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75,2%
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45,6%
Taxa de Retenção de Clientes
40,9%
Prémios e distinções
Marca do Mês
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Sociedade Independente de Comunicação, SA

SIC - Noticias falsas

Resolvida
Alexandre Manuel Cardoso Gonçalves
Alexandre Gonçalves apresentou a reclamação
14 de maio 2023
Ex.mos Srs
Assunto: “A SEGUIR”
O que me leva a dirigir a V. Ex.as é pelo seguinte e em relação ao Canal SIC NOTICIAS:
Não é a primeira vez, aliás, são enumeras vezes que aquele canal publicita determinada notícia e que eles mencionam com foto e tudo e que a notícia é A SEGUIR. Isto normalmente aparece depois de os apresentadores indicarem que essa notícia é “mais à frente”. Assim, se o apresentador diz que é mais à frente e mais à frente surge a apresentação da noticia com foto dos intervenientes dizendo A SEGUIR, naturalmente que se deduz que é mesmo a seguir. Neste caso o tema era Guerra na Ucrania com Nuno Rogeiro e José Milhazes, com foto de ambos. Como já estou habituado a essa falta de sensibilidade perante os tele espectadores neste último dia 5 de Maio tive a preocupação de escrever os assuntos a partir das 20:30 horas.
Assim:
20:30 – Falaram sobre os mercenários ao serviço na Ucrania
20:50 – Indicaram A SEGUIR com José Milhazes e Nuno Rogeiro
Depois sobre a coroação dos reis da Inglaterra; Publicidade.
21:05 – Jornal da Noite
Depois foi sobre Galamba; OMS; novamente Londres; comandante do grupo Wagner (precisa de munições); António Costa; PSD; análise de relações entre Presidente e António Costa; Comentário sobre o Lider do PSD que não declarou uma moradia; Publicidade; Comentários sobre Coroação de Carlos III; Debate sobre BE-IL sobe a crise-politica; Declaração sobre o fim da pandemia (OMS); Publicidade; Declarações do 1.º Ministro; greve dos professores; greve dos maquinistas; metro em Lisboa; linha rubi (metro do Porto).
Edição da Noite: crise política; Galamba; A SEGUIR Guerra na Ucrania (22:20); curta pausa; 22:35 análise sobre a guerra da Ucrania com um general e uma senhora. Esta conversa ainda foi longa.
Suponho que o Nuno Rogeiro e José Milhazes nem devem ter falado nessa noite o que agrava ainda mais a situação. Mas não se admite é como às 20:50 horas indicam “A SEGUIR” e passa-se a noite toda a fazer figura de parvo já que o que os prende é dar falsas informações para sentir que os tele espectadores estão agarrados ao canal. Isto do A SEGUIR acontece inúmeras vezes. A seguir ao 1 não é o 2?, a seguir 8 não é o 9?, e assim sucessivamente? Em português A SEGUIR não é uma situação ininterrupta, feita imediatamente? Querem agora alterar o sentido da matemática ou do português?
A minha esposa já não quer ouvir a SIC e se isso continuar também lhe sigo as pisadas já que não se vê respeito pelas pessoas.
Por considerar que a SIC está a fazer publicidade enganosa daí este meus protesto com a esperança que V. Ex.a ponham cobro àqueles abusos.

Com os meus cumprimentos
Alexandre Gonçalves

Em tempo: Nesta 6.ª feira aconteceu mesmissima situação. No início do Jornal da Noite foi publicitada a presença do Nuno Rogeiro e José Milhazes (A SEGUIR...) e eles nem sequer apareceram até à meia-noite.
Data de ocorrência: 14 de maio 2023
SIC
15 de maio 2023
Caro Senhor Alexandre Gonçalves,
Esclarecemos que o Jornal da Noite da SIC (canal 3) é parcialmente transmitido em simultâneo com a SIC Notícias. Para ver os comentários de Nuno Rogeiro e José Milhazes, V. Ex.ª deverá sintonizar a SIC (canal 3), onde o Jornal da Noite é emitido integralmente. Poderá confirmar que o espaço foi exibido na sexta-feiral pelas 21:03, no Jornal da Noite da SIC, em https://sicnoticias.pt/guerra-fria/2023-05-12-Guerra-Fria-restos-de-drones-inexistentes-bfe9d2a9
Permanecendo à sua inteira disposição para futuros contactos pelo atendimento@sic.pt, renovamos os nossos cumprimentos e desejamos boa semana, em nome de toda a SIC
Alexandre Gonçalves
15 de maio 2023
Boa tarde
Quer dizer, os Srs têm um canal com a denominação de SIC NOTICIAS mas quem se quiser inteirar das noticias não está no canal certo! Tem que ir para um canal generalista! Os Srs qundo indicam A SEGUIR podem indicar em que canal é que vai ocorrer a noticia. Ou então não custa nada aos apresentadores indicarem que a noticia irá ser transmitida através do Canal 3.
Quem estiver a ver a SIC Noticias e depara-se-lhe com a noticia que vem A SEGUIR naturalmente não vai imaginar, feito espertalhão, que a noticia é a seguir mas não é no canal de noticias é no tal canal!
A falta dessas informações só demonstra falta de consideração pelos tele espectadores.
Para terminar, aprecie o seguinte: Quando enviei a minha reclamação, passados segundos já tinha um convite para indicar que a situação ficou RESOLVIDA! Como considerei essa resposta como um erro grosseiro, continuei a reclamar. Mais tarde indicaram-me que a situação era "SEM RESOLUÇÃO"! Insisti e recebo a informação de que a SIC estava de consciência tranquila e não tinha mais comentários a fazer! Insisti de novo e então disseram-se que iam enviar a minha comunicação às áreas responsáveis para ser analisada. Entretanto, envio a reclamação para o Portal da Queixa e aí os Srs já davam uma resposta coerente mas cuja lógica não faz sentido já que os utentes não são esclarecidos devidamente.

