Agendei, juntamente com a minha esposa, Marta Isabel, férias para coincidir com uma missão de apoio a órfãos na Beira, Moçambique, entre 25 de Julho e 6 de Agosto 2022. Tratamos dos Vistos a 60€/pax (anexo 1). Pagamos os bilhetes para viagem com a TAAG a 646€/pax (Lisboa-Luanda-Maputo), com código de reserva WT2OTB (anexo 2). Outros amigos que são cidadãos Moçambicanos e Angolanos, residentes em Portugal e que viajaram antes de nós, informaram que seriam necessários testes antigénio para COVID-19, realizados em farmácia. Verificamos a informação no site da IATA. Confirmou-se. Pagamos os testes a 15€/pax (anexo 3, outro extraviado por funcionários da TAAG em Luanda). Pagamos o hotel na Matola a 33.000MZN (anexo 4). Pagamos o aluguer dum SUV a 100USD/dia (link). Seria um tempo maravilhoso, até começar o pesadelo.
Viajamos no dia 25/07 às 23h00 no voo DT653 da TAAG. Chegamos a Luanda para escala rumo a Maputo. Dos cerca de 300 passageiros deixaram TODOS passar, salvo a minha esposa! Isto por não ter "certificado de vacina contra COVID-19" e de ter "apenas um teste antigénio" negativo. Todos os outros passaram, incluindo os que estavam em situação idêntica, incluindo os nossos amigos que viajaram antes de nós, "por serem Moçambicanos ou Angolanos e terem tratamento diferenciado!!!" Não sabíamos que a COVID-19 fazia excepção de pessoas e nem que cidadãos nacionais de Angola ou Moçambique, residentes em Portugal, não podem apresentar um risco de contágio de igual forma?
Apelamos, a minha esposa chorou, pedimos por tudo para nos darem soluções. Propomos realizar teste PCR no local, ou seguir viagem e fazer o teste em Maputo, ou ficarmos em Luanda dois dias e fazer o teste, ou ficar a dormir no chão do aeroporto até ser realizado o teste PCR (porque não nos deixavam entrar em Angola sem visto).
Foram inflexíveis, antipáticos, injuriosos, apáticos e indiferentes. Ela não podia entrar num voo TAAG sem teste PCR, afirmaram. Os factos: entramos num voo da TAAG em Lisboa, com autorização da TAAG, e APENAS com teste antigénio que mostramos ao balcão. De seguida viajamos 7h50m para Luanda, num voo da TAAG! Faz sentido? Não. A verdade é que íamos para Moçambique onde se fazem testes à chegada!
Não quiseram saber. A única solução, dito sem compaixão ou empatia, seria o regresso da minha esposa! Deixaram inclusive passar quatro cidadãos espanhóis que nem sequer tinham visto para entrar em Moçambique! Exaustos, fomos obrigados a regressar a Portugal no voo DT652 da HiFly/TAAG. Não nos devolveram os cartões de embarque, nem as etiquetas de bagagem, nem os testes antigénio que pagamos e eram nossos. Alegaram, convenientemente, o extravio dos nossos documentos, ao longo das quase 5 horas que ficaram com nossos passaportes e documentos retidos enquanto esperamos de pé num corredor! Apelei várias vezes ao Carlos Ndendhe, Chefe de Segurança, para acharem e devolverem os nossos documentos. Indiferença. No avião prometeram que as malas estavam a bordo (porque perderam os comprovativos de bagagem) e afirmaram convictamente que as malas não seguiram para Maputo.
Prometeram abordo, na pessoa de Bruno Bataglia (Chefe de Cabine), e de Claudio Lubaque (Representante da TAAG), de nos darem um 'upgrade' ... isto pelo facto de o 'ground staff' nos ter colocado no fim do avião e separados um do outro para o regresso desta viagem infeliz! (Note-se que afirmaram que o avião vinha vazio e tínhamos muitas opções a bordo. Só mentiras para agravar tudo). Após 30 minutos no ar vieram informar que o Comandante negou o pedido. Mais uma promessa quebrada.
À chegada, após 25 horas - transtorno, cansaço, injustiça e imensa perda de tempo e dinheiro - a minha mala não chegou. Apenas chegou a da minha esposa (anexo 5). Saímos do aeroporto, mais 2 horas de espera, para apresentar a reclamação. São 12h00 de 27/07/2022 e estou sem mala. O numero do meu Cartão de Embarque da mala perdida é: 11821206214401 (anexo 6).
O que pedimos? Pedimos à TAAG, no mínimo, o reembolso do valor que pagamos pelos bilhetes (646€ vezes dois ou seja 1,292€) e um pedido de desculpa pela forma como fomos tratados pela empresa aérea que é bandeira e símbolo de uma nação.
Eduardo Fernandes (MA.TH., D.MIN.)
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 26 de julho 2022
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