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Em 2023, as mulheres apresentaram no Portal da Queixa 66.529 reclamações dirigidas a várias marcas e entidades, participação feminina que rondou os 48%. Em comparação com o período homólogo, o aumento foi de 12%, somando um total de 59.437 reclamações.
Entre os principais motivos das queixas assinadas no feminino está o mau serviço prestado pela marca, serviço ou entidade; seguem-se os atrasos na entrega das encomendas e os problemas no apoio ou atendimento ao cliente. Em quarto lugar, queixam-se de condições contratuais e também de falha na assistência técnica. No rol das contestações estão ainda motivos como: as más condições de entrega do produto; valores da venda e a garantia dos artigos.
Na mira das reclamações estão marcas e entidades relacionadas com cinco setores de atividade: Correio, Transporte e Logística (13.6%); Serviços e Administração Pública (8.8%); Compras, Moda e Joalharia (8.4%); Comunicações, TV e Media (7.2%) e Transportes Públicos, Aluguer e Condução (6.5%).
Sobre o perfil da consumidora, os dados aferiram que são predominantemente mulheres na faixa etária dos 25 aos 44 anos. As mulheres com mais de 65 anos, são as que menos reclamam. Em 2023, a média de idade foi de 41 anos.
Relativamente aos distritos com maior representação feminina nas reclamações publicadas, em 2023, foram: Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Aveiro e Faro.
Na análise ao ano 2023, foram encontradas ainda reclamações provenientes de 36 outros países, além de Portugal. Os cinco que apresentaram mais queixas no feminino foram: Brasil, Reino Unido, França, Espanha e Suíça.
Ascensão da voz feminina no Portal da Queixa: 49.4% são mulheres
Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa, afirma: “O estudo do Portal da Queixa foi realizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher e pretende reforçar a importância das consumidoras e dos consumidores usufruírem livremente do seu direito de reclamar e de expressar publicamente a sua insatisfação perante uma experiência de consumo negativa. A equidade na participação é um reflexo da evolução social e da crescente voz ativa das mulheres. Assistimos à ascensão da voz feminina na nossa plataforma, com quase metade das reclamações a serem feitas por mulheres, durante o ano passado. De 2009 até 2024, observou-se um aumento da participação feminina no Portal da Queixa. Em 2009, as consumidoras representavam 35.1% das reclamações enquanto, que atualmente, já são 49.4%.”, destaca a responsável.
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