Livraria Atlântico - Nada recebemos, nem ao menos satisfação

Contratei a publicação de obra da minha autoria, com previsão, no respectivo instrumento, de impressão, reprodução digital (e-book), distribuição e divulgação, cabendo-me 80 volumes. A edição, impressão e entrega dos volumes foi feita, mas nada mais. Meus alunos compraram o livro no site da Livraria Atlântico, integrante do Grupo, pagando o preço da mercadoria e o valor do frete, com a legítima expectativa de recebê-lo em quinze dias, como anunciado pela Livraria. Nada receberam, nem ao menos satisfação. O site, de maneira irresponsável, não altera o status, dele constando que o prazo para entrega é de quinze dias. Reclamei , valendo-me do e-mail de que dispunha, quando o preposto teve a desfaçatez de dizer que quinze dias era o prazo necessário para encaminhar o pedido à gráfica. Que nome se pode dar a isto?

Livraria Atlântico, Chiado, Astrolábio, Moonlight, Flamingo, Break Media Unipessoal Ltda e Break Media Brasil, disfarces sob os quais age o Grupo Editorial Atlântico, “publicando livros” que não entrega ao comprador, apropriando-se do domínio da obra sem dar satisfações ao autor. Sua estratégia é o silencio, mas à Polícia Judiciária brasileira terá de responder, investigados que se acham dirigentes e executivos. Fim da linha, Senhores. Convido-os a responder caso uma única vírgula do que está dito aqui não corresponder aos fatos.

Silêncio absoluto. Essa a estratégia daqueles que investem contra direitos de autores e de consumidores, atuando como simples gráfica (e não como editora), o que não os impede de anunciar à venda livros que, de antemão, sabem que não entregarão jamais.
Quem quer que entre no site da Livraria Atlântico, verá a cada dia anunciados novos títulos, quer pela Chiado, quer pela Astrolábio, Flamingo, Moonlight (e outros heterônimos sob os quais se esconde essa gente silenciosa). Com isto, a história do logro tende a se repetir, prejudicando mais e mais pessoas. Contudo, não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.
Nos bastidores, os executivos da empresa continuam agindo como se nada estivesse ocorrendo, pois, absolutamente silentes quanto à divulgação da minha obra (a pretexto de que a profissional responsável estava adoentada), agora voltam à cena, oferecendo a divulgação a que se obrigaram por contrato. Mas está claro que não vou participar dessa farsa, anuindo com divulgação de livro que nunca será entregue ao comprador! Essa conduta ambígua da tal “editora” visa a desconfigurar aquilo que essa gente sustentará ser simples mora no cumprimento da obrigação, imputando a mim, quiçá, a recusa na divulgação. Na verdade, porém, aquele que se julga “esperto” não passa de um tolo. E em bem pouco tempo isto ficará muito claro, pois a ação da Polícia Civil brasileira e do Judiciário (observada a cláusula de eleição de foto) chegará a resultados surpreendentes. Aguardem.

Essa gente continua vendendo e não entregando. Para preservar a identidade dos compradores, não vou declinar o nome, mas tenho declaração de todas as outras vítimas. O mais instigante é que a organização investe no silêncio, não se importando com o fato de que a avaliação do “Grupo Editorial Atlântico” (leia-se Chiado Books, Livraria Atlântico, Astrolábio, Flamingo, Moonlight, Break Media, e sejam lá quantos outros disfarces tenha), em todos os sites de proteção ao consumidor, é a pior possível. Será que vive de pequenos golpes? Como sustentaria, então, uma estrutura que envolve vários profissionais (vejam a “equipa”, no sofisticado site do Grupo). O que está por trás disto tudo? Acho que só conhecemos a ponta do iceberg. A Polícia Civil de São Paulo segue investigando. Apareçam, Senhores, para dizer que tudo aqui não passa de um mal-entendido. Pronunciem-se, pois, afinal, para citar o jurisconsulto Paulo, se é certo que quem silencia não necessariamente admite, certo também é que quando menos não nega.