HM Motos - Recusa em accionar a garantia e pagamento por serviços que não pedi

Adquiri uma scooter nova Keeway Zahara 125, fiz a revisão dos 1000km e neste momento tem cerca de 2300/2400 km. Aos 1500 a mota apresentou um comportamento atípico na auto-estrada, perdeu momentaneamente a potência numa subida e quase fui projectado para a frente. Mais tarde, já com 2000 e alguns km's, o símbolo do motor começou a acender a partir dos 60-70km/h, ficando aceso até desligar a mota e voltar a ligá-la. Fui à HM Motos, pedi que contactassem a Keeway de forma a obter algum tipo de peritagem e arranjo, fiz questão de perguntar se o orçamento seria pago e obtive resposta negativa, que só pagaria o que não fosse coberto pela garantia. De notar que o atendimento, feito pelo Ricardo, foi como se ele me estivesse a fazer um favor. No dia seguinte mandaram-me mensagem a dizer que a mota estaria pronta, quando vou levantá-la dizem-me que mudaram o óleo porque a scooter não tinha óleo (o que não é verdade porque eu tinha verificado o nível e estava dentro dos limites, afinal de contas só teriam passado 1300km's depois da mudança dos 1000km), mudaram também filtros e outras peças, e que eu teria de pagar por tudo. Não contactaram a Keeway porque "não detectaram nenhum problema, então não poderiam reportá-lo à marca", mas parece que mesmo "sem qualquer problema", obrigaram-me a pagar por um serviço que não pedi, e que muito provavelmente não solucionou o meu caso. Saí do stand sem pagar, com a informação, quase em tom de gozo, de que iria ter de pagar 10€ adicionais por cada dia em que a scooter estivesse na garagem deles. Amanhã vou ter de pagar por uma intervenção que não pedi, que provavelmente não solucionou problema nenhum, e que potencialmente pode pôr em causa a minha própria segurança. Tenho lido outras reclamações sobre a HM Motos e nem preciso de escrever aqui um juízo de valor sobre este stand, é apenas chocante como este tipo de negócios não é fiscalizado e saem sempre impunes de todo o tipo de situações.

Não vou responder com um "bom dia", porque de bom dia não teve absolutamente nada.
Como seria de esperar, após o tratamento que tive e os serviço de mudança de óleo que não pedi e que tive de pagar, a scooter está igual ou mesmo pior (também tinha apontado ruídos metálicos que permanecem e que aparentemente estão mais audíveis que antes). Óleo em baixo? O óleo estava no nível correcto e isso foi confirmado antes de ter levado a scooter ao stand. E mesmo que estivesse em baixo, o que seria muito difícil com uma revisão feita há 1000km (a não ser que houvesse alguma fuga, nesse caso também deveriam ter-me informado), qualquer stand minimamente escrupuloso comunicar-me-ia essa situação, de modos a que eu pudesse tomar uma decisão informada.
"A mão de obra dispensada foi usada para analisar o problema por si descrito" - Não, não foi. A mão de obra foi para pegarem na scooter, virem que o símbolo do motor não acendia logo após o arranque, concluírem que poderiam fazer dinheiro com uma mudança do óleo não requisitada e não necessária, e recusarem-se a contactar a marca.
É vergonhoso este tipo de tratamento num país considerado de primeiro mundo. Neste momento tenho receio de conduzir uma scooter que comprei em primeira mão, ainda na garantia e em que um representante oficial da marca se recusou a accioná-la.
Reduzindo este tema ao absurdo, pela vossa lógica não existe uma única situação em que a garantia possa ser accionada - se nem com um motor com 2300km a fazer ruídos duvidosos, a dar um soluço na auto-estrada e a acender a luz de aviso vocês fazem o que devem, então nem quero imaginar os procedimentos para problemas de menor gravidade.
Não há desculpa qualquer para esta situação e não há absolutamente ninguém a quem eu tenha comentado isto que me diga que vocês agiram correctamente. De facto, isto só não é chocante para os senhores.

Após um lembrete do Portal da Queixa, em que " gostariam de saber qual o estado em que se encontra a minha reclamação", este é o desfecho:
Tive um acidente poucos dias depois, no qual a luz do motor teve influência directa na minha capacidade de reacção porque foi uma distracção exactamente na pior altura. Foi esse o desfecho, paguei para a mota ficar na mesma e ir parar ao hospital.
A HM Motos era o stand no qual pretendia tornar habituais as inspecções e mudanças de óleo da minha scooter e futuras motas. Deixou de ser, pelo que este episódio foi uma lição de 60 e poucos euros (tirando o dinheiro que andei a gastar em transportes públicos para o emprego e o dinheiro que perdi por ter ficado de baixa). Falei com outras pessoas e aparentemente este tipo de mau tratamento é habitual. Como seria de esperar, fiz a minha parte em alertar o máximo de potenciais clientes para não caírem no mesmo erro que eu.
Só me resta desejar que todos os intervenientes do lado da HM Motos tenham o insucesso para que trabalham, não de um ponto de vista de vingança, que até seria bem empregue, mas pelo bem dos consumidores neste mercado.