Com os meus cumprimentos
Alexandre Gonçalves
SIC
15 de maio 2023
Caro Senhor Alexandre Gonçalves,
Compreendemos o seu ponto de vista e registámos os seus comentários quando dos seus contactos, a fim de serem encontradas oportunidades de melhoria.
Permanecendo à sua inteira disposição para futuros contactos pelo atendimento@sic.pt, renovamos os nossos cumprimentos e os votos de boa semana, em nome de toda a SIC
Esta reclamação foi considerada resolvida pela marca, e aceite pelo utilizador
Comentários

Era uma vez Dr. Hernâni Carvalho
Sou assiduo observador dos seus programas e há dias que me dá vontade de rir e noutros nem tanto com os vossos comentários.
As Rosas Grilos deste país podem contar as histórias que quiserem mas só acredita quem quiser. Eu não acredito e cada vez que abre a boca mais se enterra.
Ela fez do morto o que quis. Arrastou-o para a esquerda, para a direita e com uma corda.
O advogado de defesa em vez de lhe passar para as mãos uma arma de plástico deveria passar-lhe a corda que ela disse ter enrolado o cadáver e deixar-se enrolar no chão para ver a força que ela tinha de projectar para movimentar um corpo estático. E de 85 quilogramas.
Um morto precisa de quatro pessoas para o levarem para o cemitério se não recusasse a seguir viagem.

Um dia ouvi-o dizer que não acreditou naqueles milhões de portugueses que entre 24 e 25 de Abril de 1974 se tornaram democratas.
Eu neste dia não acreditei e 49 anos depois continuo a não acreditar naqueles que tanto falam em democracia e liberdades, quando andamos por aí, nos transportes, no local de trabalho, nas repartições públicas e até nas faculdades.

Todos os dias cruzamos com pessoas a quem, por vezes, não damos a necessária atenção desde o policia, o condutor do autocarro, o jardineiro, o bombeiro, o pedinte, num país onde os trabalhadores vivem com ordenados miseráveis e que todos aguardam o nosso sorriso e saudação amiga.
Nem um bom dia pela manhã ou uma boa noite ao fim do dia.
Mas diz-se por aí que os portugueses são hospitaleiros e sabem receber bem quem nos visita.
Eu estive durante 20 anos numa instituição do ensino superior e os bolseiros vindos dos EUA, França, Reino Unido, Alemanha e até Espanha, eram recebidos e bem acolhidos em apartamentos e na hora da despedida até lhes era oferecido um almoço ou jantar e transporte para o aeroporto.
Mas quando o visitante era oriundo de um país pobre como a Roménia aqui o acompanhamento era nulo e mesmo sendo um Reitor de uma Universidade tinha que pernoitar num quarto pago pelo próprio.

Passados estes 49 anos do pós-revolução dos cravos do que já foi feito ainda há um caminho muito longo para percorrer para consolidar a dita democracia e a tão desejada liberdade onde está tudo muito verde para não dizer cru.
Mas uns quantos politicos com estatuto de vedetas tentam passar a mensagem aos portugueses de que vivemos num país onde se pode viver desafogadamentede que é uma coisa que me repugna.
É preciso modernizar o sistema politico que tem vindo a falhar tornando-se absoleto. É preciso adaptar a política às novidades do tempo e não os politicos a continuar a decorar os livros estruturados pelos seus autores.
Se os politico não querem ser ensinados nem aprender a criar as condições para resolver os problemas do país e dos trabalhadores, então os portugueses se querem um Portugal melhor para viver têm que dar o salto qualitativo na escolha dos deputados da Nação.
Não pudemos mudar o destino das pessoas mas se as pessoas podem mudar o sentido de voto então faz toda a diferença na politica portuguesa que depois de retirar a confiança na geringonça que andou quatro anos a animar a malta, fazendo de conta que tudo ía bem e agora deixar o povo a falar para as paredes.
Os portugueses têm que dar um salto qualititativo na escolha que fazem quando vão votar e não se deixarem mobilizar pelos 230 deputados que na altura das eleições dizem que fazem e depois na AR esquecem o povo que lhes depositou um voto de confiança , porque nada sabem e nada têm de projectar para a dedicação na causa pública.

É preciso saber quem são as pessoas capazes de ter força e sabedoria para se dedicarem à causa pública, o seu percurso profissional reconhecido, o que fizeram e o que fazem.
Por si só o espírito corporativista e o guião na politica não chegam para desenvolver o país. Não é da competência do povo português impor disciplina nos deputados e a ensiná-los a comportar-se e a respeitar-se com dignidade que é o que mais se impõe no Parlamento e na rua.
Sou do tempo em que as figuras públicas e os politicos se davam ao respeito e eram os primeiros a dar o exemplo: hoje são as próprias figuras públicas que não se sabem respeitar entre si e também deixaram de respeitar as próprias autoridades de segurança pública.
Sou do tempo em que a propriedade pública e privada era respeitada, hoje são os próprios Símbolos Nacionais que estão a ser desvalorizados e desrespeitados


