Quinta Casa Portuguesa - Serviço de péssima qualidade e total ausência de profissionalismo

Ex.mos Senhores,
Contratámos o catering da Quinta Casa Portuguesa, na altura chamado de “F & S Catering” (e antes disso Ferro’s Catering), de Pedro Ferro e Daniely Santos, para a organização e catering do nosso casamento, que teve lugar no dia 2 de Setembro de 2017, no Palácio do Sobralhinho, e não podíamos estar mais arrependidos!
Toda a organização (ou melhor, a falta dela) foi um completo desastre.
Assim:
1. Foi-nos assegurado que ambos os sócios estariam presentes durante o evento, para assegurar que tudo decorreria conforme ajustado. Todavia, nenhum dos dois estava presente durante uma boa parte do evento e apenas o Sr. Pedro Ferro compareceu, após contacto telefónico mas, ainda assim, acabou por se ausentar depois, por duas vezes, sem aviso prévio e durante muito tempo, deixando o evento sem qualquer coordenação.
2. Logo à chegada, constatámos que a disposição das mesas não era a planeada, pelo que o noivo, ajudado por dois dos convidados, teve de proceder à sua correcção, imediatamente antes da cerimónia. O número de mesas era insuficiente para o número de convidados que antecipada e atempadamente comunicámos à gerente da empresa, tendo as falhas sido colmatadas com recurso ao recheio do palácio, nomeadamente, através das mesas e cadeiras do respectivo jardim, tudo isto com sério prejuízo para o conforto e para a estética da cerimónia.
3. Verificámos também que os pratos, talheres, jarros, copos e demais equipamentos, que era suposto terem sido fornecidos pela empresa, eram insuficientes para o número de convidados. Não houve sequer flutes para o brinde no corte do bolo.
4. O cocktail foi um desastre: faltaram copos, faltou o gelo (o que obrigou os empregados a procurar abastecimento adicional numa bomba de gasolina próxima), as bebidas fornecidas não eram as acordadas, quer no que respeita ao tipo quer quanto à marca. Tudo isto provocou atrasos no serviço totalmente inaceitáveis.
5. A quantidade de cerveja refrigerada era claramente insuficiente, tendo acabado pouco depois do início do cocktail, deixando os convidados à espera.
6. Pelo menos duas garrafas de vinho branco caíram dentro do ‘frapé’, que tinha água. O vinho com água foi, depois, servido aos convidados.
7. Era suposto as bebidas terem sido servidas num bar rústico, cuja foto nos foi mostrada. Em vez disso foi montada uma simples mesa, coberta por uma toalha, onde as bebidas foram colocadas.
8. Os canapés eram claramente insuficientes: travessas pequenas, servidas uma a uma, muito espaçadamente. Isto levou a que os convidados passassem fome.
9. O jantar foi servido duas horas depois do combinado e após insistência nossa. Também aqui houve problemas na quantidade: as doses eram mínimas (cerca de um quarto da que nos foi apresentada, na prova de degustação) e um dos pratos (o da carne) só chegou a uma das mesas após reclamação dos convidados.
10. A entrada foi extremamente mal executada e era completamente diferente ao apresentado na degustação.
11. Muitos dos ingredientes de vários pratos foram substituídos por outros de qualidade inferior. A sobremesa consistia num strudel pré-congelado.
12. O prato vegetariano servido foi uma salada de acompanhamento e não o prato combinado. Os convidados passaram fome, mais uma vez.
13. Durante o jantar, o serviço continuou a ser lento e desorganizado e com muitas falhas. Alguns exemplos: quando os convidados pediram água, foi-lhes respondido que não havia jarras para a servir; não foi possível utilizar as cadeiras de bebé porque não tinham cintos de segurança; o local do jantar não foi iluminado pelo que, durante uma parte substancial do mesmo, os convidados foram obrigados a comer às escuras. A situação melhorou um pouco quando se conseguiu acender algumas das luzes exteriores do palácio, após intensa busca dos interruptores, cuja localização o pessoal de serviço ignorava. A iluminação exterior (luzes de arraial) por nós adquirida e que a empresa ficou de montar acabou danificada.
14. O “espaço kids”, onde era suposto estar uma animadora a distrair as crianças, consistiu numa mesa com dois bancos, colocada numa sala que foi utilizada, durante todo o evento, como armazém. Além da animadora, foi prometido um insuflável que também não foi fornecido.
15. A ceia, durante a qual foi cortado o bolo de casamento, começou muito tarde por exclusiva responsabilidade da empresa, quando muitos convidados já se preparavam para sair, pelo que foi necessário persuadi-los a ficar. Mais uma vez, a quantidade de comida servida era insuficiente.
16. Os músicos da banda e o fotógrafo foram mal tratados pelo pessoal da copa, que se recusou a servir-lhes de jantar, o que obrigou à nossa intervenção para corrigir esta situação.
17. A rega do jardim foi ligada durante o evento, enquanto as mesas do jantar ainda estavam colocadas, molhando e danificando, nalguns casos irremediavelmente, os pertences dos convidados e os nossos elementos decorativos, designadamente fotos antigas, com inestimável valor sentimental.
Resumindo: aquele que devia ter sido um dos mais belos dias da nossa vida acabou por se transformar numa catástrofe, da exclusiva responsabilidade da empresa F&S Catering (ou Quinta Casa Portuguesa? ou Ferro's Catering?) e dos respectivos sócios, que nem sequer souberam reconhecer as falhas, quanto mais resolvê-las.
A cumular todo isto, constatámos, recentemente, que durante o casamento foram tiradas fotografias que não autorizámos e que foram depois divulgadas, publicamente, em páginas web da empresa (blogs e redes sociais), com intuitos promocionais. Tal facto constitui uma violação do nosso direito à privacidade, que vem agravar ainda mais todos os prejuízos e danos morais sofridos, acima descritos.

Já por várias vezes tentámos o contacto por carta registada para tentar resolver a situação sem obter resposta. Eventualmente terão que assumir a responsabilidade pelos vossos maus serviços pois mudar constantemente de nome na tentativa de limpar o "cadastro" não é solução.

Na expectativa de uma resposta, subscrevemo-nos,

Pedro Miguel Bule Dias Gomes

Joana Nunes Ribeiro Dias Gomes