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Asfe Saúde - Negligência nos cuidados de saúde

Sem resolução
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Daniela Duarte
Daniela Duarte apresentou a reclamação
4 de setembro 2022
Exmos. Srs.
Venho por este meio formalizar o meu perfeito descontentamento, para com a Associação de Socorros da Freguesia da Encarnação (ASFE Saúde).
O meu pai, Vitor Duarte, entrou nesta clínica, no dia 19 de Julho de 2022, após ter sofrido um enfarte fulminante. Saiu no dia 26 de Agosto de 2022, num estado de saúde muito pior do que quando entrou.
O meu pai quando saiu de maca da instituição, estava completamente desorientado, não conseguia falar, andar, e interagir com a sua família. Quando lá entrou, ele já fazia isto tudo.
De referir que desde o primeiro dia que o meu pai entrou na ASFE Saúde, foi-lhe trocada, por diversas vezes, a identidade com o doente Vitor Rodrigues. Concretamente, não só assistimos a trocas de roupa identificadas com o nome do meu pai com outros doentes (inclusivamente com o doente Vitor Rodrigues), como também até o lanche lhe foi trocado com este senhor.
Além disto, as auxiliares chegaram a entregar o meu pai para a visita, num cadeirão sem a devida roupa e proteção adequada, assim como, com as calças todas urinadas.
Como se não fosse suficiente, dia 26 de Agosto chegámos à visita e verificámos que o estado se saúde do meu pai no espaço de uma semana, tinha regredido imenso. Tudo o que ele fazia até à sua entrada na clínica, deixou de conseguir fazer.
Foi-nos informado por uma auxiliar e por uma enfermeira, que no decorrer dessa semana, ele começou a vomitar e estava e perder peso.
Dado a degradação do quadro clínico, a família solicitou de imediato que o meu pai fosse avaliado por um médico da clínica, o qual nos foi respondido que não se encontrava nenhum médico presente. Além disto, neste mesmo dia, foi mencionado que se encontrava 1 enfermeira para 40 doentes no piso do meu pai (Ala das Acácias).
Em face do exposto, a família exigiu à ASFE Saúde que o meu pai fosse imediatamente transportado para o Hospital, transporte esse que demorou 4h a ser efectuado.
Ora qual não é o nosso espanto quando, o meu pai, finalmente, chega de noite à urgência do Hospital Fernando da Fonseca, vestindo apenas uma camisola e uma fralda (i.e sem calças e sem meias), tremendo de frio.
Após ter sido avaliado pelo médico da urgência, o diagnóstico era de uma grande desidratação (que segundo o médico, se via perfeitamente pela língua) acrescido de uma infecção urinária. Há que salientar, que quando o meu pai entrou nesta instituição, não apresentava nenhuma destas patologias, bem como a inexistência de escaras.
De salientar que, dia 1 de Setembro de 2022, estava confirmada a entrada do meu pai para internamento em Alcoitão, que tal não ocorreu porque o meu pai tinha a escara de grau 3 na zona da fralda (mencionado pelo médico de Alcoitão), o que inviabilizou o internamento.
Como a família e principalmente o doente, foi prejudicado na sua reabilitação com todos estes acontecimentos, poderão vir a ser imputados à clínica as devidas custas pelas falhas identificadas, previstas na lei.
Ademais, considero que todos os factos acima expostos, consistem atitudes negligentes por parte da AESF Saúde e, nesta medida, devem ser apuradas as devidas responsabilidades, bem como, devem ser avaliadas as formações profissionais dos colaboradores, no exposto da queixa apresentada.

Com os melhores cumprimentos,
Daniela Duarte
Data de ocorrência: 4 de setembro 2022
Asfe Saúde
23 de setembro 2022
Exma Sra. Daniela Duarte
Informamos que rececionamos a sua reclamação, e que a mesma tomou da nossa parte a máxima atenção e averiguação com o intuito da melhoria contínua dos nossos serviços e que, desde já, agradecemos. Informamos, também, que foram efetuados os respetivos registos no Sistema de Gestão de Reclamações da Entidade Reguladora da Saúde.

Gostaríamos de lhe dizer que lamentamos profundamente o seu desagrado e que as situações que refere foram devidamente verificadas.

