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No primeiro trimestre de 2023, foram registadas no Portal da Queixa 1.298 reclamações relacionadas com a área da Saúde, um crescimento na ordem dos 62% em comparação com o mesmo período de 2019, ano de pré-pandemia, onde se registaram 806 queixas contra o setor da Saúde.
Entre os principais motivos de reclamação dos utentes dirigidos às entidades de saúde do sistema público estão: a demora no atendimento, a gerar 37,2% das queixas; o tratamento clínico indevido (31,2%); a dificuldade no agendamento de procedimentos (19,5%) e a falta de informação (6%).
Relativamente ao sistema privado, a motivar a insatisfação sobre os prestadores de cuidados de saúde estão sobretudo queixas por cobrança indevida (20,1%); a demora no atendimento (19,1%); a falta de informação (12,1%) e o tratamento clínico indevido a recolher 9,1% das reclamações geradas no primeiro trimestre.
Sistema privado é o mais reclamado
Os dados analisados aos serviços prestados por hospitais públicos e privados, centros de saúde e clínicas médicas, revelam que o sistema privado é o mais visado, ao ser alvo de 480 reclamações durante o primeiro trimestre, registando uma variação de crescimento de 220%, em relação ao mesmo período de 2019, onde registou apenas 150 queixas. No sistema público, observa-se a mesma tendência. A subida foi na ordem dos 28,41%, com 352 reclamações em 2019 e, este ano, a recolher 452 queixas.
Pediatria é a especialidade com mais queixas
Sobre as especialidades de saúde que reúnem o maior volume de reclamações – do setor público e privado – verificou-se que a Pediatria é a área que absorve mais queixas (18,8%); segue-se a Obstetrícia (9,4%), os serviços de Ortopedia (7,4%), a Urologia (7,4%), e as especialidades de Oftalmologia e Oncologia, ambas a acolher 5,7% das reclamações dos utentes.
SNS na mira dos utentes
Mafalda é uma das utentes que apresentou uma reclamação dirigida ao SNS, onde se queixa da alegada falta de médicos e de assistência na gravidez no centro de saúde de Vila Franca de Xira.
Também insatisfeito com o SNS, Fernanda Cruz, reportou a “incompetência total dos serviços administrativos” da unidade de saúde familiar de Cedofeita, no Porto.
Dificuldades no atendimento telefónico para marcar uma consulta no SNS, é o motivo da reclamação do consumidor Luís Rodrigues.
A falta de médico de família na unidade de saúde de Alverca do Ribatejo motivou a queixa contra o SNS pelo utente Mário Santiago.
Recorde-se que, em 2022, o Portal da Queixa recebeu mais de 5.000 reclamações dirigidas ao setor da Saúde, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a liderar com 2.044 queixas registadas (51,25%).
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