Centro de Saúde Olivais - Negar uma consulta a um bebé

Na manhã de hoje desloquei-me com o meu filho de um ano e meio para obter uma consulta de urgência. O centro encontrava-se com poucos pacientes e onde se encontravam duas senhoras no atendimento, desloquei-me para conseguir uma consulta para o meu filho e onde uma das senhoras me respondeu com arrogância que isso era impossível e onde só tinha duas opções, ou ir a outro "lado" ou "ir para casa". Respirei fundo e a sorrir perguntei se era alguma piada. A senhora ainda com um tom mais arrogante ( não sei porque o fez e quantos níveis de arrogância tem aquela funcionária) e me disse :" - Já lhe disse que aqui não vai ter nenhuma consulta !".
Indiquei à funcionária que iria ter uma consulta porque era para um bebé que se encontra inscrito à um ano e meio nessa unidade de saúde e que não tem médico de família. Onde me respondeu que existiam 80 mil crianças nessas condições, que deveria ter paciência e por isso que me poderia ir embora, rematando que não estava para aturar estas situações que só lá estava porque o centro de emprego assim o decidiu. Disse-lhe que não iria embora porque me tinha sido indicado por uma administrativa desse centro que o procedimento seria marcar uma consulta de urgência no período da manhã. A colega ao deparar-se com a minha insistência ligou para o doutor que me atendeu quase de seguida.
Agora questiono se eu, a minha esposa e o meu filho não temos médico de família e estamos inscritos para aquele centro, como podemos ter direito a uma consulta de urgência? Com que confiança, autoridade e legitimidade tem aquela funcionária para negar uma consulta de urgência a um bebé?
Se o meu filho não tivesse doente e já com fome na altura da saída efectuaria a reclamação no livro e obteria o nome daquela funcionária que me negou indicar.
Por ser um pai jovem e com uma boa educação aquele episódio triste e lamentável ficou por ali. Mas gostaria de obter uma explicação e uma análise pela administração desse centro, porque negar uma consulta a um bebé é para lá do ridículo.

António Lucas
(25/02/2016)