A juventude de hoje é menino ou menina aos trinta e tal anos eu no dia 25 de Abril de 1974 era um homem com dezanove anos, jovem militar estacionado dentro de um quartel em Lisboa, de portas fechadas e sem informação do movimento.
No dia 28 fui escalado para ir para a rua numa operação de caça ao Pide e quando questionei o militar sobre os ditos a ordem era para prender tudo o que mexesse.
A operação foi abortada e o armamento que me foi entregue para a operação foi devolvido ao armeiro. Houve um sacana de um militar que foi fazer queixa de mim ao comandante de que faltava um carregador da arma e respectivas monições. O comandante não quis ouvir os meus argumentos e deu-me 24 horas para entregar o carregado ou então mandava-me recolher ao presidio militar. No dia seguinte avancei para a feira-da-ladra e com um pouco de sorte reparei que um carregador de G3 estava na parede de um café.
Quando perguntei o preço ao dono do café respondeu-me custar 50 escudos. Paguei e meti pernas ao caminho em direcção ao quartel. Fiz a entrega do carregador ao armeiro com a indicação de que este estava obrigado a comunicar ao comandante de que o carregador foi encontrado atrás de um armário e devidamente carregado.
A arma que me foi distribuida foi uma FBP o carregador que entreguei era de G3.
Moral desta história: a tropa manda desenrascar.
De Julho a Setembro de 1973 com apenas dezoito anos estava no RI 5 – quartel das Caldas da Rainha onde se diz ter iniciado o golpe militar.
Nesta unidade havia militares que estavam a cumprir castigo e não eram promovidos. Fazia parte da história militar.
No final da recruta a maioria dos instruendos foi de férias e com guia de marcha para depois se aprsentarem noutras unidades, eu e mais meia-dúzia de camaradas ficámos retidos por mais uma semana o que nos deixou desconfortáveis.
Um dos camaradas foi encaminhado para o forte da Trafaria porque dentro de um manual militar foi encontrada propaganda politica contra a guerra no ultramar.
Há dias fiz uma pesquisa na internet sobre a vida de alguns Capitães e aparece-me um cuja noticia o rotulável de grande democrata e grande lutador pela liberdade.
Pois bem. A minha opinião vale o que vale mas durante os três meses a cruzar-me com o Senhor este foi o maior militarista que conheci logo seguido ao Comandante da Unidade que todos os dias fazia ameaças aos militares.
Andava sempre armado coisa que os outros só o faziam quando estavam de Oficial Dia.
Um dia passeava-se pela parada e encontrou um fósforo queimado no chão e só abandonou o local quando obrigou um militar que passava a cinquenta metros a deslocar-se ao local para retirar um barrote que estava a impedir a sua marcha.
No dia 25 de Abril de 1974 estava eu na Escola Militar a assistir aos movimentos das corvetas da Marinha Portuguesa. A Escola tinha os portões fechados e ninguém entrou ou saiu.
Mais tarde fui parar ao quartel do Campo Grande e passei pelos estúdios da RTP onde de G3 assisti à transmissão dos noticiários dentro de um pequeno espaço onde estava eu, o jornalista e um operador de câmara.
O 25 de Abril foi para libertar o povo segundo se dizia mas a esta unidade militar do Campo Grande foi dada uma ordem de ocupação das instalações dos CTT porque os funcionários estavam em greve.
A ordem saiu do Movimento dos Cravos mas a desobediência foi da autoria dos Oficiais Milicianos que se recusaram a cumprir a ordem acabando por serem presos dois e as portas do quartel fechadas e trancadas por duas chaimites para que nenhum militar saísse do aquartelamento.
Foi a uma sexta feira e no quartel apenas ficou o pessoal de serviço. Todo o restou saltou o muro pelas traseiras e foi de fim-de-semana.
A guerra do ex.ultramar ainda não está totalmente contada. Nas revistas e jornais aparece algumas vezes o General Spínola no mato. Será que a guerra parava para o Comandante visitar as tropas?
Fui mobilizado para Angola e vi e li muita coisa. As negociatas das madeiras, dos diamentes e até confrontei um guerrilheiro que me disse que não foram eles que ganharam a guerra até porque já estavam fartos de andar no mato.
Adiantou que fomos nós que abandonámos Angola e vínhamos embora sem cobrar nada. Um idoso, que diariamente esperava à porta do refeitório por uma refeição adiantou-me que nós vínhamos embora e que eles iriam morrer à fome e a viver numa grande batalha entre os movimentos que nunca se tinham entendido. Na verdade a guerra entre grupos durou mais trinta anos.
Eu tive muita sorte em ter nascido a 440 Km de distância da Capital e em 1955. É que os ditadores não perderam tempo com os habitantes das aldeias transmontanas porque havia trabalho de enxada na mão e nas Capitais a ocupação de calar os ruidosos pré-regime.
Quantos lutaram cá dentro e quantos cantavam de galo fora do país em locais onde as grandes ditaduras ainda preduram. Era cá que deveriam lutar pela liberdade e pela democracia.
Se andei a ser vigiado não sei. Mas ouvia muitas noticias nas rádios internacionais entre as 19 e as 20 horas emissões difundidades em português onde um dia, na rádio Argel, o radialista apelava a quem o estava a ouvir para participar num peditório e enviar dinheiro para a estação com o objectivo de o encaminhar para os movimentos de libertação para que comprassem armas para matar os filho-da-pu*** dos militares portugueses, que estavam a ocupar os territórios.
Tenho à minha frente uma revista e com algumas dúvidas se o jornalista que escreveu algumas das crónicas sentiu o Portugal do passado para escrever que:
Não se podia dar um beijo ou namorar no espaço público. Se assim foi eu fui um sortudo pois eu desviava-me dos holofotes.
As greves eram proibidas mas a maior que houve até agora foi no tempo da ditadura, a dos mineiros e durou cem dias.
No ensino primário e na primeira classe a minha turma era mista e no primeiro ano do ciclo preparatório também.
Nas aldeias do país de menor volume população apenas havia uma escola primária.
A separação entre rapazes e raparigas processava-se no recreio e era na escola industrial e comercial onde tirei o curso industrial.
Não se podia dizer mal dos governantes mas de vez enquando eram os policias que se desviavam para não ouvir. Numa sexta-feira dia de mercado e a uns metros de um policia um cidadão embriagado gritava que a culpa era do Salazar. Mas o Salazar já tinha partido há dois anos e por magia.
Em qualquer país do mundo os Estados sobrevivem com o apoio dos grandes grupos económicos e tutelados pelas forças armadas.
Portugal não fugiu nem foge à regra e não me venham dizer que o que aconteceu de 1926 até 1974 não foi culpa dos militares.
Salazar e os seus seguidores só fizeram no país o que lhes deixaram fazer. Eles andaram por aí e sempre acompanhados por multidões: hoje e hoje os politicos andam sempre acompanhados por multidões.
Nada era democrático na vasta e complexa máquina da administração pública do Portugal do passado. Será que hoje o povo está assim tão bem servido? Então porque se queixa tanto?
Só Deus sabe o que vai dentro das cabeças destes milhões de portugueses que de manhazinha saem de casa a caminho do local de trabalho sem saber se há transportes públicos para os deslocar e à noitinha trazerem algum dinheiro para dar de comer aos filhos, pagar a renda de casa, impostos e despesas de água e luz.
O povo na rua e no local de trabalho continua a manifestar-se por melhores empregos e salários num país em que o dinheiro não chega a todos e por muito que se manifeste o poder politico não os ouve por problemas auditivos.
Há em Portugal mais de três milhões de pessoas que está em risco de pobreza extrema e ou exclusão social, a viver em barracas, por debaixo das pontes e nas estações dos caminhos de ferro.

