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Facebook, OLX, Standvirtual, Coisas, Custojusto, entre outros… são alguns dos sites onde se pode comprar através de anúncios e páginas de negócios, contudo muitos deles são fraudulentos e aparecem todos os dias.
Por muito que as empresas responsáveis por estes portais e redes sociais tentem combater este crime online, os utilizadores maliciosos aproveitam-se quase sempre da mesma fragilidade... o desconhecimento e a ganância das vítimas em querer fazer o negócio da "China".
Todos os anos são desmontados inúmeros esquemas de burlas que lesam o consumidor, quer seja por perdas financeiras ou por roubo dos dados pessoais. Em 2014, a Polícia Judiciária contabilizou 4.400 inquéritos abertos por burlas informáticas e em comunicação, o que representa uma quebra de 2,2% face aos valores registados em 2013. Foram também registados 450 casos de acesso ilegítimo a correios eletrónicos ou contas bancárias online, uma subida de 4,6% face aos números do ano anterior.
O caso aconteceu já este ano, em Lisboa. Um iPhone à venda por 400 euros no site Olx chamou-lhe a atenção. Contactou o vendedor e recebeu em casa uma caixa em tudo semelhante à da marca. Mas só depois de pagar é que abriu a encomenda: lá dentro, um telemóvel banalíssimo. Casos como estes, são inúmeros também através do facebook, pois a rede social permite a criação de páginas de negócio sem qualquer validação da veracidade dos vendedores.
Assim, para evitar estas situações deverá ter em conta os seguintes conselhos:
Redes Sociais (Facebook)
Se encontrar uma página no facebook que se proponha a vender produtos que lhe interessam, deve antes de iniciar a compra verificar algumas regras básicas de segurança:
- Confirmar se a entidade é uma empresa ou um particular - para tal procure informações tais como morada, telefone fixo, site institucional ou loja online fora da rede social. Caso a transação corra mal, com este tipo de informações ainda poderá tentar contatar a entidade por outros meios;
- Exija sempre a fatura de compra, pois de outra forma não poderá exercer o seu direito à garantia do produto. Claro que neste caso já terá de ter verificado antes, se a entidade vendedora é mesmo uma empresa;
- Procure por comentários nos posts publicados pela página e desconfie se os mesmos mostrarem muitos comentários eliminados. Desconfie também se uma página não permitir efetuar comentários nos seus posts;
- Verifique se a página não é recente e se tem pelo menos 6 meses de existência. Normalmente as páginas fraudulentas têm um curto período de vida;
- Pesquise no Portal da Queixa e no Google informações e opiniões de outros consumidores acerca da entidade em causa;
Sites de classificados (OLX, CustoJusto, Standvirtual, etc)
- Faça a compra pessoalmente, encontrando-se com o interessado num local público, evite transacionar por correio;
- Preferencialmente, efectue o pagamento em dinheiro presencialmente ou em último caso através do Paypal, que possibilita o retorno do valor em caso de não cumprimento do acordo;
- Use a ferramenta das Imagens do Google – https://images.google.com – para tentar encontrar imagens iguais ou semelhantes. Desta forma é possível verificar se a imagem já foi utilizada noutros esquemas, se foi retirada de outro site ou se pertence a um banco de imagens;
- Solicite os detalhes relativamente ao artigo - é ideal verificar extensivamente a condição do produto antes de o adquirir, incluindo comprovativos de compra;
- Desconfie SEMPRE quando o preço de venda é muito abaixo do valor de mercado;
Sites de anúncios de emprego
- Nunca pague, seja que montante for, para lhe fornecerem ofertas de emprego exclusivas;
- Alguns burlões vendem certificados na Internet para as suas qualificações ou CV, isso não existe;
- Não envie SMS para lhe enviarem o seu CV para mil e uma empresas, isso nunca irá acontecer;
- Evite encontrar-se com pessoas em apartamentos. Tema pela sua segurança e apenas aceite entrevistas em locais públicos ou em empresas com mais pessoas ao seu redor;
- Não aceite empregos à experiência sem contrato. Será um passo para não ser remunerado pelo seu trabalho;
- Não aceite empregos à distância realizados a partir de casa, com promessas de três mil euros em troca de apenas três a quatro horas de trabalho/dia. Ao aceitar as condições, são solicitados dados bancários do utilizador, que estará a receber dinheiro roubado de outras contas bancárias por parte dos cibercriminosos.
Os conselhos do Portal da Queixa:
- Pesquise sempre antes de comprar. Este pequeno gesto irá poupá-lo de muitas chatices e perdas financeiras;
- Em sites/lojas online que requerem registo, tente não apresentar informação pessoal como a morada completa, códigos de acesso à internet e muito menos digitalizar documentos identificativos;
- Evite fazer pagamentos com cartão de crédito, use o sistema de pagamento através do Paypal ou crie um MBNet. Em alternativa, caso ainda assim prefira usar o seu cartão de crédito, utilize só um para as compras online, com um ‘plafond’ pequeno e verifique o extrato com regularidade;
- Procure sempre lojas online com informações passíveis de serem confirmadas, tais como morada da empresa, designação social, número de contribuinte e telefone fixo;
- Tente sempre optar por lojas e/ou sites dentro da União Europeia, pois pode exercer o seu direito de livre resolução e possibilidade de recurso ao síte europeu do consumidor, mas se é um site fora da UE, o consumidor terá de reclamar sozinho ou constituir advogado, dificultando em muito a reclamação;
O que deve fazer se for burlado/a?
Apresente queixa num qualquer posto da Polícia de Segurança Pública ou através do site da Polícia Judiciária. Forneça o máximo de informações possível para que a autoridade possa investigar e questionar o site onde se candidatou, sobre mais informações do burlão. Se enviou dinheiro imprima essas transações e leve-as consigo ao posto da Polícia. Quanto mais cedo atuar nessas situações, mais facilmente poderá ter sucesso.
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