Capital Credit - Reembolso do valor de 95,30€

Bom dia Exmo. Senhor Tiago Gonçalves

No seguimento do seu contacto telefónico, vimos por este meio esclarecê-lo pois não queremos de maneira nenhuma que fique com dúvidas quanto à atuação da nossa empresa relativamente ao tratamento do seu processo.

O senhor fez-nos um pedido de contacto, através da internet no site da Credijet, no âmbito da intermediação de um crédito pessoal no valor de 1500€ e prontamente entramos em contacto consigo para darmos início ao seu processo, analisando os dados que nos forneceu.

Conforme foi informado, pela colega o seu pedido de crédito após análise dos dados por si facultados, encontrava-se aceite, ficando somente em falta validação da documentação. Como deve entender o processo só fica aprovado e concluído após validação de toda a sua documentação que comprova os factos por si expostos, por parte da entidade financeira
A nossa empresa tem um código ético de conduta muito rigoroso, logo nunca a colega o informou que o seu pedido estava aprovado.

Exatamente e para colmatar problemas de mal entendidos e porque somos corretos, transparentes e trabalhamos de boa fé, enviamos um contrato de prestação de serviços em duplicado para sua casa para que não restassem dúvidas quanto aos nossos serviços e condições dos mesmos. Assim, todos os clientes têm oportunidade de ler, perceber e refletir se estão interessados ou não nos nossos serviços.

Qualquer cliente, que assim como o senhor, ao ler o contrato não concordasse com as cláusulas nele existentes e logo não assinasse o mesmo tinha direito a ser ressarcido pelo valor de despesas e análise de processo visto não ter sido concluído o serviço.

Além disso, mesmo que o cliente assine e devolva o contrato pode igualmente de acordo com a Diretiva 2002/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Setembro de 2002, relativa à comercialização à distância de serviços financeiros prestados a consumidores, no prazo de 14 dias de período de reflexão anular o mesmo e de imediato procederemos à devolução da quantia já liquidada pelo cliente.

Já fizemos várias devoluções e entendemos que os clientes podem e têm o direito a mudar de ideias ou de alguma forma os nossos serviços podem não ir de encontro com o procurado. Se realmente fossemos uma empresa a agir de má fé, conforme é de sua opinião, não teríamos esta actuação e postura perante o mercado. Posto isto, nunca podemos ser acusados de induzir os clientes em erro tendo em consideração que tudo lhes é explicado de forma clara e por escrito, exatamente para que não haja ninguém a formalizar um contrato no qual não está interessado.

Gostaria de a informar que o contrato de prestação de serviços que enviamos serve para salvaguardar o cliente mas também para nos salvaguardar a nós próprios pois só podemos dar seguimento a um pedido de crédito de um cliente com a expressa autorização do mesmo, caso assim não fosse, poderíamos correr o risco de ser acusados de procuradoria ilícita pelos próprios. Como deve entender manusear documentos pessoais e tratar do foro pessoal financeiro de um particular ou de uma empresa é uma tarefa de grande responsabilidade onde nenhuma das partes pode correr riscos.

O seu processo foi previamente simulado e analisado e se tudo estivesse de acordo com o que mencionou é um processo com bastante viabilidade de se concretizar sem qualquer problema tendo em consideração a sua taxa de esforço, mas o que se veio a verificar foi que o senhor não mencionou todas as responsabilidades de créditos que tem, não mencionou quase 12000€ de responsabilidades, e sabe muito bem que as tem e não as mencionou, deu indicação posterior á colega, que não os pretendia liquidar dai a razão de não os ter mencionado, mas como deveria ter conhecimento, quando lhe questionam que créditos tem a decorrer, deveria mencionar todos, independentemente de os pretende liquidar ou não, pois são responsabilidades que tem, e que temos que considerar para o calculo da sua taxa de esforço.
Lamento a opinião errónea que ficou a nosso respeito, infelizmente porque a nossa área não é bem vista por ter sido “destruída” por certas entidades que se fizeram passar por consultores financeiros e que agora temos que, embora injustamente, levar com esse rótulo.

Visto ser esse o seu desejo, vimos informar que vamos proceder à devolução da quantia por sido já liquidada, apesar de não ter direito á mesma, pois como menciona no contrato de prestação de serviços assinado entre ambas as partes o valor não é reembolsado

Resta-nos dizer-lhe que mesmo após este esclarecimento se de sua consciência considerar que estamos a ser incorretos consigo de alguma forma e achar que deve reportar alguma queixa às entidades que considerar mais competentes para o efeito é um direito que lhe assiste e que temos que respeitar.

Esperando tê-la esclarecido, despeço-me com os meus melhores cumprimentos.

Marta Ferreira