Não sou saudoso do passado porque sei o que é morar, não numa barraca, mas numa chamada casa onde não havia água canalizada ( era quase universal) nem casa de banho e a luz saía de uma candeia pendurada ao lado da lareira com quatro metros quadrados onde quatro pote de ferro e umas chouriças penduradas a curar durante o inverno serviam de mobiliário.
Já estava a esquecer o forno construído pelos meus pais em barro onde todas as semanas, depois de aquecido a lenha, saía uma fornada com sete broas de pão de milho que sabiam que nem ginja.
Os Capitães não fizeram a revolução dos cravos para derrubar o regime, libertar o país da miséria, acabar com as barracas, parar a emigração e dar melhor educação aos portugueses.
Tudo isto foi e é um sinal para adormecer os portugueses. O cerne da revolta foi o cébre decreto do Ministro da Guerra que os fez reagir à pressa porque estavam a ver o sofá a sair debaixo do rabo e do ar condicionado a ser desligado e a ver-se ultrapassados pelos Capitães milicianos o que não lhes agradava.
Nestes 49 anos muita coisa já foi feita mas falta muito ainda por fazer. As desigualdades são infinitas e há muita pobreza em Portugal.
Não foi o 25 de Abril que fez desenvolver o país. Nos finais da década de sessenta o país e os políticos já estavam a modernizar os seus projectos e apraz dizer se o dinheiro que entrou no país depois da revolução noutra mãos não seria melhor aplicado?
Houve muita obra feita mas há ainda muito por fazer. E até se construiram estádios de futebol que hoje não servem para nada e estradas e pontes por onde ninguém passa.
Agora mesmo não resisto ao comentário do do Dr.Marques Mendes que diz que há uma nova derrapagem de 500 milhões de euros nas obras do metro de Lisboa.
Isto significa que a estes politicos faltou uma cadeira chamada “Orçamentos Contas e Obras” que fez parte do meu curriculo escolar no segundo ano do curso industrial ( 4º ano) que ensinava os alunos a preparar orçamentos para qualquer tipo de trabalhos.
Três milhões de portugueses vivem no limiar da pobreza. As barracas desapareceram de Chelas mas aparecem agora noutras localidades como a Costa da Caparica e a Sul do Tejo e a dívida externa do país já ultrapassou os oitocentos mil milhões de euros que na boca de certos politicos não é para pagar.
Abílio “ o carteirista dos transportes de Lisboa” tem principios no trabalho que faz e fá-lo com regras devidamente estabelecidas e estudadas.
O Zé do Telhado também roubava os ricos para ajudar os pobres.
E até convivemos com um ex.Primeiro-Ministro que não tem confiança na Justiça nem do sistema bancário português.
Um ex.Presidente da Assembleia da República que se até se estava cag***o para o segredo de justiça.
E um Meritíssimos que não gosta das policias e sabe que as policias também não gostam dele.
Na última legislatura um partido formou Governo sem ganhar as eleições e até teve o apoio total das esquerdas fazendo esquecer o passado e transparecer que Portugal vivia saudável se não fosse o raio da pandemia.
Quatro anos passados e em novas eleições o povo votou em forças no PS, no partido em que um ex.deputado e actual PAR diz que o que mais gosta de fazer é bater na Direito ou quem se mete com o PS leva.
Ano e meio passado ninguém se entende com as politicas e com os politicos do PS e a forças das esquerdas saiu à rua arrastando o pais para as greves.
Eles são os professores que lutam pelas sua reivindicações e até se esquecem das agressões fisicas e psicológicas a que estão sujeitos pelos seus alunos e pais dos alunos; eles são os enfermeiros; os transportes, etc.
Afinal estes próprios grevistas ajudaram as esquerdas a enganar os trabalhadores portugueses que durante quatro anos não sofreram com a greve dos transportes.
Mas há uma classe de trabalhadores que mais sofrem com as greves dos transportes, dos professores, do sistema de saúde e até da justiça. A estes reserva-lhes o direito de esperar por resoluções e que tardam.

Os Capitães de Abril ganharam a sua batalha e não se queixam das sua reivindicações. Acabaram com a guerra e até continuaram a progredir na carreira militar e alguns até ao generalato chegaram, mas a maioria dos portugueses não têm tido a mesma sorte e suavemente contam os euros que há na carteira para comprar comida para pôr na mesa, educar os filhos e pagar a renda da casa, etc.



Um policia em formação aprende no imediato a qual diferença entre roubo e furto e quando o crime é público, semi-público ou particular.
Que o SIS não é uma policia criminal mas uma policia de pesquisa de informações que possam colocar o Estado em risco de segurança.
Quando um funcionário de um Ministério levou o computador para casa porque era uma ferramento com que lidou durante anos ninguém se entendeu e chamaram o SIS.
Politicos, deputados, profssores universitários, licenciados em Direito ou não,e advogado criaram uma vagunçada de tal ordem que nunguém se entende no que são as atribuições do SIS e quem tem poderes para gerir os serviços.

Em Portugal há muitos hospitais e doentes perdidos mas cada vez mais se morre sem escolher idades nem sexo.
Nas estradas portuguesas aceleras e não aceleras não cumpre as regras de trânsito, acidentes em excesso, porque o Estado não faz bem o seu trabalho. Está mais vocacionado para o valor das coimas cobrados aos infractores para engordar o orçamento do Estado.
Vão resolvendo o caso da sinistralidade cobrando coimas e ou passar tempo em cassar os títulos de condução quando os condutores não precisam das cartas para conduzir mas de motas e carros para andar na estrada.

Construiram-se prisões porque o número de presos aumentou. As policiais preparam-se mas o crime e os criminosos são mais evoluídos.Policias são agredidos, insultados e os criminosos saem em liberdade e os policias vão para trás das grades quando reagem a provocações.

Um preso custa aos bolsos dos contribuintes que pagam impostos cerca de 50 euros diários enquanto as familias que nada têm a ver com o habitat prisional têm que se contentar com bem menos no seu dia-a-dia.

Escolas e universidades temos em abundância mas cada vez há mais ignorância.

