MCYCLES - Moto nova como usada

Venho por este meio apresentar reclamação sobre o motociclo adquirido no stand/oficina NTCQ – Motorcycles Solutions, Lda, “MCycles” NIPC 510221858, CAE principal 45110, sito na Estrada de Alvide, n 837, Loja Abuxarda, em Alvide, Cascais, web www.mcycles.pt, bem como a não assunção de responsabilidades pelo fraco material que compõe o referido motociclo – o justo seria troca ou reembolso do valor do veículo.
Em finais de Outubro de 2015, eu e a minha esposa dirigindo-nos a este estabelecimento para vermos e talvez adquirir uma moto 125cc. Fomos atendidos muito cordialmente pela Sra D. Isabel, a quem depois de explicamos para o que íamos e o queríamos, nos sugeriu o motociclo Sanyou MAG SY 125 T 26, porque era grande, que se vendia muito bem, aerodinâmica, consumos baixos, motor Honda…enfim... ideal para o que queríamos ouvir, sem nunca nos mencionar que era made China ou importada, apenas referiu a boa reputação do motor que era HONDA…e concretizou-se o negócio na hora, dando informação que a moto só estaria pronta para entrega passado 1 ou 2 semanas, e que o registo demoraria 2 a 3 meses, porque havia atraso no IMTT.
Aqui começa a novela…a moto só foi entregue passado + de 1 mês de lá ter-mos estado, e com insistência minha semanal – alegava que havia atraso na entrega dos contentores. O registo demorou 1 ano e 2 ou 3 meses – alegava sempre atraso no IMTT – tenho uma coleção de Declarações para efeitos de circulação, e não tenho mais porque insistia no prazo máximo em cada Declaração…
Quando fui levantar a moto ao stand, ao chegar a casa, a subir o passeio, o guiador inclinou-se todo para a frente – vinha desapertado, pelo que procedi ao aperto devido.
Com 65km, no dia 05/12, fiquei sem bateria depois de ter estacionado e a moto nem com o kick pegava. Liguei para o stand, falei com Sra D. Isabel a explicar a situação, recomendando-me, dada a distancia a que me encontrava, de chamar a assistência em viagem. Desloquei-me ao stand de automóvel levando a bateria que estava instalada, mostrando que não podia ser a bateria nova da moto nova – apresentava oxidação nos bornos de bateria e outros indícios de que já era usada – a Sra D. Isabel alegou prontamente que era impossível ter instalado uma bateria usada – após averiguar e na altura da entrega da moto, verificou que tinha havido um lapso na oficina e lá instalaram uma bateria nova. Quanto ao kick, era falta de hábito meu não conseguir por a moto a trabalhar. Aquando do levantamento da moto no stand, verifico que as carenagens tinham riscos que tinham tapado com tinta preta e que o banco tinha umas amolgadelas laterais – ao que a Sra D. Isabel disse que não podia ser, e até chamou o mecânico para o confrontar com a situação…depois de muita insistência minha, mais ou menos assumiram que podia ter acontecido algo, e que se trocariam as peças em causa na revisão dos 500km.
Começo a ficar com receio de andar para longe com a moto, não fosse ficar apeado novamente, e começam a surgir alguns ruídos em andamento, bem como ferrugem em grande parte das peças.
Em 14/05/2016, marquei com o stand para reclamar de algumas situações que não achava normais numa moto nova e com tão poucos km(248km), nomeadamente, barulhos do estilo roçar na roda dianteira e traseira cada vez que se curvava, ferrugem nos mais diversos metais, desde parafusos, a amortecedores, forquilha, pesos do punho, caixa nível óleo travão, guiador descascado, fechaduras calcinadas (especialmente a do depósito combustível, que para abrir entortou a chave), pisa-pés do pendura, punho lado esquerdo solto…enfim, parecia uma moto com anos e kms de uso…cheguei a transmitir à Sra D. Isabel que não me importava de ficar sem a moto durante 1 mês (se era o que era preciso), desde que visse e garantisse o arranjo da moto de cima abaixo – ao que me respondeu que era por falta de uso, que era de a moto estar à chuva, etc… (moto de garagem)
No dia 28/05, procedi ao levantamento da moto, com a retirada de ferrugem de grande parte das peças, que não tinham verificado anomalia nenhuma e com o tempo os barulhos desapareciam – Falta de uso, Sr. Ricardo…Aqui interviu também o gerente de loja, Sr. Nuno, alegando o mesmo – conforme folha de manutenção.
