Farmácias Portuguesas - Não dispensa de fármaco, com dano para o utente

No início de abril de 2023, dirigi-me à farmácia Central em Valongo (v. 5 de Outubro 57, 4440-452 Valongo) para proceder ao levantamento de 2 caixas do mesmo fármaco, tal como prescrito na receita eletrónica. A farmácia dispensou 1 frasco, dizendo que era o stock que tinham. Ficou combinado no dia seguinte ir levantar o que ficou pendente. Dirigi-me à farmácia e o mesmo não estava disponível. No dia 24 de maio, voltei a dirigir-me à farmácia para levantar o frasco pendente e, após 20 min, a funcionária do balcão informou que talvez por erro do sistema não estava a ser possível dispensar o fármaco (comunicou em voz alta a todos os que se encontravam no interior, de que não podiam vender fármacos porque não tinham "sistema"). A funcionária ainda chegou a introduzir todos os dados e aceder à receita, só não conseguiu finalizar o processo. Alertei insistentemente, que era a terceira vez que tentava levantar o fármaco e que a receita estava a terminar, não tendo disponibilidade nos dias a seguir para me dirigir (novamente lá). Fui ignorada e vim embora sem o fármaco. Regressei no dia 28 de maio e o fármaco não me foi disponibilizado (teria terminado a validade da receita no dia 27 de maio). Reclamo porque no sistema nacional de saúde e farmácias, todos os elos são responsáveis por promover a adesão do cidadão ao tratamento, aqui, a farmácia foi uma barreira grave e intransigente nesta cadeia. Resumindo, o cliente não tem culpa, se não há sistema e se estamos a falar de uma receita que está a terminar a validade, temos que garantir que o cidadão tem acesso ao fármaco e não "esfregar" as mãos porque o problema é do utente. Neste caso a farmácia agiu de forma negligente e fez com que o utente não tivesse acesso ao fármaco, obrigando à marcação de uma consulta médica , apenas para renovar receita (e ao pagamento de um valor considerável). Trata-se de uma especialidade sem qualquer tipo de comparticipação e trata-se de um fármaco destinado a uma criança. Sinceramente, os profissionais que trabalham nesta farmácia, não estão sensibilizados para a falta de adesão aos medicamentos que existe em portugal, ou talvez eles estejam a dar o seu contributo ativo para este problema, remando contra outros colegas, enfermeiros e médicos que o tentam combater. O nºda receita está na referência.