Encontro-me agora a indenizar, um a um, os compradores do livro, de minha autoria, cuja edição, publicação e venda contratei com a Atlantic Books Limitada, empresa que, segundo o respectivo instrumento, encontrar-se-ia sediada na Rua de Cascais, 57, Alcântara, Lisboa. Quantos nomes tem essa gente (que no endereço não está, e nem telefone atende)! Às vezes, Astrolábio, por outras, Flamingo, Moonlight, Chiado Books, Break Media, numa espécie de prestidigitação. Por que se escondem?
A edição, publicação e impressão de 90 volumes (a mim reservados contratualmente) foram feitas, o que representa apenas uma pequena parte do que fora contratado. Não publicaram em Portugal, não fizeram publicação eletrônica, declinaram parcerias com livrarias sem que as tivessem, não se dispuseram a fazer a divulgação, tudo com violação manifesta de cláusulas contratuais. A suposta venda dos exemplares ficou por conta mesmo de um dos braços da organização, Livraria Atlântico, mas sem que a entrega aos compradores fosse feita, decorrido um mês (a maioria, meus alunos, a quem nem satisfação deram). O dinheiro está com a ”Editora“, que também recebeu o valor do frete. A questão, como se vê, transcende o ilícito civil. São pessoas muito cordiais, que vendem, no site, a ideia de que são jovens empreendedores, mas que, recebido o dinheiro do autor e dos compradores, agora passam a argumentar com falhas, lamentando o ocorrido e pedindo paciência, pois “tudo será resolvido com o tempo”. Sim, tudo será resolvido, não do jeito que essa gente supõe, mas como manda a lei. A Justiça tarda, mas não falha!
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