Aztron - Artigo danificado

Esta reclamação relaciona-se com as mesmas feitas no livro de reclamações 30677052 e 30677053 na loja AZTRON PT, de nome DAILY AND CO, CAE 46690.

Eu comprei uma prancha de Stand up Paddle na loja Aztron Pt localizada no Portela Business Center, Carnaxide, no passado 25 de Fevereiro. A marca é recente em Portugal, não tinha conhecimento do tamanho ideal para oferecer, por isso perguntei ao gerente qual seria o tamanho de prancha ideal para oferecer a uma mulher.
Ele disse que a AZTRON NOVA 2.0 10” seria o ideal para uma mulher. A pessoa que ofereci tem 1.78 e portanto apenas “ser mulher” acabou por se provar insuficiente argumento para a prancha ser o ideal para ela. Na loja não havia nenhuma prancha disponível para ver o tamanho ou experimentar.
No momento da compra em loja, a política de devolução não estava presente no site, nem em loja (como aliás ainda hoje não está). E não fui informado nem por escrito nem verbalmente da mesma e por isso assume-se que segue a lei.

Após ser aconselhado, tomei a decisão de comprar a prancha, e foi-me dito que o pagamento de 399 euros tinha que ser efetuado por mbway para um número pessoal (+3519×2482987), não foi dada qualquer hipótese de utilizar um método de pagamento tradicional como multibanco, por exemplo.
Ao serem questionados de quem era o destinatário do dinheiro, não conseguiram explicar. Após uns dias tive que pedir por e-mail, para enviarem a fatura, e só depois a recebi.
No dia 27 de Fevereiro, foi testada enchendo-a e experimentando-a no mar. Logo percebi que:
- O tamanho da pagaia era insuficiente, ela tem 1.78 e precisava de uma pagaia de 2.10, e esta só iria até 1.95.
- A prancha era instável, de acordo com o meu hábito de usar pranchas de 11”.
- A prancha tinha riscos e uma bolha de ar depois de cheia. Defeitos de fabrico.
Posto isto, quis devolver o artigo.
Por email tive que perguntar pela política de devolução. Ao que me foi informado que era 15 dias e podiam estender para 30 em casos excepcionais, caso o artigo não tivesse sido aberto ou usado. Expliquei que teria que experimentar (dado q o artigo não existe em exposição em loja, e o que foi vendido foi uma caixa fechada). Avisei que me ia dirigir a loja.
No dia 7 de Março dirigi-me a loja pelas 9h da manhã. Fui atendido por uma senhora francesa que em inglês me conseguiu explicar que a prancha AZTRON SUPER NOVA 11” era maior e que eu poderia comprar essa. Nisto reencaminhou-me para o gerente de loja, que penso chamar-se François, e que também era francês e também falava apenas em inglês comigo, o que dificultou a situação. Expliquei ao gerente que a minha intenção era devolver a prancha, mas que dado que havia uma maior preferia trocar pela de 11” para facilitar a situação.
O gerente disse-me que não troca, porque foi aberta. Disse-me que o estava a fazer perder dinheiro, e que ele nunca mais poderia vender a prancha, porque estava aberta.
Nisto, começou a dizer que se eventualmente me conseguisse trocar pela de 11”, me venderia por 499 euros. De notar que o preço naquele dia (e ainda hoje) é 349€ em promoção, e sem promoção e 429€. Ou seja, ia-me vender a um preço superior, explicando era porque ele ia perder dinheiro duas vezes. Ora, não é legal dizer-me que me vai vender uma coisa a um preço mais caro do que ela custa à revelia do estado e finanças.
Sendo assim, expliquei que apenas queria devolver a prancha, e não trocar por outra. Dado que a troca seria apenas a minha proposta para agilizar a situação. O senhor Francois foi muito rude, esteve todo o tempo (20 minutos) a gritar para mim, a acusar-me de o estar a fazer perder dinheiro, e a dizer que em nenhuma loja se poderia devolver coisas usadas. De notar que estamos a falar de uma prancha insufláveis SUP que não estava em exposição em loja, e que foi oferecida como uma prenda, por isso seria impossível saber se ela seria o tamanho ideal para sem colocar em cima dela dentro de água. Como a discussão estava a escalar e o senhor disse que eu não tinha princípios, por usar uma coisa e devolver, e o tom da conversa estava muito alto, expliquei-lhe que estava a dirigir-me a loja apenas para devolver a prancha, e não para discutir com ele. Ele continuou a insistir que o problema era meu, “you bought, you used it, you keep it”, e que não podia ir lá deixar a prancha na loja depois de usada.
Posto isto, chegou um empregado que falava português, e o gerente pediu-lhe pra tratar da minha devolução. O empregado disse-me que me ligaria no próprio dia ou no dia seguinte, e disse-me para deixar a prancha em loja entretanto.
Aceitei, nenhum papel comprovativo me foi dado em como tinha deixado lá a prancha.
Como não me telefonaram, hoje, dia 8 Março fui a loja, pelas 17h45, uma vez que após o confronto do dia 7 de Março.
Hoje chegando a loja, o gerente, disse que me podia devolver 80€ porque a prancha agora estava em promoção, mas que eu tinha que ficar com a prancha defeituosa, e inadequada ao tamanho de "mulher" e ele não me aceitava porque estava usada e ele não a podia vender mais.
Mostrei ao senhor Francois as fotos do defeito da prancha, de modo a que se não fosse pela questão do peso, ele tivesse em sua posse o conhecimento de que a prancha era defeituosa. Ele disse que a bolha, não era defeito.
Isto é, dos 3 problemas apresentados, tamanho da pagaia insuficiente, tamanho da prancha demasiado pequeno, e defeitos (bolhas e riscos na pintura), o sr François negou todos. Dizendo que a prancha era ideal para mim, e que o defeito não era defeito, era só uma bolha.
Posto isto pedi para falar com alguém em português porque estávamos com dificuldade em comunicar em inglês. Ele continuou a insistir que o problema da prancha era nosso e não dele, e não apareceu ninguém que falasse português. Como não aparecia ninguém, dissemos que íamos chamar a policia, e reportar a situação nos sites online. Neste momento começou a ironia, ironicamente o senhor disse em português “eu falo muito bom o português”, e o colega que finalmente apareceu a falar português disse que até poderíamos chamar a guarda civil ou a tropa. Foi um tom muito pouco bem recebido por nós, depois de tudo o que se estava a passar.
Eu chamei a PSP de Carnaxide, pelas 18h03, e a policia de Miraflores pouco depois apareceu no local e fez relatório da ocorrência.
Como a situação não havia meio de se resolver, pedi o livro de reclamações, e escrevi no livro a minha reclamação. A partir desse momento tive que pedir várias vezes ao sr François os dados de loja para que pudesse preencher o primeiro campo da reclamação. Não me facultou os dados. Tive que pedir ao sr. que falava português que preenchesse os dados da loja.
A partir desse momento, ninguém mais me dirigiu a palavra e saímos da loja com a polícia, e levei a minha prancha comigo.

Faço esta reclamação e avisar outros possíveis compradores para terem cuidado e para que por favor me ajudem a devolver a prancha à loja daily and co ou nas redes Aztron Portugal.