CDT - Consulta Oftalmologia

No dia 21 de Agosto acompanhei a vossa paciente, minha mãe, Guilhermina Ferreira Domingues Barreiros, de 82 anos, a uma consulta de oftalmologia junto do Dr. Francisco Cruz. A visita foi derivada a uma névoa que a mãe se queixa.

O Dr. Francisco Cruz na consulta detectou uma catarata que disse ser operável, embora já antiga e mandou fazer um electrocardiograma e análises nesse sentido.

Visto esta consulta ser pelo particular (como tão bem sabem estão-se meses à espera duma consulta no estado) foi-lhe mencionado não haver qualquer tipo de seguro, e a resposta dada foi que se iria para o estado. Mas não é isso que está aqui em questão, estando apenas a descrever o que foi dito na consulta. Dessa forma não adiantei qualquer tipo de questão em relação a uma operação no privado nem o questionei do que fazer, pois após os exames pedidos e após confirmação de que o estado físico da mãe o permitiria, ir-se-ia então tratar do que fosse preciso para avançar com o processo junto do hospital civil. Foi cordial e simpático, não havendo nada a registar.

No dia 8 de Setembro a referida doente regressou à consulta, desta vez acompanhada pela auxiliar do lar onde se encontra, com os referidos exames para apreciação do Sr. Dr. Francisco Cruz e decisão final.

Ao comunicarem o resultado desta consulta, foi-me transmitido que o Sr. foi arrogante e mal educado, inclusive que lhe perguntou para que é que ela (doente) queria a vista, ao que lhe foi respondido que ainda lia bastante e gostava muito de fazer charadas até ter deixado de o conseguir e mandou-a embora com umas gotas que todos sabemos, até eu que sou leiga em assuntos de medicina mas já fui operada aos dois olhos por causa de cataratas, que para essa patologia não servem de nada.
Dos exames mostrados não mencionou que houvesse qualquer impedimento para a operação e a única preocupação mostrada foi que o electrocardiograma não estava assinado. Não foi dada qualquer explicação plausível para não operar.

Lamento profundamente esta situação e a ansiedade gerada numa pessoa de 82 anos, cuja única ocupação neste fase da vida é ler e pouco mais devido a limitações geradas pela idade e pelas patologias na coluna agravadas por um acidente em 2009 que lhe reduziram a mobilidade praticamente na totalidade. Inclusive na primeira consulta foi-nos gentilmente cedida uma cadeira de rodas, sem sequer ser pedida, pela senhora que estava na recepção, por reparar na dependência em que a mãe se encontra e que faço questão de aqui, novamente, agradecer.
É de lamentar também que após duas consultas que não nos foram baratas, 60 euros cada uma, o Sr. Dr. Francisco Cruz não tenha tido a consideração que cada paciente lhe merece o que me faz questionar quantas queixas ou pessoas caladas já não houve.

É lastimoso também que um homem que, supostamente tratou patologias, toda uma vida, relacionadas com os olhos e tendo-a na integra, visto que ainda exerce apesar da idade que aparenta, responda duma forma estúpida a alguém, seja quem for, de que idade for “para que é que precisa da vista” e que nem sequer responda a “ainda gosto muito de ler e faço muitas charadas”, quando nem sequer deveria ser preciso apresentar justificações.

Margarida Barreiros

Sei que estão abertos ao sábado de manhã. Fui contactada para agendamento de reunião, é verdade. Como estou a 140 km do local, solicitei à senhora que me contactou que marcasse a reunião para sexta ao final do dia ou sábado de manhã.
É de lamentar que a administração dessa empresa não faça o esforço para me receber nem dê qualquer tipo de resposta à minha reclamação.