O Sr. Vítor Manuel Martins da Silva Duarte, de 55 anos, foi admitido na Unidade ASFE SAÚDE proveniente do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca (HFF) no dia 19 de julho de 2022. Tem como diagnóstico principal encefalopatia consequente a período de anoxia elevado por paragem cardiorrespiratória devido a enfarte agudo do miocárdio ocorrido em maio de 2022.
Durante a permanência na ASFE SAÚDE o Sr. Vítor Duarte apresentou alterações cognitivas associadas a ideias delirantes de conteúdo persecutório relativamente a incêndios que não conseguia elaborar suficientemente, com marcada angústia associada. Observou-se também uma perturbação cognitivo-comunicativa tornando o discurso pouco funcional. A equipa multidisciplinar tentou controlar esta situação tendo sido feitos ajustes terapêuticos nesse sentido.
Toda a evolução do Sr. Vitor Duarte foi partilhada com a esposa pelos diferentes elementos da equipa multidisciplinar.
Apesar dos défices cognitivos e de episódios de agitação psicomotora conseguiram-se ganhos significativos do ponto de vista motor chegando a fazer marcha que realizava com bastão e ajuda mínima de terceira pessoa, por 30 metros, embora com défice de equilíbrio.
Durante o internamento na ASFE SAÚDE o Sr. Vítor Duarte era sempre vestido com a sua roupa e a mesma era fornecida para lavar no domicílio a pedido da família.
O Sr. Vítor Duarte realizava levante para cadeirão com a devida imobilização de proteção, por risco elevado de queda. Por apresentar agitação psicomotora e por ação de fricção na região sagrada desencadeou úlcera de pressão (UP) grau I (1cmx2cm, presença de tecido de granulação) no dia 21 de agosto 2022. A UP foi devidamente cuidada com apósitos e tratamentos adequados segundo guidelines para feridas. A 26 de agosto a ferida do Sr. Vitor Duarte mantinha uma boa evolução e, na nossa Unidade, não se agravou para grau 3 como referido na reclamação apresentada.
Todos os utentes da ASFE SAÚDE realizam o reforço hídrico várias vezes por dia e o Sr. Vítor Duarte não foi exceção.
Existe acompanhamento e vigilância adequada nos cuidados de enfermagem. No período diurno, no serviço onde o Sr Vitor Duarte se encontrava internado, existe uma vasta equipa multidisciplinar composta por, pelo menos, dois enfermeiros por turno.
Por agravamento do quadro clínico na tarde do dia 26/08/2022 e por indicação da Direção Clínica e da Direção de Enfermagem foi decidido o envio ao Serviço de Urgência. Na altura, estava médico na Unidade para casos em que fosse necessária a intervenção urgente/estabilização dos Utentes o que nesta situação não foi necessário.
Salientamos que o Sr. Victor Duarte foi observado pela equipa médica todos os dias dessa semana, inclusive na manhã do dia do envio ao Serviço de Urgência, tendo sido efetuados os ajustes terapêuticos necessários.
Lamentamos o facto do atraso do transporte para o HFF (embora tenha sido uma situação à qual fomos alheios) e também lamentamos a situação de troca das roupas embora, como já referido, a roupa fosse higienizada no domicílio a pedido da família.
Assumimos que, por lapso, o Sr. Vitor Duarte não levou as calças de pijama na ida ao SU, no dia 26/8, não obstante o ter ido devidamente agasalhado com a manta térmica do transporte e devidamente cuidado na sua higiene.


