Ambulâncias Força de Viver - Transporte para o local errado/ troca de utentes

No dia 06/07/2022, o meu avô, recebeu alta por parte do Internamento de Pneumologia do Hospital São João. De forma a regressar a casa nas melhores condições possíveis, dentro do seu estado de saúde, foi sugerido pelo hospital que fosse transportado de ambulância, para vir deitado. O transporte foi feito pela entidade Força Viver - Transp. Taxis e Ambulâncias, com o termo de responsabilidade para transporte dos doentes 22018192, tendo saído do Hospital S. João pelas 14h40, com destino a casa.
Às 17h30, recebemos uma chamada telefónica do Hospital Fernando Pessoa, em Gondomar, a indicar que o meu avô tinha sido lá deixado pela empresa responsável pelo transporte, mas não sabiam porque é que ele lá estava. Manifestamos a nossa indignação pela situação e o hospital Fernando Pessoa percebeu que se tratou de um erro de troca de doentes por parte da entidade responsável pelo transporte, tendo-os contactado de imediato. Foram novamente buscar o meu avô e entregaram-o finalmente em casa por volta das 18h30. Um dos colaboradores da empresa Força de Viver recusou-se a prestar esclarecimentos e a identificar-se, tendo-se afastado. O outro identificou-se como Manuel Santos. A explicação dada para esta lamentável ocorrência foi que a informação no termo de responsabilidade para transporte não era clara (ver documento em anexo - não há qualquer referência ao Hospital Fernando Pessoa e a indicação é óbvia: transporte para casa/ domícilio, com a respetiva morada). Em suma, a explicação não teve qualquer lógica e o colaborador estava obviamente a tentar criar argumentos que justificassem esta falha grave. Os colaboradores não pediram desculpas, não apresentavam qualquer sinal de preocupação e não estavam minimamente incomodados com a situação. Para eles, transportar um doente era semelhante ao transporte de uma qualquer carga.
Mais informo que, durante toda esta situação, estava uma senhora, também idosa, dentro da ambulância, sem qualquer acompanhamento - provavelmente, tratava-se da utente que tinha sido trocada com o meu avô.
Ao Hospital São João, imputo responsabilidades no facto do meu avô não trazer a pulseira identificativa. Contudo, a ausência dessa pulseira por si só não justifica esta ocorrência.
O estado de saúde do meu avô é grave e após esta aventura chegou a casa em péssimas condições, nitidamente exausto e transtornado. Reforço que ele saiu do Hospital São João às 14h40, às 17h30 recebemos uma chamada do Hospital Fernando Pessoa quando deram conta do erro, e só às 18h30 é que chegou a casa. Desconhecemos o que o meu avô passou neste período, ele não consegue comunicar, e estamos extremamente angustiados e indignados com a situação.
Lamento imenso que este tipo de coisas aconteça, mas lamento ainda mais que a empresa de transporte tenha relativizado o problema, parecendo ser comum enganarem-se no utente e trocarem os locais de entrega.
Agradeço que apurem as causas e quero receber um relatório pormenorizado com a vossa análise sobre esta ocorrência.