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Uma análise do Portal da Queixa permitiu apurar que, do dia 1 de janeiro até 31 de maio de 2022, as reclamações dos consumidores dirigidas ao setor dos Transportes subiram 58%, comparativamente com o período homólogo. Também aumentaram as entidades alvo das queixas, passaram de 39 para 51 empresas em 2022. Os atrasos e problemas nos horários dos serviços já geraram 42% das queixas recebidas este ano. É nas subcategorias de Transporte Rodoviário de Passageiros e Transportes Coletivos de Passageiros que está concentrado o maior volume de reclamações.
O mês de junho vai ficar marcado por várias greves no setor dos transportes. Comboios, metropolitano, autocarros, ligações fluviais e aeroportos, são várias as paralisações previstas. Perante este cenário de perturbações registadas no setor, o Portal da Queixa foi analisar a satisfação dos consumidores. Entre janeiro e maio, os principais motivos das reclamações apontam atrasos e problemas nos horários dos serviços (42% das queixas); dificuldades na compra e/ou reembolso (24%); falhas no apoio e assistência ao cliente (17%) e falta de manutenção de equipamentos e espaços (9%).
Para a análise foram consideradas cinco subcategorias: Bilhética e Títulos de Mobilidade, Comboio e Metropolitano, Transporte Marítimo, Transporte Rodoviário de Passageiros e Transportes Coletivos de Passageiros. É nas subcategorias de Transporte Rodoviário de Passageiros e Transportes Coletivos de Passageiros que está concentrado o maior volume de reclamações, com 43% e 35% respetivamente. São também estas as subcategorias que registaram o maior crescimento do número de queixas face a 2021: Transporte Rodoviário de Passageiros (140%) e Transportes Coletivos de Passageiros (32%).
No TOP 10 das entidades com maior número de reclamações em 2022 constam:
A Rede Expressos (+39%); FlixBus (+773%); TST - Transportes Sul do Tejo (+50 %); CP - Comboios de Portugal (+8%); CARRIS (+28%); Vimeca Transportes (+438%); Rodoviária de Lisboa (+200%); Metro do Porto (+88%); Scotturb (+63%) e Metro de Lisboa (-23%). À exceção da Metro de Lisboa – que viu as reclamações descerem -, todas as empresas registaram um crescimento do número de queixas. O mais significativo corresponde à FixBus, mais 773% face a 2021.
Em junho, e face aos acontecimentos desta semana - uma paralisação espontânea dos motoristas por desconhecerem os novos horários e percursos dos autocarros que começaram a circular no dia 1 de junho -, a Carris Metropolitana já sobressai na fatia das reclamações dirigidas ao setor. Nos primeiros sete dias deste mês, foram 56 os consumidores que reclamaram no Portal da Queixa, representando já 48% do total de queixas endereçado às cinco subcategorias em análise.
Greves previstas no setor:
- CP – Comboios de Portugal: greves dos ferroviários prevista ao longo de todo o mês;
- Metropolitano de Lisboa: pré-avisos de greve, que podem coincidir com os Santos Populares e com o Rock in Rio, festival que decorre nos dias 18, 19, 25 e 26 de junho;
- Aeroposrtos: greve de trabalhadores da empresa Portway Handling de Portugal a 11, 12, 24 e 25 de junho;
- EMEL - Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa: greve de 24 horas no dia 9 de junho;
- Transtejo: greve nos dias 11 e 12 de Junho;
- Soflusa: greve nos dias 12 e 13 de junho;
- STCP - Sociedade de Transportes Coletivos do Porto: pré-aviso de greve parcial entre os dias 20 de junho e 31 de outubro;
- Atlantic-Ferries/Sonae: greve parcial nos dias 11 e 12 de junho.
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