Um dia o Dr. Hernâni Carvalho divagou que um engenheiro saído da faculdade não vai ensinar nada a um agricultor.Tem razão, principalmente aqueles diplomados que não frequentaram as aulas .
Com certeza que todos já assistimos ao trabalho da regra nos espaços públicos onde o jardineiro anda a regar ao meio-dia ou às duas da tarde as plantas e a relva.
Esta má experiência cifra-se na ausência do conhecimento de quem coordena e não no jardineiro que não foi ensinado.
O agricultor sabe que a melhor hora para fazer a rega é quando a terra está fresca e deve ser de madrugada e ou à noitinha para não desperdiçar água. Nas horas de maior calor a água não se infiltra na terra mas evapora-se.

Durante dez anos andei a pagar o imposto de esgotos sobre uma área que não tinha qualquer canalização de água. Sempre que pagava a factura recorria à informação da ilegalidade funcional dos serviços mas não havia sintomas de quem tinha responsabilidades.
Ao oitavo ano procurei apoio no Provedor de justiça e a coisa não correu bem. Era assunto que competia ao Tribunal.
Ao nono ano procurei apoio na DECO, dita defesa do consumidor, mas aqui também não fui bem atendido. Era assunto para sócios e eu não era. Mas informaram-me que iriam contactar os serviços no sentido de resolver a situação.
Ao décimo ano a DECO manda-me um oficio a informar-me que a Câmara Municipal não respondia ao solicitado e restava-me seguir para o litigioso.
Ainda respondo aos serviços Camarários contrapondo a legislação que me era enviada para pagar até que houve luz verde e alguém mandou um fiscal averiguar o que se passava.
Terminou aqui a cobrança e foi-me devolvido o dinheiro que pagara.

Alguns dos comentadores parece que não têm experiência de como funcionam a maioria dos serviços públicos. Dizem que os colaboradores optam por ficar calados quando os serviços não funcionam como deviam.
Há alguma verdade.
Num País onde se fala tanto em democracia e liberdade de expressão os pontos mais visiveis estão no aparelho partidário, ouve o que eu digo e não o que eu faço.
Depois está dentro da administração onde os Directores e chefes acham ter o rei na barriga e até têm porque fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo e não adianta enviar reclamações para a Provedoria de justiça.
Denunciar irregularidades nos serviços é sentenciar a tão frágil situação dos trabalhadores que jamais avançam na carreira porque deixam de ter confiança das chefias e até dos próprios colegas de trabalho que dizem “sim chefe”.
Eles comem tudo e não deixam nada. Falam, falam, mas não fazem nada.

Eu entrei no mundo do trabalho muito antes da dita revolução: aos cinco anos já andava no monte a guardar o gado para que os meus pais pudessem fazer outras actividades na agricultura.
Deu-se a revolução mas ainda não chegou a todos os serviços inclusive aos serviços públicos.Há muito a ensinar, há muito a fazer e o povo não vive com o dinheiro que os dirigente ganham. É preciso saber comunicar com as pessoas. Dizer a um funcionário que não se deve deixar corromper não está aqui o cerne do problema, está em quem dirige que deve ser o primeiro a dar o exemplo.

Veja-se a triste imagem da EMEL na caça à multa na cidade de Lisboa e os favores que faz aos amigos. As MSG enviadas aos trabalhadores para fechar os olhos a uns e a penalisar outros só porque esperam uns segundos pela mulher.
Nem os policiais têm actitude agressivas como os trabalhadores da EMEL ou fiscais de outras entidades camarárias por aí espalhados.

Eu para não ficar preso a um determinadao serviço público escolhi sempre que não eram de meu agrado as funcionalidades dos serviços, cara a cara com as chefias debatê-las. Mas também sabia que naquele local jamais depositavam confiança em mim.
Um dia fui parar a uma Direcção-Geral onde ia substituir uma funcionária que ia para a aposentação.
Esta chefe era uma boa pessoa e não passava disso. Sempre que havia um problema técnico nos serviços ligava a uma empresa da especialidade para resolver o problema e trabalho feito a empresa apresentava a factura.

Eu senti-me mal ter de chamar uma empresa para substituir uma lâmpada quando eu ou qualquer funcionário o poderia fazer e se bem pensei assim o fiz.
Quem trabalhava naquela Direcção-Geral e estava sob a minha orientação não gostou da minha atitude profissional e fizeram um pouco de tudo para que a chefia me retirasse.
Aconteceu ao fim de cinco anos.

Por despacho do DG impuseram-me ficar sob as ordens de um colega com 30 anos de DG mas não tinha habilitações nem formação própria para me orientar.Não aceitei e fui ameaçado com processo disciplinar pelo DG. Saio dos serviços e por mail expliquei a todos os funcionários da DG das causas que me levavam a abandonar os serviços.

À excessão do corpo de Dirigentes todos os outros sectores apoiaram a minha atitude mas alertaram-me se o assunto chegasse aos Tribunais eles não eram testemunhas.
Foi-me aplicado um ano de castigo sem vencimento que não cumpri dadas as razões que evoquei no meu depoimento de defesa e como tinha rotulado de incompetente o meu colega que me queriam impor para chefe acionou um procedimento criminal contra mim.

Por duas vezes os advogados queriam que eu chegasse a um acordo mas eu recusei pois queria saber o tipo de crime que cometi.
A minha pena ficou em 150 dias de multa a 10 euros dia, indemnização ao queixoso no valor de 1000 euros e o pagamento de taxas judiciais, num total de cerca de 3500 euros por ter tratado um incompetente de incompetente.


Nesse dia, na barra do Tribunal, cruzei-me com um jovem de 18 anos que insultou um policia e feito ameaças de agressão fisica e psicológica quando foi apanhado a furtar num supermercado.
Foi penalisado com pena de multa no valor de 700 euros.

Um segundo caso onde a pessoa tinha lesado as Finanças por facturação falsificada e foi penalisado com multa de 1500 euros

Quando no meu país alguém tratou de “palhaço “ a um Presidente da República e não havendo queixa não houve penalisação.

Quando um ex.politico chamou de burro a um policia que não o deixou estacionar onde e como queria e foi penalizado com 8 meses de multa.

Uma das comentadoras dos programas um dia nas suas observações estendeu-se ao comprido dizendo que os policias nas nas operações policias são arrogantes.

No passado entrar na escola de formação de agentes a vida dos candidatos e seus familiares eram esmiuçada ao pormenor.

