Greve na saúde: hospitais com serviços mínimos devido a adesão de 100%

A greve dos trabalhadores da saúde está a ter uma adesão de 100% em vários hospitais do norte, centro e Lisboa. Apesar de médicos ou enfermeiros poderem aderir, esta greve é destinada a outros profissionais de saúde.

Greve na saúde: hospitais com serviços mínimos devido a adesão de 100%

Começou esta sexta-feira a greve dos trabalhadores da saúde. A greve a nível nacional serve para reivindicar a admissão de novos profissionais, exigir a criação de carreiras e a aplicação das 35 horas semanais a todos os funcionários do setor.

O pré-aviso de greve abrange todos os trabalhadores de saúde, mas é uma greve destinada a todos os trabalhadores da saúde que não sejam médicos ou enfermeiros. Contudo, estes profissionais podem aderir caso o entendam, segundo explicou à agência Lusa o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Luís Pesca.

Se tem consulta ou cirurgia programada confirme antes quais os hospitais que aderiram a 100% e que estão com serviços mínimos.

 

Quais os hospitais que aderiram a 100%?

O dirigente confirmou que a greve está a ter uma adesão de 100% em vários hospitais do norte, centro e Lisboa.

"Na zona norte do país temos o Hospital de Gaia, Hospital Pedro Hispano, de Matosinhos, o Hospital de Barcelos, o Hospital de Guimarães, o São João, o Santo António (Porto) e o Hospital de Chaves com 100% de adesão à greve e apenas a prestar serviços mínimos", disse Luís Pesca.

Segundo a mesma fonte, na zona centro, nos "hospitais dos centros hospitalares de Coimbra, do Baixo Vouga, Douro e Vouga, Leiria, Oeste, Tondela e Viseu também com 100% e apenas a garantir os serviços mínimos".

"O Hospital da Figueira e IPO de Coimbra também a prestar serviços mínimos", referiu Luís Pesca.

 

Dados obtidos de madrugada relativos ao turno da noite

Segundo um comunicado enviado na madrugada de hoje, em Lisboa, no turno da noite, os hospitais de Santa Maria e de São José registaram adesões à greve de 80% e 95%, enquanto o Hospital da Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa estavam com 100% de adesão à greve, encontrando-se todos em serviços mínimos.

Já na Grande Lisboa, houve uma adesão de 90% no Hospital Amadora-Sintra e de 100% no São Francisco Xavier e no Beatriz Ângelo (Loures).

No Alentejo, os únicos dados disponíveis sobre a adesão à greve dos trabalhadores da saúde durante a madrugada de hoje eram relativos ao Hospital de Beja, onde foi registada uma adesão de 90%. Do Algarve não foram disponibilizados dados até às 03:00 de hoje.

 

Quais são os outros motivos para a aderência à greve?

A paralisação, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), pretende ainda reclamar que terminem os cortes nos pagamentos das horas de qualidade e do trabalho suplementar.

A criação da carreira de técnico auxiliar de saúde é um dos motivos centrais da greve, que pretende ainda a revisão e valorização das carreiras de técnicos de diagnóstico e terapêutica e a garantia de que a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar tem de imediato a respetiva revalorização salarial.

É ainda reivindicado o pagamento do abono para falhas e a aplicação do vínculo público de nomeação a todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Sobre a exigência da admissão de mais trabalhadores, a Federação de Sindicatos estima que estejam em falta no SNS cerca de seis mil funcionários auxiliares e administrativos.

 

Fonte: Jornal de Notícias


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