Câmara Municipal de Lisboa - Organização de evento passagem de ano na praça do comércio

Venho desta forma reclamar e denunciar a grave situação generalizada que ocorreu na Praça do Comércio durante a passagem de ano dia 31/12/2019.
A organização que organizou o evento, limitou e estrangulou com barreiras físicas os acessos ao local. Este triste e inútil facto deu origem a situações graves de desmaios, pânicos generalizados e inclusive feridos, visto que pessoas cairam no chão empurradas por outras, isto devido à extrema afluência de pessoas no local. As equipas do INEM não conseguiam chegar ao centro da praça para ocorrer aos demaios, visto que as pessoas em redor do recinto não se podiam mover estando aprisionadasno meio da própria multidão.
O local em si não tinha capacidade de segurança para a grande quantidade de afluência de pessoas, e foram especialmente as barreiras de segurança que estavam a estrangular a circulação de pessoas que agravaram de tal forma a situação que por uma questão de sorte não ocorreu uma catástrofe. Um evento organizado por uma organização digna de terceiro mundista e que eu próprio nunca mais irei participar. Centenas de pessoas testemunharam o mesmo. Não se admite e foi uma vergonha para a cidade de Lisboa e para o turismo em si que estava no local.

Obrigado pela vossa atenção, pois a situação em si tem que ser encarada como muito grave, por parte da entidade organizadora.
Pois neste local, estavam reunidas as condições para uma catástrofe colectiva, à semelhança do que já aconteceu em alguns estádios de fotebol.
Para que conste existem diversas ocorrências do INEM ao local após a meia noite. Os mesmos elementos que se deslocavam em motos, tiveram extrema dificuldade em acorrer às situações pois não conseguiram furar a multidão que estava colectivamente bloqueada.
Tratava-se de um evento colectivo em que a maioria da população residente em Lisboa e arredores, estaria massificada naquele específico local.
A estrangulação de acessos em redor do local foi a principal causa da situação ocorrida. Se se trata de uma medida de segurança, então a limitação de acessos deve ser feita numa área de minimamente 500 metros, não menos. Neste caso foram erguidas barreiras policiais em menos 20 metros do local, massificando toda a população numa área específica sem capacidade de mobilidade.
O objectivo desta reclamação será o reconhecimento da gravidade da situação pela entidade organizadora e um formal pedido de desculpas público por parte da mesma, visto que foram colocadas em causa, a integridade física e até psicológica, das pessoas que se encontravam no local.
Atentamente
Nelson Borges