Em (1979) um candidato a agente da PSP foi expulso do curso porque antes de ser candidato se envolveu em desacatos num bar. Um dos intervenientes um dia tornou-se politico e soube que alguém estava na escola de formação da PSP e denunciou o caso.

A PSP expulsou um candidato mas a GNR aproveitou este candidato que chegou a oficial.


Apanhado um agente ao volante de um carro o outro meio de deslocamente era o motivo mais que suficiente para ser chamado ao comando para explicar onde e como arranjou dinheiro para o comprar.

Hoje já não há preocupação dos Comandos e de vez enquando sai nas noticias que o agente A andava ao serviço em estado de embriaguez e um outro interveniente em acidente se pôe em fuga porque não tinha seguro nem inspeção obrigatória.

Eu não defendo qualquer tipo de arrogâncias venham elas de onde vierem: policias, advogados, professores, pessoal civil ou militar, politicos e não politicos, aos balcões dos serviços públicos e até nos magistrados.

Cada um na sua área de influências deve ter atitudes respeitosas para que sejam respeitados porque arrogância, má-educação vê-se todos os dias e em qualquer lugar.

Eu ando por aí e vejo muita coisa e quando era mais jovem reagia a certas actos comportamentais. Por vezes cruzava-me com agentes da autoridade à paisana que não se metiam para cessar certas confusões.

O 25 de Abril interessou aos militares e fizeram a sua revolução. Hoje o país precisa que se faça outra revolução sem arrogância e com regras bem definidas.

Eu vi e ouvi um ex.Magistrado da Nação a dizer a um soldado GNR que fazia parte de uma escolta para desaparecer porque não precisava de policia atrás de si.

Esse mesmo que ao sair de um estabelecimento prisional após fazer uma visita a um amigo a dirigir-se para um MM avisando-o que também era jurista.

Ou aquele Juiz negacionista que ameaçou o Director Nacional da PSP para um duelo e em bicos-dos-pés se virou para dois comissários da PSP a dizer-lhes que não se esquecessem de que estava acima deles e não se atrevessem a tocar-lhe com um dedo.

O 49º aniversário da Revolução dos Cravos foi vivido na AR, disso deu provas, onde deputados do CHEGA passaram uma má imagem e o próprio PAR a mandar recadinhos ao CHEGA quando no passado outros partidos fizeram iguais palhaçadas.

O ser humano é como o parafuso só sabemos que é bom quando apertado.











A uma pergunta de um jornalista sobre um determinado processo judicial o politico responde que se estava a cag** para o segredo de justiça. Mais tarde foi PAR.

Um PM em campanha ia-se esquencendo que o era reagiu mal a um elemento com quem se cruzou. Ia reagindo a murro...

Um Meritíssimo faz ameaças a dois Comissários da PSP dizendo-lhe que estava acima deles e não lhe tocassem.

Um ex. Politico chamou a um agente da PSP de “burro”por não o deixar estacionar em local não autorizado

Um Ex. Ministro apanhou um policia a dormir no automóvel do povo ligou à PSP a informar que tinha um cão e que fossem correr com ele porque já estava atrasado.

Um procurador desce a AV. da República a conduzir a sua viatura mas totalmente alheio ao código da estrada.

Um agente do trânsito acompanhou os movimentos e quando teve a oportunidade mandou encostar o condutor.

O senhor barafustou de tal forma que não deixou por mãos alheias o seu conhecimento do Código da Estrada e do Direito.

E mais revoltado e enfurecido ficava pela resposta imediata do agente fiscalizador de trânsito.

Ver, ouvir e calar era no outro tempo. Havia que reagir.

E quando constatou que o agente o ia mesmo aplicar-lhe a coima diz. O Senhor por acaso sabe com quem está a falar?
Resposta do policia; sim estou na presença de um cidadão que acaba de infringir as regras ao código da estrada e eu enquanto agente da policia estou a cumprir a minha função.
Mas o diálogo só tem fim quando o cidadão se identificou com Procurador da República e o policia a fechar dizendo que era policia e licenciado em Direito. ( isto passou-se em 1980).

No passado os policias tinham a seu cargo a regulação dos estacionamentos e dizia-se que andavam à caça à multa. Eram tolerantes quando alguém esperava por alguém. Hoje a policia já não faz esse trabalho e são as EMEL, os fiscais camarários e outras empresas contratadas para os efeitos e andam sempre à coca dos infractores e sem tolerância.

O que fizeram três fiscais da EMEL a um condutor no dia 29-05-2023 que encostou a viatura para recolher a esposa: partiram-lhe o nariz e três dentes.

Na Faculdade: um professor catedrático chama-me ao seu gabinete e pede-me para fazer um trabalho prático para apresentar aos alunos de engenharia, finalistas.

A meio da conversa pedi para dar a minha opinião sobre o funcionamento do trabalho ao que me respondeu que não tinha que ouvir as minhas opiniões. Este professor tinha sido Secretário de Estado do Ensino Superior.

Fiz o que me foi encomandado e nas aulas o trabalho foi apresentado como fosse da sua autoria.

Os alunos finalistas sabiam do meu mau feitio para com os professores bazófias que se limitavam a seguir os livros e não os seus conhecimentos e estavam sempre à espera das minhas rasteiras.

Este professor catedrático deixou de dar uma aula porque não levou os apontamentos e este mesmo professor catedrático deixou de apresentar um trabalho da sua autoria mas executado por um técnico com um curso industrial tirado no século passado que lhe passou uma rasteira e não teve a coragem, a hombridade sequer de pedir opinião do sucedido.

Há um politico que disse um dia que andava por aí.
Eu também andei por aí: eu fui pastor, estudante não profissional, militar, policia, trabalhei em empresas privadas e públicas mas nunca me prendi a uma cadeira nem fui pau-mandado.

Vou terminar esta conversação pronunciando sobre a justiça sabendo aquilo que a minha opinião vale ou não vale.

Neste país é fácil ser-se constituído arguido. Uma simples denúncia contra um cidadão é-se constituído arguído. E por vezes aa policias invadem-nos a casa por dá cá aquela palha.

