
Vou novamente à Seat que me aconselha a pressionar a MCnur a resolver a anomalia e me informa que a tampa da correia de distribuição não está a fechar correctamente. Ponho a Seat em contacto com a MCnur para trocarem opiniões, sendo a anomalia da tampa transmitida à MCnur.
Já com mais de 3.000kms e perante a minha insistência a MCnur propõe para resolver a anomalia, trocar umas peças no motor denominadas touches.
Manifesto o meu desagrado por quererem mexer no motor, mas perante as dificuldades de logística que outra solução acarretaria, sou condescendente e deixo a MCnur fazer a intervenção. Como me ia ausentar, combinei com a MCnur que teriam mais uma semana além do previsto e com esta semana deveriam testar devidamente a viatura e resolver em definitivo a anomalia.
Sexta dia 16 de Setembro vou levantar a viatura e sou informado que o barulho se mantem, mesmo após terem feito a intervenção. Informam-me também que já encomendaram outra peça para substituir, a tampa do motor e que assim que esta chegar serei contactado para proceder à troca.
Quando chego à viatura acompanhado do representante da MCnur, verifico que o barulho se mantem, que falta a tampa da bateria e que a borracha junto ao bocal do óleo está montada ao contrario. Quando entro na viatura para me vir embora verifico que tenho 2 luzes avisadoras do painel acesas, a do motor e a do sistema ESP. Chamo novamente o representante da MCnur, que me diz não haver problema, que posso circular à vontade e que a anomalia das luzes avisadoras se resolve quando da próxima intervenção.
Após sair ligo para a MCnur transmito a minha insatisfação pelo sucedido bem como a minha posição de não os deixar mexer mais no motor, dando indicação para cancelarem a encomenda da tampa do motor, uma vez que adquiri um motor recondicionado, com 0 quilómetros e que não é suposto um motor nestas condições estar a levar peças, ou existir a anomalia detectada.
Terça dia 20 desloco-me novamente à Seat a reportar todo o histórico. Na inspecção que a Seat faz verifica que a tampa da correia de distribuição se encontra novamente mal encaixada. Verificam também as luzes do painel acesas, a borracha do bocal do óleo invertida, o barulho da anomalia e novamente o barulho da correia.
De seguida tenho uma reunião com a MCnur. Começo por lhes mostrar que o ruido se mantem, que o barulho da correia (nova) reapareceu após terem mexido no motor, que tenho a borracha do bocal do óleo invertida, que tenho as luzes do painel acesas, ESP e motor e que tenho a tampa da correia de distribuição mal montada.
Transmito novamente a minha insatisfação pela forma como o assunto está a ser gerido e pelos sucessivos episódios de falhas.
Atendendo à minha posição de não permitir à MCnur que realize mais intervenções neste motor, que manifestamente tem problemas e atendendo ao facto de já se terem passado quase 2 meses, proponho à MCnur que ao abrigo da legislação o motor seja trocado.
A MCnur diz-me que tal não é possível e que se não aceito a reparação, têm de enviar o motor para a fábrica. Que a anomalia não é grave e que provavelmente até aos 5.000kms o barulho desaparece (eram 1.000 a 2.000kms agora passaram para 5.000kms).
Respondo que sim, podem enviar o motor para a fábrica, mas não aceito o mesmo motor e ponho como condição que a MCnur me providencie transporte. Exijo ainda que, após resolução da anomalia, a garantia de 2 anos recomece a contar.
A MCnur diz-me que tal não é possível, que têm 30 dias (???) para resolver o problema e não providenciam transporte.
Transmito que se é essa a posição, não posso ficar mais tempo apeado, já andamos a tentar resolver o problema há mais de 30 dias, com várias deslocações e imobilizações da viatura, para além do transtorno da minha vida pessoal e profissional e da da minha mulher.
Informo que terei de me deslocar a Portalegre e que estou muito preocupado com as condições em que a viatura se encontra.
A MCnur volta a reafirmar que o motor se encontra nas devidas condições e que posso circular com o mesmo.

