Constrangimentos nos serviços de obstetrícia? Reclamações dos utentes duplicaram até julho | Portal da Queixa

Nos primeiros sete meses do ano, duplicaram as reclamações no Portal da Queixa relacionadas com os constrangimentos nos serviços de ginecologia e obstetrícia.

Nos primeiros sete meses do ano, duplicaram as reclamações no Portal da Queixa relacionadas com os constrangimentos nos serviços de ginecologia e obstetrícia. A análise identifica ainda uma subida expressiva entre junho e julho, onde 41% do total de reclamações dirigidas ao setor da Saúde reportam problemas com estes serviços. A falta de qualidade no atendimento é o principal motivo de reportado pelos utentes. O Hospital de Faro lidera o número de queixas.

De norte a sul, vários serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia têm registado constrangimentos consecutivos desde junho, sobretudo durante o fim-de-semana, com o encerramento de algumas urgências obstétricas. A indignação e insatisfação dos utentes perante a situação, ganha voz através das experiências que partilham no Portal da Queixa.

Os dados analisados revelam que, nos primeiros sete meses do ano, assistiu-se a um crescimento de 30% no número de reclamações relacionadas com a subcategoria ‘Hospitais e Maternidades’, em relação ao período homólogo. Relativamente às queixas com foco nos serviços de ginecologia e obstetrícia, os dados revelam uma subida de 113%, de janeiro até julho, comparativamente a 2021. 

Do total de reclamações registado este ano, cerca de 20% enquadram-se em ambiente de urgência. 

A análise evidencia os últimos meses de junho e julho, com 41% das reclamações dirigidas ao setor da Saúde a estarem relacionadas com problemas nos serviços de ginecologia e obstetrícia de várias unidades de saúde do país.

O principal motivo de reclamação apresentado pelos utentes é a falta de qualidade de atendimento destes serviços (60%), sendo que os problemas com o parto são outra das causas apontadas.

Sobre as unidades hospitalares que registaram o maior número de reclamações dirigidas ao serviço de Ginecologia e Obstetrícia estão, em primeiro lugar, o Hospital de Faro, seguindo-se o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.

A voz dos utentes no Portal da Queixa

Algumas das experiências partilhadas por várias utentes no Portal da Queixa, relatam “negligência, mau atendimento e até complicações no parto.”

Ana Rodrigues denunciou ter tido complicações com o parto na reclamação dirigida à Maternidade Alfredo da Costa, onde descreve o mau atendimento e prestação por parte da equipa médica.

Thaysla Oliveira - grávida de 35 semanas - reportou na queixa dirigida ao Hospital de Faro, o facto de estar à espera há dois meses para fazer ecografia naquela unidade de saúde.

Carolina Pina – também grávida – partilhou na sua reclamação a má experiência no atendimento que teve no serviço de urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo.

O mesmo motivo deu origem à queixa registada pela utente Márcia Dórdio onde relata a alegada negligência por parte de uma médica que a assistiu nas urgências do Hospital de Faro.

“Falta de assistência, empatia e paciência no parto”, é o motivo da reclamação de Daniela Dias contra o serviço da maternidade do Hospital de Vila Franca de Xira.

 

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