Pela Equipa Multidisciplinar ASFE SAÚDE

Com os meus melhores cumprimentos,

Cristina Mendonça
Direção Geral
Daniela Duarte
13 de outubro 2022
Boa noite Sra. Cristina,
Realmente existe um grande contraste de competências reais para avaliar um doente, uma vez que os médicos qualificados e competentes, fizeram um diagnóstico bem mais real e grave, do que os profissionais de saúde da vossa instituição.
É de lamentar, que não saibam avaliar a gravidade do quadro clínico de um doente, uma vez que ele saiu da vossa instituição e ficou automaticamente internado. Se o quadro clínico do meu pai não fosse grave como você afirma, ele teria regressado à vossa instituição uma vez que a cama dele ficou guardada nas primeiras horas de internamento. Como ficou comprovado, tal não se verificou, uma vez que foi um internamento prolongado.
Relativamente às fisioterapias que o meu pai realizou na vossa instituição, não meto isso em causa, inclusive, a reunião presencial que tivemos com o Presidente da vossa instituição, Sr. Gil Ricardo, no dia 17/09/2022, dissemos isso mesmo.
Em relação às sequelas cerebrais que o me pai tem na sequência de ter sofrido o enfarte, a família sabe muito bem quais são e lendo o relatório clínico e as patologias que o meu pai sofre, a senhora sabe muito bem que esses episódios fazem parte dos doentes com estas patologias. No entanto, deveria saber também, que estes doentes são pessoas dependentes de terceiros, nomeadamente no que diz respeito aos cuidados básicos de saúde e de higiene, não tendo capacidades cognitivas para tomarem conta deles próprios.
Relativamente à roupa que a família trazia para lavar no domicílio, temos provas em que a respetiva roupa não dizia respeito ao meu pai, pertencendo, nomeadamente, ao doente Luis Alves e do doente Vitor Rodrigues.
Sobre o facto de o meu pai vir para a visita sem a devida proteção, isso aconteceu no dia 24/07/2022, em que as auxiliares entregaram o meu pai vestido com um pijama de verão, tendo ele mencionado que tinha frio. Após verificar a roupa que o meu pai tinha vestida por baixo de uma manta, verifiquei também que ele não tinha a devida proteção no cadeirão. Como deve saber, estes doentes requerem o máximo cuidado e proteção para o seu próprio bem-estar.
Quanto à escara em grau III, foi mencionado no relatório clínico do HFF e do relatório clínico do médico de Alcoitão. Se a escara estava em grau I como a Sra. disse, consegue-nos explicar, como é que uma escara passa de grau I com “uma boa evolução” no dia 21/08/2022, para grau III no dia 26/08/2022?
Quando ao facto de a ASFE Saúde realizar o reforço hídrico várias vezes ao dia aos seus doentes, como é que o meu pai chegou à urgência do HFF com uma extrema desidratação que se via perfeitamente pela língua? Para comprovar, segue em anexo o relatório clínico de Alcoitão, no qual consta a escara em grau III e o motivo do internamento no HFF.
Relativamente ao facto da vossa equipa ser composta de, pelo menos, dois enfermeiros por turno, desde o dia 19/07/2022 até à saída do meu pai da vossa instituição (26/08/2022), o mesmo nunca se verificou nos períodos da tarde. Inclusivamente, foi-nos mencionado pela enfermeira que estava ao serviço no dia 26/08/2022 e que atualmente já não se encontra a trabalhar na vossa instituição, que ela era “uma enfermeira para 40 doentes”.
Revolta-me ainda mais, é a vossa mentira sobre o facto de o meu pai ter ido para urgência do HFF por indicação vossa. Vocês nem têm a humildade de assumir um erro grave como este. O meu pai, foi para a urgência por indicação da minha mãe e da minha irmã! Por vocês, “talvez” fosse um médico vosso avaliar o meu pai no dia a seguir, mas sendo que seria sábado, vocês não podiam garantir. Eu questiono, sendo uma clínica que presta cuidados de saúde, onde se encontram os médicos quando existem situações urgentes? Se o meu pai não fosse uma situação urgente, não teria ficado num internamento prolongado no HFF. A informação que foi dada à família, é que pelo menos, dia 26/08/2022, às 17h, não existia nenhum médico disponível na vossa instituição. Comprovo mais uma vez, que existe uma grande falha de comunicação interna.
Em relação ao facto de o meu pai ser avaliado por um médico todos os dias de manhã, acreditamos que o mesmo não é verdade. A médica do meu pai não esteve ao serviço dia 25/08/2022. Caso o meu pai tivesse sido avaliado todos os dias por um médico, como é que deixam que o quadro clínico de um doente se agrave durante 5 dias? Há que salientar, pelo menos dia 24/08/2022 e dia 25/08/2022, o meu pai já estava a vomitar.
A realçar também, que no dia 26/08/2022, a minha mãe ligou para a médica do meu pai a informar que ele não estava bem. Durante os 5 dias em que o meu pai esteve a piorar vocês não tiveram a iniciativa de informar a família sobre o que se estava a passar, tendo de ser um familiar a ligar para ver o que se estava a passar dado o repentino estado de degradação do doente. No decorrer desta chamada, a médica apenas informou que ia suspender a medicação dada pelo psiquiatra no dia 22/08/2022 e que ia dar muita água para “limpar o organismo”.
Por último, sobre o facto de a higiene do meu pai ter ido bem feito quando se procedeu ao transporte para a urgência do HFF, também foi mencionado na urgência que a escara em grau III, não ia tratada.
Dada a degradação do quadro clínico, tudo o que ele tinha conseguido alcançar com a nossa ajuda e com as fisioterapeutas, perdeu tudo. Houve uma regressão total no quadro clínico.
Tudo o que acabei de mencionar vai com comprovativos abaixo anexados. Se for necessário mais comprovativos, também apresentarei nas instâncias adequadas.
Para terminar, espero que de futuro tenham a humildade de assumirem os vossos erros, bem como, esta situação de negligência que aconteceu com o meu pai, não volte a acontecer com nenhum outro doente.

Com os melhores cumprimentos,
Daniela Duarte
Daniela Duarte
13 de outubro 2022
Relatório Clínico de Alcoitão
Asfe Saúde
18 de novembro 2022
Exma Sra.
A sua queixa mereceu a nossa melhor atenção e, mais uma vez, lamentamos o vosso desagrado.
Referimos, novamente, que estamos disponíveis para qualquer esclarecimento.

Pela Equipa Multidisciplinar ASFE SAÚDE

Com os meus melhores cumprimentos,

Cristina Mendonça
Direção Geral
Daniela Duarte
Daniela Duarte avaliou a marca
16 de dezembro 2022

A meu ver é uma instituição que devia ser encerrada, pois colocam seriamente em risco, a saúde dos utentes da instituição.

Esta reclamação foi considerada sem resolução
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