Atendendo a que legislação prevê 3 formas de resolver o diferendo, a reparação, a substituição e a anulação do negócio, transmito a seguinte conclusão à MCnur:
1 - Contra minha vontade, permiti intervenções no motor, que foram feitas sem sucesso.
2 - A MCnur recusa-se a substituir o motor.
3 - Resta-me então pedir a anulação do negócio, uma vez que não posso acordar uma garantia com uma entidade cujo histórico de episódios me levou a que perdesse a confiança nos seus serviços.
Informei a MCnur da minha posição e ainda de que, também ao abrigo da legislação em vigor, irei pedir indeminização por todos os danos provocados, quer pelas imobilizações da viatura, quer pelos danos e falhas com a viatura que possam ocorrer no futuro até à resolução definitiva do problema.
A MCnur no final da nossa conversa informa-me que a partir do momento que apresente queixa que me dará indicação para imobilizar a viatura. Respondo que se a MCnur considerar que a viatura não está em condições de circular, que já não sairia dali com a mesma, ao que a MCnur reafirma que posso circular com a viatura.
Ainda antes de sair da oficinao responsável faz questão de me mostrar um motor parecido, para me dizer qual a peça que pretendem substituir. Verifico que a peça em causa, que de acordo com a MCnur é uma peça cuja substituição é uma operação inócua, se encontra com um selo precisamente para evidenciar alguma manipulação que possa haver sobre a mesma. Estranho mais uma vez a posição da MCnur.
Perdi a confiança no serviço e sai da MCnur com a tampa da correia de distribuição mal fechada.
Sexta dia 23 de setembro vou à Seat fazer um diagnóstico e tentar resolver as falhas menores, cujo resultado indica uma falha no sistema de distribuição do motor. Ver relatório em anexo.
Esta despesa é para ser paga pela MCnur, resulta de trabalhos mal executados.

Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 24 de setembro 2016
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários

Mendes Leal & Associados



Ass: Motor reconstruido
Seat, A1tea, 1.6i ano 2tXl4


Ex.ma Senhora,

D. Sónia Cristina Pereira de Oliveira



Cascais, 6 de Outubro de 2016


Fomos incumbidos, na qualidade de mandatários da Mcnur- Comércio de Peças Auto, L.da, de tentar esclarecer e resolver a situação surgida com o motor reconstruído adquirido por V. Ex.a para o S/ veículo acima identificado.

Efeõvamente, na sequência da montagem do referido motor no 5/ veículo têm surgido problemas, que a Mcnur- Comércio de Peças, L.da tem tentado resolver, sempre em contacto com a fábrica e seguindo as s/ instruções.

Como é do conhecimento de V. Ex.a a fábrica, entende que o problema só se resolverá com uma tampa nova do motor.
Face a tal solução, a fábrica enviou à Mcnur-Comercio de Peças Auto, L.da a referida peça, que se encontra no armazém da sociedade para ser montado, naturalmente sem qualquer custo acrescido.
Refere, V. Ex.a que não terá confiança na Mcnur- Comércio e Peças Auto, L.da, para resolver o problema, isto é para proceder à montagem da referida tampa do motor, recusando—se a entregar o veículo para se realizar a montagem.

Adianta, V. Exa, que em termos legais, haverá diferentes soluções para defesa do cliente, e que aquela que pretende enquadrar na situação será pedir a anulação do negócio celebrado.
No entanto, o que a lei prevé, para o caso, será “ repará-la ou
substitui-la quarteto a subsõtuiçfio for necessária - artigo 921° do Código Civil.
Assim, solicita-se a V. Ex.a que proceda à enhega do sempre mesmo veículo, no prazo de 8 dias, para se proceder à reparação, que corresponderá á montagem de tampa nova de motor.
Sem outro, assunto e com os n/ melhores cumprimentos,


( Luís MENDES LEAL)