Em três ocasiões, por causa do ruido da vizinhança o MP instruiu a policia a actuar. Na primeira ocasião às sete da manhã sete agentes da policia batem-me à porta, mostram me um documento do MP e sem fazer estragos mexem e remexem sem tirar nada do sitio. Levam-me um computar e um medidor de ruido.

O MP acusava-me de falsificação de documentos mas ao fim de 90 dias o processo foi arquivado e tinha 30 dias para levantar o computador caso contrário revertia para o Estado

No processo seguinte aquando chamado à policia por outra denúncia e pelos mesmos actos também sou acusado por separar casais e até o trabalho da policia estava a ser posto em causa. Dizia o acusador que a policia não andavam andamento às suas queixas.

Todos estes assuntos estão relacionados com o ruído da vizinhança, é minha opinião, e vale o que vale só terão solução quando a atuação for da exclusiva responsabilidade das policias.

Não adianta a policia ser chamada a casa, constatar o ruído da vizinhança, levantar o auto de noticia e depois encaminhá-lo para as Câmaras Municipais para que estas procedam à aplicação das coimas.

É trabalho que raramente fazem com receio de perderam votos o que causa transtornos ao trabalho dos policiais que estão acusados de nada fazer quando fazem o que a lei lhes permite.

No meu caso a prevericadora é uma deputado municipal e está metida num grande partido político. Não cumpre as regras do condominio e está tudo de pentanas no condominio porque a recorrência aos Tribunais sai-nos cara e ninguém está para perder tempo.

Fala-se em demasia na resolução dos problemas condominais quando efectivamente são as próprias autoridades oficiais a desprestigiar os interesses dos condóminos.


A justiça é feita por homens e mulheres dentro dos Tribunais. Um dia um Juiz aposentado perguntou-me o que é que eu achava da justiça praticada em Portugal.

E eu comecei por lhe dizer que um dia fui policia e abandonei as funções porque as policias não eram bem tratadas pelo poder político e mesmo dentro das salas de audiência.
E relatei o caso em que estava a decorrer um julgamento de um cidadão que foi apanhado sem carta de condução e a meio sem nada o prever o juiz vira-se para um GNR a dizer que não gosta dos policias e sabia que eles também não gostavam dele.

Noutro momento, também em Tribunal de Policia um outro Juiz mas fora da sala dirige-se aos policias e diz-lhe que não haverá arguido algum que fique a rir-se dos policias.





Um dia chamou de palhaço a um ex. Presidente da República e agora trata os deputados do Chega “ de feios, arruaceiros e maus” com falta de espírito democrático.

Ora este Senhor deveria ser mais cauteloso nos seus comentários porque não sabe o que se passou na sua casa.

O pai que muitos consideram de grande democrata e lutador pela liberdade um dia também teve um comportamento deplorável para com um agente da autoridade.

Gozou com a cara de um policia de serviço a uma entidade diplomática e também com pessoas civis que assistiram a tudo o que se passou ao entrar numa rua de sentido proíbido ao volante do seu automóvel acompanhado de duas Senhoras e depois de estacionar vira-se para o policia e diz-lhe para o multar.

O civis reconhecendo a pessoa em causa chamaram à atenção da agente para fazer de conta que nada viu porque ia meter-se em apuros.

Em 1977 um candidato a agente da policia posicionou-se no primeiro lugar da classificado do curso; ao quarto ano foi o primeiro do curso de subchefes; e criada a escola superior de policia em 1984 entrou na licenciatura em ciências policiais e conclui em primeiro lugar.
Foi agente, subchefe e quando atingiu a categoria de subintendente abandonou a carreira policial quando tinha muito caminho para caminhar.

O assunto que passo a descrever já o Dr. Hernâni Carvalho deu a resposta num dos programas.
O inspector inspeciona mas fica tudo igual.

Os serviços públicos embora não pareça estão a abarrotar de funcionários mas nem todos estão no local onde fazem falta.
E em áreas com cerca de 18 metros quadrados estão encurralados meia dúzia de pessoas.
Um dia aparece um senhor naquela DG a mando de um serviço para inspecionar as condições de trabalho.
No primeiro dia o senhor foi recebido com alguma pompa e circunstância mas ao terceiro só os trabalhadores é que falavam para ele.
Com o passar do tempo eu criei alguma confiança com a pessoa que me identificou o que estava ali a fazer e donde vinha.
O Senhor tinha sido Juiz de Direito mas sentindos-se desconfortável abandonou os Tribunais e mudou de profissão.
Dizia que ia fazer e acontecer e não iria pactuar com a situação lastimável que constatava
naquela instituição porque era desumano ver os trabalhadores a ter que sairem das suas cadeiras para que o colega do lado fosse à casa de banho.
Eu ri-me e dise-lhe que não ia mudar nada e que o seu relatório iria fazer referência a um pequeno problema.
Aconteceu o que nada me espantou. Tudo bem na instituição há apenas que fazer uma reparação no estore da sala x e y.

Titulo e o orgulho dos titulados.

A Administração Pública é o cubículo de muitos diplomados que não vão acrescentar nada aos serviços.
São pessoas que vão fazer o mesmo que um assistente técnico, assistente operacional, etc, só difere no vencimento.

Com certeza que tem reparado em dias de greve funcionários públicos a queixarem-se que a sua situação na carreira está instável e estão nas carreiras mais baixas a ganharem menos que o colega do lado, e que até são diplomados

A minha palavra é a minha palavra mas acontece porque não sabem fazer mais do que aquilo que fazem e não estando vocacionados para outra actividade não concorrem para ver melhoradas as suas condições profissionais e remuneratórias, pois, uma coisa é ter um diploma outra é estar capacitado para desenvolver uma e outra actividade.

Ficar a fazer o mesmo trabalho e ganhar mais não dá bom ambiente de trabalho.

Mas também há o oposto.

Um técnico para subir na carreira sujeita-se a percorrer o país de lés-a-lés. Foi ao que estiveram sujeitos os professores durante anos e anos onde o marido era colacado no minho, a esposa no Algarve e os filhos do casal ficava entregues aos avós em Trás-os-Montes.

Vida dura que os actuais não querem passar.