Os barulhos voltavam a aparecer, com efeito, que la cheguei à revisão dos 500km (560km) em finais de Setembro, queixando-me do mesmo já referido anteriormente, e que a moto a 90km começava a saltar à frente, mais a situação que se encontrava programada/combinada de reparar nesta revisão. Levantei a moto em 04/10, e para espanto meu, mais uma vez não tinham reparado conforme com o que se tinham comprometido, e que moto não apresentava anomalias nenhumas. As peças não tinham chegado nos contentores…e que ficava para uma próxima – não achei correta a atitude e nada podia fazer…pagamento fatura revisão de 40,90eur. – conforme folha de manutenção
Em início de Fevereiro de 2017, telefonei a reclamar novamente porque os barulhos cada vez eram maiores, ao que a Sr. D. Isabel, após consulta, sugere a entrega da moto na oficina para mudar o óleo que apesar de não ter realizado kms já teria 1ano, e como tal perdido qualidades, bem como aproveitando para a substituição das peças em falta. No dia 10/02 estava a levantar a moto com as peças substituídas, óleo mudado, teste de estrada realizado (+/- 30km), mas não tinham reparado em nada do que eu apontava…estava tudo bem, verificação da bateria e partes elétricas ok. – conforme folha de manutenção
No dia 01/06, ia a sair com a moto e parte-se o cabo do acelerador em 2 sitios. Liguei e fui ter ao stand com a Sra. D. Isabel, a quem mais uma vez demonstrei o meu desagrado pela venda que me fez – não é normal tudo o que tem acontecido e desta feita então era demais, o cabo estava podre…ao que me respondeu que acontece…é normal… obs: o cabo está coberto por uma bicha de aço. – Aqui também interviu o gerente Sr. Nuno, que não seria normal acontecer e que iria averiguar a razão (ficou com o cabo) – até hoje nada foi referido/esclarecido. Cheguei a comentar com o próprio, que dá ideia de a moto ter sido vendida usada como nova.
O mecânico facultou um cabo provisório apenas para conseguir levar a moto até ao stand para colocar um cabo novo. Com a permissão para instalar o cabo provisório, desmontei as carenagens e deparo-me com a parte superior do depósito combustível ferrugenta e lascada e o encaixe no chassis onde apertam as pegas traseiras também cheias de ferrugem. Cheguei ao stand e deixei a moto referindo o que tinha descoberto, bem como era difícil colocar a moto a trabalhar com o kick – era falta de jeito…
Passados 3 dias levantei a moto com o cabo substituído e ainda não verifiquei a questão da ferrugem nos locais indicados.
No dia 20/06/2017 desloquei-me ao stand para verificarem a bateria, pois a mesma estava babada e a moto cada vez que parava ou se ia abaixo ou as luzes ficavam muito fracas, algo que achei anormal – bateria que não necessita de manutenção, estava deformada e tinha 3 placas secas – argumento da Sra D. Isabel que me recomendou estudar um pouco de baterias, e que é normal acontecer porque quando se coloca a moto a trabalhar – start – as baterias descarregam e depois quando carregam já não é a mesma coisa, e por isso seria normal, porque a minha bateria já tinha ano e meio…ora a moto era colocada a trabalhar com o kick, essa questão não se coloca, e em Fevereiro foi feita verificação da bateria, conforme folha de manutenção.
Foi montada bateria “nova” garantia de 6 meses, de marca diferente das anteriores – fatura 45eur. – conforme folha de manutenção
Em 03/07, estou novamente a reclamar na continuação dos barulhos anteriormente referidos em ambas rodas, a manutenção das áreas ferrugentas, e a acrescer, a novidade…o mostrador do nível do óleo da bomba do travão traseiro (lado esquerdo) rachou em risco de começar a verter o referido óleo.
Em 06/10, voltei a dirigir-me ao stand, porque o travão da frente encontrava-se “babado”, encontrando-se o disco de travão e o pneu com óleo. Após contato do stand no dia 09/10, comunicam-me que se tratava do retentor do lado direito da suspensão que se encontrava ressequido e por isso vertia óleo, e que teria de ser mudado a cargo do cliente, não se encontra abrangido pela garantia porque é considerado material de desgate rápido.
Resumidamente, e relatando todos fatos de acordo com folhas de manutenção e recibos com as reclamações expostas, sinto-me enganado na compra que fiz, e gostaria que o stand assumisse as falhas que é do conhecimento do mesmo, evitando para o consumidor chatices, despesas (pago um seguro para a mota passar mais tempo a arranjar o que não tem arranjo ou não querem arranjar, do que a andar), pedir automóveis emprestados para me deslocar para o trabalho, entre outros incómodos diversos…
Esta é por ventura a única solução para me fazer ouvir e expor todas estas anomalias a quem de direito… desagrado com o serviço pós-venda, falta de confiança no produto, insatisfação do mesmo, avarias constantes, e por isso, impede-me de usufruir do veiculo conforme transmitido aquando da compra.
Face ao exposto, aguardo por uma sugestão do stand, que não passe por andar constantemente a trocar e reparar as peças que se vão avariando, pois trata-se de aquisição de veículo novo (zero km), cuja garantia acaba em Outubro 2017, ainda residentes e que pelo historial não vão parar… Moto atualmente com 2.080Km.