No passado dia 13 de Julho realizei a seguinte reclamação aqui no Portal da Queixa (Nº43373020):
"Estava a fazer obras de conservação num apartamento que comprei recentemente. No decorrer de uma fiscalização pela Polícia Municipal, a CML avançou com um embargo da obra por uma questão técnica. Ao saber pela Polícia Municipal da proposta de embargo submeti prontamente um requerimento a expor a situação e a providenciar a documentação e a demonstrar disponibilidade para repor as condições iniciais do imóvel se necessário. Este requerimento já data do dia 17 de Junho de 2020. No entanto, o embargo foi efetivado sem que a CML antes tivesse em consideração o respetivo requerimento e até à data não obtive qualquer resposta. Já enviei email, telefonei e fui presencialmente aos diversos departamentos da CML e não me informam de rigorosamente nada. Ou seja são céleres em embargar a obra, mas para informar dos passos seguintes e como resolver a questão não há qualquer pressa.
A minha situação em questão é especifica e complicada pois o imóvel em questão é para habitação. Comigo vive a minha mãe de 69 anos, diabética e com várias complicações de saúde, sendo uma pessoa pertencente ao grupo de risco neste contexto de pandemia. Neste momento estou na casa de uma familiar, que será ocupada por inquilinos dentro de três semanas pelo que a partir dessa data não terei onde ficar. Todas as minhas poupanças foram aplicadas nesse imóvel e não tenho como suportar o arrendamento sequer de um quarto em simultâneo com a prestação bancária.
Toda esta situação já foi exposta aos diversos departamentos da CML e respectivo pelouro da vereação mas apenas informam que está em análise e reencaminham o pedido sem qualquer informação adicional.
Desde o inicio do processo que demonstrei total disponibilidade para resolver esta questão o mais rápido possivel, pedindo apenas à CML para se pronunciar sobre o que é necessário. Eu exigo uma acção rápida neste caso pois trata se de ficar desalojado com a minha mãe e como podem assumir não poderei ficar nesta situação numa altura em que Lisboa está a ser assolada por uma pandemia.
Acho incompreensível que sejam rápidos a emitir o embargo mas para solucionar o mesmo já não tenham pressa ainda mais neste contexto. Aguardo uma comunicação vossa. Obrigado"
Prontamente, a CML fez novamente uma fiscalização para averiguar a situação pelo que dei como concluído a reclamação pois pensei que o processo iria acelerar dada a minha situação precária como descrita acima. No entanto, já passaram mais duas semanas e até hoje não tive qualquer feedback da CML relativamente ao que poderei fazer para solucionar o embargo. Eu venho aqui apelar ao humanismo da CML porque trata se de uma situação crítica, da situação de um agregado familiar da cidade de Lisboa que está prestes a ficar desalojado. A situação de desalojamento será praticamente inevitável, pois não terei onde ficar dentro de pouco mais de uma semana e a minha situação financeira não me permite suportar os encargos financeiros de uma renda e de um empréstimo bancário. Mais uma vez friso que tenho uma mãe idosa a viver comigo e que também estará desalojada numa situação de pandemia que vivemos hoje. Estamos a falar de um problema que se restringe a uma parede de cerca de 1.5m e que como já foi transmitido nos diversos contactos com a CML, estou disposto a repor imediatamente ficando nas mesmas condições iniciais. Apenas peço que analisem o meu processo o mais rápido possível de forma a que possa habitar a casa, nem que parcialmente. Apelo ao vosso humanismo e que não coloquem a burocracia acima das vidas dos munícipes. Aguardo um contacto vosso urgente, pois na próxima semana ficarei sem teto e o imóvel embargado necessita ainda de muitas obras para ficar habitável.
Obrigado
Data de ocorrência: 25 de julho 2020
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