Este técnico correu Portugal e um dia foi aberto um concurso para assessor numa DG na Capital. Foi admitido e selecionado e quando tomou posse entregaram-lhe um trabalho para contar o número de carapaus que entrava na DOCA para fins estatísticos.
Não aceitou o trabalho, chamou de incompetentes a quem tinha de chamar dizendo que não era o de negligenciar ou desvalorizar o trabalho dos colegas que já estavam a fazer o trabalho mas havia uma diferença é que enquanto assessor ia ganhar o tripulo dos seus colegas e não era justo.
E não estava motivado para aceitar essa posição, merecia mais respeito...

Comportamentos.

Numa Universidade é aberto um concurso para docente – Assistente estagiário.
Vários candidatos concorrentes apresentam-se à entrevista. Há recém-licenciados, licenciados de longa duração e doutorados.
O júri composto por um Catedrático e por dois professores auxiliares iniciam o seu sistema de avaliação e escolhem o Doutor Manuel, Outro o Engº Pedro. Mas quem decide é o Presidente que impõe ordem na sala. Meus colegas esqueceram-se de nomear o fulano tal que é meu sobrinho. Conclusão: O candidato teoricamente menos habilitado foi o escolhido para a vaga a concurso.

Numa reunião de funcionário marcada pela hierarquia para as 14 hora tem inicio às 16 horas porque o superior teve que ir às compras e atrasou-se.
Depois perde-se demasiado tempo a catalogar os titulos de Engº, Dr, e D.Maria e Senhor Manuel e tudo é tempo que se perde sem resultados palpáveis.

O telefone toca no Gabinete do Chefe e da portaria há a indicação de que um Senhor quer falar com o Chefe. A resposta é que tem que haver marcação prévia daí não estar disponibilizado para atentendimentos.
Mas da portaria dizem-lhe que é um advogado e a resposta mantêm-se.
O porteiro insiste e diz que é o Dr. Fula X que insiste e faz questão de ser atentido o quanto antes.
Aí o dirigente mete a gargantilha no saco e dá voz à portaria para que a pessoa em questão suba ao andar de cima que já está à espera do Senhor Dr.

Um professor universitário e a sua equipa departamental faz planos para cativar alunos do secundário para a licenciatura em engenharia. Enumera as qualidades da formação e o aproveitamento profissional para o sucesso no mundo empresarial.
Mas alguém o questionou sobre as qualidades do curso e os motivos de mandar os filhos para o estrangeiro para continuar os estudos. Ficou mudo...

Se a selecção dos politicos faz a diferença a escolha dos dirigentes para a Administração Públicas é de responsabilidade alta para quem faz a escolha.

Há 40 anos atrás uma instituição pública abriu um concurso para pessoal de limpeza das instalações para um trabalho que estava a ser feito por pessoal de uma empresa. Hoje chamam-se assistentes operacionais.
Foram admitidas 14 pessoas onde apenas 4 agarraram nos baldes e nas vassouras no dia primeiro de trabalho.
O restante pessoal já estava direcionado para serviços administrativos porque era a esposa do senhor professor, do senhor engenheiro, etc.
Ao fim de meia-dúzia de anos já nenhuma das funcionárias pegava nas vassouras e voltou-se à contratação de empresas da especialidade.
Também estas pessoas mudaram de categoria e carreira profissionais algumas ao dirigismo.

Mas não acontece este tipo de coisas nas categorias mais baixas. Acontece nas de topo. Abre-se concurso para meia-dúzia de técnicos superiores e ao segundo ano já são escolhidos 2 ou três amigalhaços para dirigentes sem quaisquer conhecimentos técnicos nem práticos.


Um director de escola de condução é apanhado a 200 Km/horas e contesta a coima com o argumento de se sentir mais seguro andar na autoestrada a 200 do que a 90 Km/h. Tenho muitas dúvidas se a ANSR deu andamento ao pagamento da infração?

Um Director-Geral de Viação foi apanhado a aconduzir uma viatura automóvel a 200 Km/h numa autoestrada e a primeira coisa que fez antes de mostrar a carta de condução e o cartão do cidadão foi a preocupaçã do cartão profissional à autoridade fiscalizadora que não se intimidou. Será que a ANSR deu andamento ao processo para o pagamento da infração?

Uma Directora de serviços de viação tinha uma consulta marcada num hospital para uma determinada hora. Atrasadíssima encontra à entrada do Hospital um espaço livre mas não autorizado para deixar a sua viatura. Quis o destino que o policia de serviço veio à porta e disse à senhora que não e ordenou a retirada da viatura ( estava presente um traço amarelo) daquele local.
A Senhora Directora sentiu-se desautorizada pelo policia e no seu gabinete de viação argumentava para uma colega a situação e planeava apresentar queixa ao Director Nacional da PSP.
Dá vontade de rir mas é o que temos

Estes casos marcaram-me e em ambos achava que não se podia fazer a verdadeira justiça porque nem todos os juizes são bons aplicadores da justiça nem todos os policias fazem bem o seu trabalho.

A justiça que se pratica em Portugal
Há juizes que abandonam os Tribunais e seguem por outras vias porque sentem-se desiludidos com a aplicação da justiça.

No dia 30-05-2023 leio no CM um acórdão sobre mais um caso que envolve policias e já não me surpreenda nada neste País quanto ao desrespeito a que estão sujeitos os policias:

Um cidadão escreve no facebook que os GNR e os policias são “palhaços, incompetentes, traficantes de armas,* PROIBIDO *, abusadores sexuais” os Juizes concluiram tratar-se apenas de juizo de valores.

Eu que não aceitei ser chefiado por um incompetente e feito a minha comunicação através de e-mail a denunciar este assunto a 300 colegas de trabalho em modo de despedida fui punido com 150 dias de multa a 10 euros o dia, 1000 euros de indemnização ao ofendido. ( com base no artigo 180 e seguintes do CP.

Não estou arrependido e voltaria a fazê-lo.

E vou terminar dando a minha opinião sobre o caso Ministro Galamba. Será que sou o único português a entender que o PM de Portugal não substitui o Ministro porque não tem quem queira ser Ministro das Infraestrutura???... Se fosse outro Ministério não faltariam amigalhaços do PS...


Passe bem Dr. Hernâni Carvalho e seus companheiros de painel, mas a nossa democracia está a necessitar de um médico de familia, para a curar.

Rui Rodrigues