Liderança no Feminino em 2034? Equidade, Emoção e Excelência

Com 44 anos, a minha experiência pessoal ecoa a jornada de muitas mulheres: uma jornada de emoções, determinação e resistência a preconceitos de género.

Liderança no Feminino em 2034? Equidade, Emoção e Excelência

Com a chegada do Dia Mundial da Mulher, convido a uma reflexão sobre o papel cada vez mais preponderante das mulheres no cenário empresarial e cívico, uma realidade endossada pela representatividade marcante das mulheres no Portal da Queixa, onde a equidade na participação é um reflexo da evolução social e da crescente voz ativa das mulheres. À medida que me debruço sobre a ascensão da voz feminina na nossa plataforma, com quase metade das reclamações a serem feitas por mulheres, é impossível não vincular esta presença marcante ao estilo distintivo da liderança feminina que testemunhamos a nível global.

Com 44 anos, a minha experiência pessoal ecoa a jornada de muitas mulheres: uma jornada de emoções, determinação e resistência a preconceitos de género. A liderança feminina, apesar de mais emotiva, prova ser extremamente assertiva, empática, comprometida e competitivaEssas qualidades não são apenas diferenciadoras, são, sobretudo, transformadoras. A capacidade de liderar com o coração e com inteligência emocional eleva o padrão de liderança, oferecendo novas dimensões de conexão e entendimento nas organizações.

Líderes como Ursula von der Leyen, Christine Lagarde, Sanna Marin e Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, destacam-se não apenas por sua habilidade de tomar decisões firmes, mas também por sua empatia e compromisso autêntico com suas equipas e stakeholders. Em momentos de crise, como o que Ana Figueiredo enfrentou em 2023, sua liderança exemplar não só estabilizou a empresa, mas também revelou a força da liderança feminina em transformar desafios em oportunidades.

Contudo, a persistência da disparidade de gênero em cargos de liderança é uma realidade que ainda enfrentamos. Os estudos da McKinsey & Company sublinham que as empresas lideradas por mulheres não são apenas mais lucrativas e inovadoras, mas também são exemplos de ambientes onde a equidade e a diversidade são valorizadas e cultivadas.

Acredito que a liderança feminina traz uma nova era de inovação e sucesso nas empresas. A participação crescente das mulheres na nossa plataforma é um reflexo dessa mudança e um sinal positivo de que estamos a caminhar em direção a uma sociedade mais equitativa.

Olhando para 2034, vejo um futuro onde a liderança feminina terá maior equidade e será celebrada, não só, pela sua capacidade de compreender e gerir emoções, mas também pelo seu compromisso inabalável com a excelência. O futuro será de lideranças femininas – que não serão reconhecidas apenas pelo seu género -, mas pela sua liderança assertiva e competitiva, a qual é capaz de impulsionar a inovação e o crescimento sustentável em todas as esferas da sociedade.

Até 2034, continuarei a debater-me pela igualdade de género, defendendo e celebrando a liderança feminina que molda o nosso hoje e ilumina o nosso amanhã.

 

Opinião publicada: Jornal NOVO


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